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sábado, 11 de junho de 2016

11º Domingo do Tempo Comum: Não afastar ninguém de Jesus

A leitura que a Igreja propõe neste domingo é o Evangelho de Jesus segundo Lucas 7,36-8,7 que corresponde ao 11° Domingo do Tempo Comum, ciclo C do Ano Litúrgico. O teólogo espanhol José Antonio Pagola comenta o texto.

Eis o texto
Segundo o relato de Lucas, um fariseu chamado Simão está muito interessado em convidar Jesus para a sua mesa. Provavelmente, quer aproveitar a refeição para debater algumas questões com aquele galileu, que está a adquirir fama de profeta entre as pessoas. Jesus aceita o convite: a todos deve chegar a Boa Nova de Deus.
Durante o banquete sucede algo que Simão não previu. Uma prostituta da localidade interrompe a sobremesa, atira-se aos pés de Jesus e começa a chorar.Não sabe como agradecer-lhe o amor que mostra por quem, como ela, vive marcada pelo desprezo geral. Ante a surpresa de todos, beija uma e outra vez os pés de Jesus e os unge com um perfume precioso.
Simão contempla horrorizado a cena. Uma mulher pecadora tocando Jesus na sua própria casa! Não pode suportá-lo: aquele homem é um inconsciente, não um profeta de Deus. Aquela mulher impura deveria ser afastada rapidamente de Jesus.
No entanto, Jesus deixa-se tocar e querer pela mulher. Ela necessita-lhe mais do que ninguém. Com ternura especial oferece-lhe o perdão de Deus, e logo convida-a para descobrir dentro do seu coração uma fé humilde que a
salva. Jesus só lhe deseja que viva em paz: “Teus pecados te são perdoados...” “A tua fé salvou-se”. “Vai em paz”.
Os evangelhos destacam o acolhimento e compreensão de Jesus aos setores mais excluídos por quase todos e a bênção de Deus: prostitutas, cobradores, leprosos... Sua mensagem é escandalosa: os desprezados pelos homens mais religiosos têm um lugar privilegiado no coração de Deus. A razão é só uma: são os mais necessitados de acolhimento, dignidade e amor.
Algum dia teremos que rever, à luz deste comportamento de Jesus, qual é a nossa atitude nas comunidades cristãs diante de certos coletivos, como as mulheres que vivem da prostituição ou os homossexuais e lésbicas cujos problemas, sofrimentos e lutas preferimos quase sempre ignorar e silenciar no seio da Igreja, como se para nós não existissem.
Não são poucas as preguntas que nos podemos fazer:
• Onde podem encontrar entre nós um acolhimento semelhante ao de Jesus?
• De quem podem escutar uma palavra que lhes fale de Deus como falava Ele?
• Que ajuda podem encontrar entre nós para viver a sua condição sexual desde uma atitude responsável e crente?

• Com quem podem partilhar a sua fé em Jesus com paz e dignidade?
• Quem é capaz de intuir o amor insondável de Deus aos esquecidos por todas as religiões? Fonte: http://www.ihu.unisinos.br

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