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sábado, 11 de junho de 2016

DE ROMA PARA O RIO: Imagens de uma viagem.

ROMA: O “Fundador” dos Carmelitas.

“Uma festa sem vinho não é festa”, diz Papa Francisco

“Sem vinho, sem festa”, até poderia ser para um slogan publicitário. Mas o Papa Francisco utiliza a imagem evangélica do vinho para destacar a alegria cristã de celebrar a vida e seus melhores momentos: as bodas, os nascimentos, os batismos, a formatura, entre outras coisas especiais.
A reportagem é de Ary Waldir Ramos Díaz e publicada por Aleteia, 08-06-2016. A tradução é de André Langer.
“Uma festa na qual falta vinho, os recém-casados se envergonham disso. Imaginem vocês terminar uma festa de casamento bebendo chá”, reiterou o Papa Francisco na catequese desta quarta-feira, 08 de junho, no Vaticano.
Na série de catequeses sobre a misericórdia, o Bispo de Roma explicou que Jesus participava tanto das festas e das convivências familiares como dos casamentos.
“Nas bodas de Caná (Jo 2, 1-12), Jesus começa seus sinais e “manifesta-se como esposo do Povo de Deus e nos une a ele com uma nova aliança de amor, que nós, sua família, temos que cuidar e estender a todos”.
Neste sentido, antes de iniciar a catequese, o Pontífice saudou um casal que celebrou 50 anos de matrimônio e tomou-os como exemplo para os casais mais jovens diante de 20 mil fiéis e peregrinos presentes na Praça São Pedro.
“Este sim é ‘o vinho bom’ da família! O testemunho de vocês é algo que os recém-casados e os jovens devem aprender. É um belo testemunho”, disse Bergoglio.
Depois apresentou Maria, mãe de Jesus, que tem fé em seu filho, como exemplo para todos. Além disso, evidenciou que Jesus atende a oração de Maria.
“Maria avisa Jesus de que falta o vinho, este é um elemento típico do banquete messiânico e simboliza a abundância do banquete e a alegria da festa”, acrescentou.
Jesus gosta da festa do amor conjugal
Com efeito, Jesus conta várias parábolas de bodas onde destaca a alegria da vida cristã.
“Por isso, Jesus, transformando em vinho a água das ânforas utilizadas ‘para a purificação ritual dos judeus’, Jesus realiza um sinal eloquente: transforma a Lei de Moisés no Evangelho, portador de alegria”, confirmou.
Generosidade (600 litros)
Por outro lado, expôs as palavras de Maria: “façam tudo o que Ele disser” (Jo 2, 1-12). Nisso, “confiam uma nova missão à Igreja e configuram o programa de vida cristão, que se concretiza em servir o Senhor, escutando sua Palavra e colocando-a em prática”.
O Pontífice exortou para aproximar-se de Jesus para “beber desta fonte o vinho bom da salvação, que nunca deixa de jorrar do lado transpassado de Cristo”.

Por último, convidou os presentes para que, “recebendo do coração de Jesus a graça que nos salva, façamos da nossa vida cristã uma contínua resposta de amor a Deus”. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br

11º Domingo do Tempo Comum: Não afastar ninguém de Jesus

A leitura que a Igreja propõe neste domingo é o Evangelho de Jesus segundo Lucas 7,36-8,7 que corresponde ao 11° Domingo do Tempo Comum, ciclo C do Ano Litúrgico. O teólogo espanhol José Antonio Pagola comenta o texto.

Eis o texto
Segundo o relato de Lucas, um fariseu chamado Simão está muito interessado em convidar Jesus para a sua mesa. Provavelmente, quer aproveitar a refeição para debater algumas questões com aquele galileu, que está a adquirir fama de profeta entre as pessoas. Jesus aceita o convite: a todos deve chegar a Boa Nova de Deus.
Durante o banquete sucede algo que Simão não previu. Uma prostituta da localidade interrompe a sobremesa, atira-se aos pés de Jesus e começa a chorar.Não sabe como agradecer-lhe o amor que mostra por quem, como ela, vive marcada pelo desprezo geral. Ante a surpresa de todos, beija uma e outra vez os pés de Jesus e os unge com um perfume precioso.
Simão contempla horrorizado a cena. Uma mulher pecadora tocando Jesus na sua própria casa! Não pode suportá-lo: aquele homem é um inconsciente, não um profeta de Deus. Aquela mulher impura deveria ser afastada rapidamente de Jesus.
No entanto, Jesus deixa-se tocar e querer pela mulher. Ela necessita-lhe mais do que ninguém. Com ternura especial oferece-lhe o perdão de Deus, e logo convida-a para descobrir dentro do seu coração uma fé humilde que a
salva. Jesus só lhe deseja que viva em paz: “Teus pecados te são perdoados...” “A tua fé salvou-se”. “Vai em paz”.
Os evangelhos destacam o acolhimento e compreensão de Jesus aos setores mais excluídos por quase todos e a bênção de Deus: prostitutas, cobradores, leprosos... Sua mensagem é escandalosa: os desprezados pelos homens mais religiosos têm um lugar privilegiado no coração de Deus. A razão é só uma: são os mais necessitados de acolhimento, dignidade e amor.
Algum dia teremos que rever, à luz deste comportamento de Jesus, qual é a nossa atitude nas comunidades cristãs diante de certos coletivos, como as mulheres que vivem da prostituição ou os homossexuais e lésbicas cujos problemas, sofrimentos e lutas preferimos quase sempre ignorar e silenciar no seio da Igreja, como se para nós não existissem.
Não são poucas as preguntas que nos podemos fazer:
• Onde podem encontrar entre nós um acolhimento semelhante ao de Jesus?
• De quem podem escutar uma palavra que lhes fale de Deus como falava Ele?
• Que ajuda podem encontrar entre nós para viver a sua condição sexual desde uma atitude responsável e crente?

• Com quem podem partilhar a sua fé em Jesus com paz e dignidade?
• Quem é capaz de intuir o amor insondável de Deus aos esquecidos por todas as religiões? Fonte: http://www.ihu.unisinos.br

'Fora, Temer' e 'Nenhum direito a menos' unem movimentos em ato nacional nesta sexta.

Dezenas de movimentos sociais reunidos nas frentes Brasil Popular e Povo sem Medo realizam nesta sexta-feira (10) um dia nacional de mobilização em defesa dos direitos sociais e trabalhistas. Desde abril, quando a primeira fase do processo de impeachment passou na Câmara dos Deputados, liderado por Eduardo Cunha, centenas de atividades de protesto vêm acontecendo quase diariamente em todo o país e no exterior. A reportagem é publicada por Rede Brasil Atual - RBA, 09-06-2016.
De acordo com levantamento feito pelo PT, teriam sido realizados 420 eventos em mais de 90 cidades do Brasil e do exterior, muitos deles de forma espontânea, em defesa da democracia. As atividades externas envolvem brasileiros residentes fora do país e também estrangeiros recusando-se aceitar a legitimidade do governo em exercício.
Em São Paulo, a principal manifestação está marcada para as 17h no Vão Livre do Masp, na Avenida Paulista. No Rio de Janeiro, também à tarde, haverá concentração na Candelária seguida de passeata até a Praça XV. Em Brasília, o ponto de encontro será no Museu da República, em Belo Horizonte na Avenida Liberdade e em Porto Alegre, na Esquina Democrática. Todos às 17h.
No ato de São Paulo, é esperada a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A presidenta Dilma Rousseffestará na cidade, mas ainda não está confirmada sua participação. Dilma estará momentos antes a poucas quadras do Masp, às 15h, em encontro promovido pelo Fórum 21 no hotel Maksoud Plaza, na companhia do historiado e brasilianista James Green (da Universidade de Brown, em Rodhe Island, Estados Unidos), do presidente da CUT, Vagner Freitas, e do coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos.
Unidade
O ato de amanhã é o primeiro teste que reúne em um único dia a maioria dos movimentos ligados a correntes distintas de pensamento e diversas áreas de atuação social, trabalhadores da cidade e do campo, estudantes, intelectuais, artistas, organizações da juventude, feministas, LGBT, de moradia. As bandeiras que unificam os protestos são "Fora, Temer" e "Nenhum direito a menos".
"O presidente ilegítimo e golpista, Michel Temer, não esconde o que estava por trás do afastamento ilegal da presidenta Dilma Rousseff: Reforma da previdência, com arrocho nos direitos dos trabalhadores, desvinculação do orçamento da educação e saúde, suspensão de programas sociais como Minha Casa Minha Vida, Fies, Prouni, e Pronatec, criminalização e perseguição dos movimentos sociais", diz a convocação dos atos assinada pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo sem Medo.
CUT considera que o dia pode ser um marco na preparação de uma greve geral mais adiante. “Segundo a central, a greve geral está sendo construída para ocorrer quando o governo interino do vice-presidente interino Michel Temerencaminhar ao Congresso Nacional medidas de retirada de direitos que vêm sendo anunciadas via imprensa”, dizVagner Freitas, esclarecendo que alguns jornais noticiaram incorretamente que uma greve geral já estaria sendo pretendida nesta sexta. Segundo o presidente da central, o que está certo é que diversas categorias promoverão atrasos na entrada ao expediente e assembleias em locais de trabalho.
Para esta sexta, algumas categorias já informaram que o protesto será em forma de paralisações. Os bancários de São Paulo, Osasco e região aprovaram o "dia em defesa dos direitos" com interrupção de atividades nos locais de trabalho. A decisão foi objeto de votações realizadas nos últimos dias em agências e grandes departamentos. Foram coletados 14.941 votos, dos quais 12.095 (81%) defenderam as paralisações.
A principal movimentação será no polo financeiro da região da Avenida Paulista ao longo do dia, com concentração unificada como os demais movimentos às 17h no tradicional ponto de partida de manifestações, o vão livre do Masp. "Os bancários deram um grande recado por intermédio das urnas que percorreram os locais de trabalho: nenhum direito a menos. Por que não taxar grandes fortunas, heranças, mudar a tributação que penaliza tanto os assalariados? Não, eles querem é retirar direitos e isso não vamos aceitar", disse a presidente do sindicato da categoria, Juvandia Moreira.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) informa que promoverá paralisações de 24 horas a partir da meia-noite de hoje. "Como em outros momentos da nossa história, o petróleo está novamente no centro do golpe que coloca em xeque o Estado democrático. Os trabalhadores, que precisam reagir enquanto ainda há tempo. A venda de ativos será intensificada por Pedro Parente (novo presidente da estatal), que chegou avisando que entregará às multinacionais os bilhões de barris de petróleo do pré-sal a que a Petrobras tem direito", diz a federação em nota.
Os profissionais da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), órgão de pesquisa científica ligada ao Ministério da Saúde, promoverão o evento Ocupa Fiocruz neste dia 10 e no próximo dia 16, que prevê paralisação de 24 horas e diversas ações no campus de Manguinhos, no Rio de Janeiro. Os eventos de amanhã começam às 9h, com piquete e panfletagem nas portarias, em ações coordenadas pelo Sindicato dos Servidores de Ciência, Tecnologia, Produção e Inovação em Saúde Pública (Asfoc-SN). Haverá oficinas, apresentação teatral e atividades culturais, com participação de personalidades e artistas, da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), o Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes) e a Frente UFRJ contra o fim do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação também participam.
A União Nacional dos Estudantes (UNE) orienta a participação nas localidades onde houver programação. "À frente do Ministério da Educação está Mendonça Filho do, DEM, aquele partido que entrou com uma ação no STF pedindo inconstitucionalidade das cotas raciais e do Prouni, e também foi contra a destinação dos royalties do pré-sal para educação e saúde", diz em nota a organização.
Para o presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM-CUT), Paulo Cayres, está em jogo um embate contra um modelo que resultará em demissões constantes e ampliação da pobreza. "Não temos outra saída para preservar os empregos e os direitos que não seja combater esse governo, especialista em dar dinheiro para quem não precisa e cortar direito de quem precisa, quem utiliza os programas sociais e é beneficiado pelas políticas de combate à desigualdade."

Ontem, durante evento na ocupação da sede da Funarte em Belo Horizonte, Guilherme Boulos, um dos coordenadores da Frente Povo sem Medo, reafirmou a importância de as esquerdas e movimentos progressistas unificarem forças em defesa da democracia. "Democracia é, sim, um presidente ou uma presidenta democraticamente eleita cumprir o seu mandato até o fim, mas não é só isso. Para nós, não há democracia em um Estado que assassina a juventude negra na periferia, que bloqueia o direito das mulheres de decidir sobre seu corpo, o direito à diversidade sexual, e em uma sociedade em que 1% tem mais que os outros 99%", disse Boulos, defendendo que as esquerdas devem repensar seu papel para além da resistência ao golpe. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br