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sábado, 7 de dezembro de 2013
E NÃO ACREDITO NO NATAL: Mensagem do Frei Petrônio.
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A PALAVRA DO FREI PETRÔNIO. Nº 482. Construir Pontes.
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A PALAVRA DO FREI PETRÔNIO. Nº 483. Festa da Imaculada.
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08 DE DEZEMBRO: Imaculada Conceição. A visita do anjo a Maria: Surpresas de Deus (Lucas 1,26-38).
Frei Carlos Mesters e Lopes
O texto que meditaremos no próximo final de semana fala da visita do
anjo a Maria. É um texto muito conhecido. Quando as coisas são muito
conhecidas a gente já não presta tanta atenção. Assim acontece com a visita de
Deus em nossas vidas. Ela é tão presente e tão contínua que, muitas vezes, já
não a percebemos e, por isso, perdemos uma grande oportunidade de viver na paz
e na alegria.
SITUANDO
O anúncio do anjo a Maria (Lc 1,26-38) vem depois do anúncio do anjo a
Zacarias (Lc 1,5-25). Nos dois casos anuncia-se um nascimento. Vale a pena
comparar os dois anúncios para perceber as semelhanças e diferenças.
Descrevendo a visita do anjo a Maria e a Isabel, Lucas evoca as visitas de Deus
a várias mulheres estéreis do AT: Sara, mãe de Isaque (Gn 18,9-25), Ana, mãe de
Samuel (1SAm 1,9-18), a mãe de Sansão (Jz 13,2-5). A todos elas o anjo tinha
anunciado o nascimento de um filho com missão importante na realização do plano
de Deus. E agora, ele faz o mesmo anunciando a Isabel, esposa de Zacarias, e a
Maria. Maria não é estéril. Ela é virgem. No AT, o anjo de Deus, muitas vezes,
é o próprio Deus.
A Palavra de Deus chega a Maria não através de um texto bíblico, mas
através de uma experiência profunda de Deus, manifestada na visita do anjo. Foi
graças à ruminação da Palavra de Deus da Bíblia que ela foi capaz de perceber a
Palavra viva de Deus na visita do anjo.
COMENTANDO
Lucas 1,26-27: A Palavra faz a sua entrada na vida
Lucas apresenta as pessoas e os lugares: uma virgem chamada Maria,
prometida em casamento a um homem, chamado José, da casa de Davi. Nazaré, uma
cidadezinha na Galileia. Galileia era periferia. O centro eram a Judeia e
Jurusalém. O anjo Gabriel é o enviado de Deus para esta moça virgem que morava
na periferia. O nome Gabriel significa Deus é forte. O nome Maria significa
Amada de Javé ou Javé é o meu Senhor. A história da visita de Deus a Maria
começa com a expressão "No sexto mês". Trata-se do "sexto
mês" de gravidez de Isabel, parenta de Maria, uma senhora já de idade,
precisando de ajuda. A necessidade concreta de Isabel é o pano de fundo de todo
este episódio. Encontra-se no começo (Lc 1,26) e o fim (Lc 1,36.39).
Lucas 1,28-29: A reação de Maria
Foi no Templo que o anjo apareceu a Zacarias. A Maria ele aparece na
casa dela. A Palavra de Deus atinge Maria no ambiente da vida de cada dia. O
anjo diz: "Alegra-te! Cheia de Graça! O Senhor está contigo!"
Palavras semelhantes já tinham sido ditas a Moisés (Ex 3,12), a Jeremias (Jr
1,8), a Gedeão (Jz 6,12), a Rute (Rt 2,4) e a muitos outros. Eles abrem o
horizonte para a missão que estas pessoas do AT deviam realizar a serviço do
povo de Deus. Intrigada com a saudação, Maria procura saber o significado. Ela
é realista, usa a cabeça. Quer entender. Não aceita qualquer aparição ou
inspiração.
Lucas 1,30-33: A explicação do anjo
"Não tenha medo, Maria!" Esta é sempre a primeira saudação de
Deus ao ser humano: não ter medo! Em seguida, o anjo recorda as grandes promessas
do passado que vão ser realizadas através do filho que vai nascer de
Maria. Este filho deve receber o nome de Jesus. Ele será chamado Filho do
Altíssimo e nele se realizará, finalmente, o Reino de Deus prometido a Davi,
que todos estavam esperando ansiosamente. Esta é a explicação que o anjo dá a
Maria para ela não ficar assustada.
Lucas 1,34: Nova pergunta de Maria
Maria tem consciência da missão importante que está recebendo, mas ela
permanece realista. Não se deixa embalar pela grandeza da oferta e olha a sua
condição: "Como é que vai ser isto, se eu não conheço homem algum?"
Ela analisa a oferta a partir dos critérios que nós, seres humanos, temos à
nossa disposição. Pois, humanamente falando, não era possível que aquela oferta
da Palavra de Deus se realizasse naquele momento.
Lucas 1,35-37: Nova explicação do anjo
O Espírito Santo, presente na Palavra de Deus desde o dia da Criação
(Gênesis 1,2), consegue realizar coisas que parecem impossíveis. Por isso, o
Santo que vai nascer de Maria será chamado Filho de Deus. Quando hoje a Palavra
de Deus é acolhida pelos pobres sem estudo, algo novo acontece pela força do
Espírito Santo! Algo tão novo e tão surpreendente como um filho nascer de uma
virgem ou como um filho nascer de Isabel, uma senhora já de idade, da qual todo
o mundo dizia que ela não podia ter neném! E o anjo acrescenta: "E olhe,
Maria! Isabel, tua prima, já está no sexto mês!"
Lucas 1,38: A entrega de Maria
A resposta do anjo clareia tudo para Maria. Ela se entrega ao que Deus
está pedindo: "Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua
Palavra". Maria usa para si o título de serva, empregada do Senhor. O
título vem de Isaías, que apresenta a missão do povo não como um privilégio,
mas sim como um serviço aos outros povos. Mais tarde, Jesus, o filho que estava
sendo gerado naquele momento, definirá sua missão como um serviço: "Não
vim para ser servido, mas para servir" (Mt 20,28). Aprendeu da mãe!
ALARGANDO
Maria, modelo de comunidade
Lucas não fala muito sobre Maria, mas aquilo que fala tem grande
profundidade. Quando fala de Maria, ele pensa nas comunidades. Apresenta Maria
como modelo para a vida das comunidades. É na maneira de ela relacionar-se com
a Palavra de Deus que Lucas vê a maneira mais correta para a comunidade relacionar-se
com a Palavra de Deus: acolhê-la, encarná-la, vivê-la, aprofundá-la, ruminá-la,
fazê-la nascer e crescer, deixar-se moldar por ela, mesmo quando não a
entendemos ou quando ela nos faz sofrer. Esta é a visão que está por trás dos
textos dos capítulos 1 e 2 do Evangelho de Lucas, que falam de Maria, a mãe de
Jesus.
Fonte: http://www.cebi.org.br
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sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
CCA: Missa de Ação de Graças-01.
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A PALAVRA... Nº 480. A luz no fim do túnel.
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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
CARMELITAS: Missa de Ação de Graças-02
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CARMELITAS: Missa de Ação de Graças-02
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A PALAVRA... Nº 479. Destino ou Castigo de Deus?
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10:04
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CARMELITAS: Missa de Ação de Graças-03
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A PALAVRA... Nº 479. Destino ou Castigo de Deus?
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quarta-feira, 4 de dezembro de 2013
A arte na sociedade unidimensional
Herbert Marcuse
Morte da linguagem tradicional – já não consegue comunicar
Única linguagem revolucionária – a linguagem da arte
Radical demais em avaliar o poder da arte
As obras, como o Partenon Grego, a avaliar pela realidade ocidental, não vale o sangue e a lágrima de um só escravo
Crise atual da arte faz parte de uma crise geral da oposição política e moral à essa sociedade
Uma linguagem nova, poética e revolucionária
Tese surrealista – linguagem da arte é a única que não sucumbe ao poder
A linguagem poética está infestada e infectada
A arte, por si mesma, tende para a dimensão política sem abandonar a forma específica de arte
A dimensão estética vai
perdendo seu simulacro de independência
Buscar a satisfação
qualitativamente diferente, de novos objetivos
A era da barbárie não durará para sempre
Colocar a energia sensual e apaziguante – evitar que seja subjugadas
Qual o papel? Negação da realidade estabelecida através da estética
A arte como dotada de uma verdade intrínseca, revelada pela linguagem
Existem coisas que são intrinsecamente estéticas
A arte descobre e libera o domínio da forma sensível
Sensação do objeto como visão e não como objeto familiar
Experimentar o devir do objeto
L iberação do objeto do
automatismo da percepção
Grande medida da potência
estética do silêncio
A estética como dimensão além da arte, da realidade
Não terá chegado o momento de unir estética e política?
Para fazer da sociedade uma obra de arte
A arte não cumpre a transformação, mas libera percepção e sensibilidade para ela
Hegel – organização racional para a harmonia entre geral e particular
Conferir ordem à matéria para conceder-lhe um fim
Arte como ilusão – apresenta como existente aquilo que não é
Como catarse, purificação, transe
Dessublimar o horror e a alegria
O terror da realidade impede a criação da arte? Não
Real e realidade como domínio prospectivo da arte
Condições para a criação do belo, como expressão e objetivo de um novo sistema de vida
A mudança real é do âmbito da política – o artista participa como cidadão
Tratar a arte em seu sentido
mais geral
Linguagem da arte – não só a
da palavraMorte da linguagem tradicional – já não consegue comunicar
Única linguagem revolucionária – a linguagem da arte
Radical demais em avaliar o poder da arte
As obras, como o Partenon Grego, a avaliar pela realidade ocidental, não vale o sangue e a lágrima de um só escravo
Qual a razão da agonia da
arte em nosso tempo?
Os conceitos tradicionais são
insuficientesCrise atual da arte faz parte de uma crise geral da oposição política e moral à essa sociedade
Uma linguagem nova, poética e revolucionária
Tese surrealista – linguagem da arte é a única que não sucumbe ao poder
A linguagem poética está infestada e infectada
A arte, por si mesma, tende para a dimensão política sem abandonar a forma específica de arte
A era da barbárie não durará para sempre
Colocar a energia sensual e apaziguante – evitar que seja subjugadas
Qual o papel? Negação da realidade estabelecida através da estética
A razão e a verdade da arte
estão na sua irrealidade, na sua utopia
A arte poderia realizar-se
somente sendo ilusãoA arte como dotada de uma verdade intrínseca, revelada pela linguagem
Existem coisas que são intrinsecamente estéticas
A arte descobre e libera o domínio da forma sensível
Sensação do objeto como visão e não como objeto familiar
Experimentar o devir do objeto
A estética como dimensão além da arte, da realidade
Não terá chegado o momento de unir estética e política?
Para fazer da sociedade uma obra de arte
A arte não cumpre a transformação, mas libera percepção e sensibilidade para ela
Pressupões mudanças
fundamentais na sociedade
Receptividade para a beleza e
a atividade do conhecimento parecem opostasHegel – organização racional para a harmonia entre geral e particular
Conferir ordem à matéria para conceder-lhe um fim
Arte como ilusão – apresenta como existente aquilo que não é
Provê a realidade miserável
de um gratificação substitutiva
Beleza, dor, amargura – se
convertem em belezaComo catarse, purificação, transe
Dessublimar o horror e a alegria
O terror da realidade impede a criação da arte? Não
O que justifica a futilidade
da arte de hoje é o seu caráter totalitário e unidimensional de nossa
sociedade?
A arte é histórica – a
situação e função dela está mudandoReal e realidade como domínio prospectivo da arte
Condições para a criação do belo, como expressão e objetivo de um novo sistema de vida
Não uma arte política, não a
política como arte – arquitetura de uma sociedade livre
Hoje pode ajudar a libertar o
inconsciente e o consciente mutiladosA mudança real é do âmbito da política – o artista participa como cidadão
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A sociedade do espetáculo
Guy Debord
Guy Debord –
(Paris, 28 de dezembro de
1931 — 30 de novembro de 1994) foi um escritor francês. Foi um dos pensadores
da Internacional Situacionista (movimento internacional de cunho político e
artístico no final da década de 60 e aspirava por grandes transformações políticas
e sociais )e da Internacional Letrista e seus textos foram a base das
manifestações do Maio de 68.( uma greve geral que aconteceu na França. uma
escalada do conflito que culminou numa greve geral de estudantes e em greves
com ocupações de fábricas em toda a França, às quais aderiram dez milhões de
trabalhadores, aproximadamente dois terços dos trabalhadores franceses.)
A Sociedade do Espetáculo é o
trabalho mais conhecido de Guy Debord. Em termos gerais, as teorias de Debord
atribuem a debilidade espiritual, tanto das esferas públicas quanto da privada,
a forças econômicas que dominaram a Europa após a modernização decorrente do
final da segunda grande guerra.
A separação acabada
E sem dúvida o nosso tempo...
prefere a imagem à coisa, a cópia ao original, a representação à realidade, a
aparência ao ser.... (Feuerbach, prefácio à segunda edição de A essência do
cristianismo.)
1- Toda a vida das sociedades
nas quais reinam as condições modernas de produção se anuncia como uma imensa
acumulação de espetáculos. Tudo o que era diretamente vivido se afastou numa
representação.
2 - As imagens que se
desligaram de cada aspecto da vida fundem-se num curso comum, onde a unidade
desta vida já não pode ser restabelecida. O espetáculo em geral, como inversão
concreta da vida, é o movimento autônomo do não-vivo.
3 - O espetáculo apresenta-se
ao mesmo tempo como a própria sociedade, como uma parte da sociedade, e como
instrumento de unificação. Enquanto parte da sociedade, ele é expressamente o
setor que concentra todo o olhar e toda a consciência.
4 -O espetáculo não é um
conjunto de imagens, mas uma relação social entre pessoas, mediada por imagens.
5 - O espetáculo não pode ser
compreendido como o abuso de um mundo da visão, o produto das técnicas de
difusão massiva de imagens. Ele é bem mais uma visão do mundo que se objetivou.
6 - O espetáculo,
compreendido na sua totalidade, é ao mesmo tempo o resultado e o projeto do
modo de produção existente. Ele não é um suplemento ao mundo real, a sua
decoração readicionada. É o coração da irrealidade da sociedade real. Sob todas
as suas formas particulares, informação ou propaganda, publicidade ou consumo
direto de divertimentos, o espetáculo constitui o modelo presente da vida
socialmente dominante. Ele é a afirmação onipresente da escolha já feita na
produção, e o seu corolário o consumo.
7 - A própria separação faz
parte da unidade do mundo, da práxis social global que se cindiu em realidade e
imagem. A prática social, perante a qual se põe o espetáculo autônomo, é também
a totalidade real que contém o espetáculo.
8 - Não se pode opor
abstratamente o espetáculo e a atividade social efetiva; este desdobramento
está ele próprio desdobrado. Cada noção assim fixada não tem por fundamento
senão a sua passagem ao oposto: a realidade surge no espetáculo, e o espetáculo
é real. Esta alienação recíproca é a essência e o sustento da sociedade
existente.
9 - No mundo realmente
reinvertido, o verdadeiro é um momento do falso.
10 - O conceito de espetáculo
unifica e explica uma grande diversidade de fenômenos aparentes. As suas
diversidades e contrastes são as aparências desta aparência organizada
socialmente, que deve, ela própria, ser reconhecida na sua verdade geral.
Considerado segundo os seus próprios termos, o espetáculo é a afirmação da
aparência e a afirmação de toda a vida humana, isto é, social, como simples
aparência.
11 - Para descrever o
espetáculo, a sua formação, as suas funções e as forças que tendem para a sua
dissolução, é preciso distinguir artificialmente elementos inseparáveis. Mas o
espetáculo não é outra coisa senão o sentido da prática total de uma formação
socioeconômica, o seu emprego do tempo. É o momento histórico que nos contém.
12 - O espetáculo
apresenta-se como uma enorme positividade indiscutível e inacessível. Ele nada
mais diz senão que "o que aparece é bom, o que é bom aparece".
13 – O espetáculo é o sol que
não tem poente, no império da passividade moderna. Recobre toda a superfície do
mundo e banha-se indefinidamente na sua própria glória.
14 - A sociedade que repousa
sobre a indústria moderna não é fortuitamente ou superficialmente espetacular,
ela é fundamentalmente espetaculosa. No espetáculo, imagem da economia
reinante, o fim não é nada, o desenvolvimento é tudo. O espetáculo não quer chegar
a outra coisa senão a si próprio.
15 - Enquanto indispensável
adorno dos objetos hoje produzidos, enquanto exposição geral da racionalidade
do sistema, e enquanto setor econômico avançado que modela diretamente uma
multidão crescente de imagens-objetos, o espetáculo é a principal produção da
sociedade atual.
1
6 - O espetáculo submete a
si os homens vivos, na medida em que a economia já os submeteu totalmente. Ele
não é nada mais do que a economia desenvolvendo-se para si própria. É o reflexo
fiel da produção das coisas.
17 - A primeira fase da
dominação da economia sobre a vida social levou, na definição de toda a
realização humana, a uma evidente degradação do ser em ter. A fase presente da
ocupação total da vida social pelos resultados acumulados da economia conduz a
um deslizar generalizado do ter em parecer, de que todo o "ter"
efetivo deve tirar o seu prestígio imediato e a sua função última. Ao mesmo
tempo, toda a realidade individual se tornou social, diretamente dependente do
poderio social, por ele moldada.
18 - Lá onde o mundo real se
converte em simples imagens, as simples imagens tornam-se seres reais e
motivações eficientes de um comportamento hipnótico. O espetáculo, como
tendência para fazer ver por diferentes mediações especializadas o mundo que já
não é diretamente apreensível, encontra normalmente na visão o sentido humano
privilegiado que noutras épocas foi o tato; o sentido mais abstrato, e o mais
mistificável, corresponde à abstração generalizada da sociedade atual.
19 - O espetáculo é o
herdeiro de toda a fraqueza do projeto filosófico ocidental, que foi uma
compreensão da atividade, dominada pelas categorias do ver; assim como se
baseia no incessante alargamento da racionalidade técnica precisa, proveniente
deste pensamento.
20 - A filosofia, enquanto
poder do pensamento separado, e pensamento do poder separado, nunca pode por si
própria superar a teologia. O espetáculo é a reconstrução material da ilusão
religiosa. A técnica espetacular não dissipou as nuvens religiosas onde os
homens tinham colocado os seus próprios poderes desligados de si: ela ligou-os
somente a uma base terrestre.
21 - À medida que a
necessidade se encontra socialmente sonhada, o sonho torna-se necessário. O
espetáculo é o mau sonho da sociedade moderna acorrentada, que finalmente não
exprime senão o seu desejo de dormir. O espetáculo é o guardião deste sono.
22 - O fato de o poder
prático da sociedade moderna se ter desligado de si próprio, e ter edificado
para si um império independente no espetáculo, não se pode explicar senão pelo
fato de esta prática poderosa continuar a ter falta de coesão, e permanecer em
contradição consigo própria.
23 - É a especialização do
poder, a mais velha especialização social, que está na raiz do espetáculo. O
espetáculo é, assim, uma atividade especializada que fala pelo conjunto das
outras. É a representação diplomática da sociedade hierárquica perante si
própria, onde qualquer outra palavra é banida. O mais moderno é também aí o
mais arcaico.
24 - O espetáculo é o
discurso ininterrupto que a ordem presente faz sobre si própria, o seu monólogo
elogioso. É o auto-retrato do poder na época da sua gestão totalitária das
condições de existência.
25 - O espetáculo moderno
exprime, pelo contrário, o que a sociedade pode fazer, mas nesta expressão o
permitido opõe-se absolutamente ao possível. O espetáculo é a conservação da
inconsciência na modificação prática das condições de existência. Ele é o seu
próprio produto, e ele próprio fez as suas regras: é um pseudo-sagrado. Toda a
comunidade e todo o sentido crítico se dissolveram ao longo deste movimento, no
qual as forças que puderam crescer, separando-se, ainda não se reencontraram.
26 - Com a separação
generalizada do trabalhador e do seu produto perde-se todo o ponto de vista
unitário sobre a atividade realizada, toda a comunicação pessoal direta entre
os produtores. Na senda do progresso da acumulação dos produtos separados, e da
concentração do processo produtivo, a unidade e a comunicação tornam-se o
atributo exclusivo da direção do sistema. O êxito do sistema econômico da
separação é a proletarização do mundo.
27 - Pelo próprio êxito da
produção separada enquanto produção do separado, a experiência fundamental
ligada nas sociedades primitivas a um trabalho principal está a deslocar-se, no
pólo do desenvolvimento do sistema, para o não-trabalho, a inatividade.
28 - O sistema econômico
fundado no isolamento é uma produção circular do isolamento. O isolamento funda
a técnica, e, em retorno, o processo técnico isola. Do automóvel à televisão,
todos os bens selecionados pelo sistema espetacular são também as suas armas
para o reforço constante das condições de isolamento das "multidões
solitárias".
29 - A origem do espetáculo é
a perda da unidade do mundo, e a expansão gigantesca do espetáculo moderno
exprime a totalidade desta perda: a abstração de todo o trabalho particular e a
abstração geral da produção do conjunto traduzem-se perfeitamente no
espetáculo, cujo modo de ser concreto é justamente a abstração.
30 - A alienação do espectador em proveito do
objeto contemplado (que é o resultado da sua própria atividade inconsciente)
exprime-se assim: quanto mais ele contempla, menos vive; quanto mais aceita
reconhecer-se nas imagens dominantes da necessidade, menos ele compreende a sua
própria existência e o seu próprio desejo.
31 - O trabalhador não se
produz a si próprio, ele produz um poder independente. O sucesso desta
produção, a sua abundância, regressa ao produtor como abundância da despossessão.
Todo o tempo e o espaço do seu mundo se lhe tornam estranhos com a acumulação
dos seus produtos alienados. O espetáculo é o mapa deste novo mundo, mapa que
recobre exatamente o seu território.
32 - O espetáculo na
sociedade corresponde a um fabrico concreto de alienação. A expansão econômica
é principalmente a expansão desta produção industrial precisa. O que cresce com
a economia, movendo-se para si própria, não pode ser senão a alienação que
estava justamente no seu núcleo original.
33 - O homem separado do seu
produto produz cada vez mais poderosamente todos os detalhes do seu mundo e,
assim, encontra-se cada vez mais separado do seu mundo. Quanto mais a sua vida
é agora seu produto, tanto mais ele está separado da sua vida.
34 - O espetáculo é o capital
a um tal grau de acumulação que se toma imagem.
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Funcionalismo
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Surgimento de comunicação de massa
Teoria da propaganda e sobre a propaganda
Utilização por sistemas totalitários
cada elemento diretamente atingido pela mensagem
teoria da sociedade de massa/ teoria psicológica da ação
homem-massa X humanista culto
como toda a gente, idêntico ao outro
os membros iguais, indiferenciáveis - independente de sua origem
massa - pessoas separadas/apartadas - sem vínculo
preocupam-se apenas com seu bem estar
átomos isolados que reagem
Psicologia behaviorista - conteúdos psicológicos através de manifestações observáveis
Psicologia do comportamento - estímulo, resposta, reforço
Não há estímulo sem resposta/nem resposta sem estímulo
Mass media como um sistema nervoso simples que atinge olhos e ouvidos
Elaborado nos anos 30
Forma adequada de descrever um ato de comunicação é responder às seguintes perguntas:
Quem; diz o quê; através de que canal; com que efeito?
O estudo tende a concentrar-se em uma ou outra destas interrogações
Emisores; mensagem; veículo; efeito na audiencia
Teve relação estreita com a teoria da informação
Pressuposto de que a iniciativa é exclusiva do emissor
Depende de as mensagens serem estruturadas adequadamente
Os estímulos interagem de maneira diferentes com os traços específicos de personalidade dos elementos que constituem o público
Estuda que características da personalidade intervém
Causa – processos psicológicos intervenientes – efeito
Sempre em situação de campanha
c) Percepção seletiva – não há um estado de nudez psicológica, predisposições, processos seletivos – decodificação aberrante
campo de aceitação (objetivas e aceitáveis) e campo de recusa (propagandísticas e inaceitáveis)
d) Memorização seletiva – as pessoas memorizam o que está no campo de aceitação – efeito Bartlett – com o tempo, a memorização dos elementos aceitáveis
e) efeito latente – com o passar do tempo, a eficácia aumenta
a) credibilidade do
comunicador
b) a orden da argumentação –
argumentos iniciais ou posteriores são mais ou menos eficientes? Depende - quando já conhecemos, o melhor é ao fim, se
não conhecemos, argumentos devem aparecer primeiro
c) a integralidade das agumentações – para pessoas contrárias, apresentar argumentação completa; para quem é a favor, apresentar somente uma visão;
com grau de instrução maior, argumentação integral; com um grau de instrução menor, somente uma visão. Depende.
d) Explicitação das conclusões – se o público tende a apoiar, não explicita, se tende a questionar, explicita
Manipulação, persuasão – influência
Associa processos de comunicação com as características do contexto social
composição diferenciada de público e seus modelos de consumo;
mediação social do consumo
análise sobre os ouvintes - que grupo social
estudo das satisfações - o que atrai no programa
A análise é de efeitos, mas leva em conta os processos sociais
A eficácia só é possível de ser analisada no contexto
Formas sociais que predominam num determinado período
Processos indiretos de influência nos quais influenciam as dinâmicas sociais
A descoberta dos líderes de opinião
Efeito de reforço - evita mudanças de atitude
Efeito de conversão - convencer - redefinição dos problemas
Esquema - meios/líderes/público
Indivíduos isolados - indivíduos nucleados
Caráter da influência pessoal
Líder conhece um número grande
Não os efeitos, mas as funções exercidas
Manipulação, persuasão, influência, funções
Não a dinâmica interna do processo comunicacional, mas a dinâmica do processo social e as funções da comunicação nela
Problema do equilíbrio e do conflito social
Adaptação ao ambiente - aceitação da divisão social tal qual
Perseguição dos objetivos
Integração - subordinada ao sistema
Sistema complexo, subsistemas funcionais, partes subordinadas à busca do equilíbrio e dos objetivos do sistema
Necessidades cognitivas; afetivas e estéticas; integração da personalidade; integração social; evasão
Expectativas do destinatário em relação ao processo social
Comunicação não é o único caminho, mas ás vezes substitui outras formas de satisfação
A mídia diz sobre o que falar
Agenda setting – começo da década de 70
Dois níveis: a) a ordem do dia; b)hierarquia de importância e prioridade
Efeito diferenciado das mídias: impresso e TV
As notícias televisivas são demasiadamente breves, rápidas, heterogêneas e acumuladas
A informação escrita oferece aos leitores uma indicação de importância sólida, constante e visível
Os efeitos da mídia são, portanto, limitados
Os efeitos dependem de que mídia, da temática e do público (genérico ou especializado)
Segundo McCombs, o correto seria chamar agenda-setting à função dos jornais e enfatização à da televisão
Teoria Hipodérmica
Período de 2 guerras mundiais
- EUASurgimento de comunicação de massa
Teoria da propaganda e sobre a propaganda
Utilização por sistemas totalitários
cada elemento diretamente atingido pela mensagem
teoria da sociedade de massa/ teoria psicológica da ação
fim da exclusividade das
elites - o homem-massa
enfraquecimento dos laços
tradicionaishomem-massa X humanista culto
como toda a gente, idêntico ao outro
os membros iguais, indiferenciáveis - independente de sua origem
massa - pessoas separadas/apartadas - sem vínculo
preocupam-se apenas com seu bem estar
fragilidade de uma audiência
- indefesa e passiva
a idéia de inocular/atingirátomos isolados que reagem
Psicologia behaviorista - conteúdos psicológicos através de manifestações observáveis
Psicologia do comportamento - estímulo, resposta, reforço
Não há estímulo sem resposta/nem resposta sem estímulo
Modelo E - R
Se a pessoa é apanhada, pode
ser manipuladaMass media como um sistema nervoso simples que atinge olhos e ouvidos
Elaborado nos anos 30
Forma adequada de descrever um ato de comunicação é responder às seguintes perguntas:
Quem; diz o quê; através de que canal; com que efeito?
O estudo tende a concentrar-se em uma ou outra destas interrogações
Emisores; mensagem; veículo; efeito na audiencia
Teve relação estreita com a teoria da informação
Pressuposto de que a iniciativa é exclusiva do emissor
Superação das teorias
anteriores
É possível ter uma eficácia
persuasiva ótimaDepende de as mensagens serem estruturadas adequadamente
Os estímulos interagem de maneira diferentes com os traços específicos de personalidade dos elementos que constituem o público
Estuda que características da personalidade intervém
Causa – processos psicológicos intervenientes – efeito
Sempre em situação de campanha
a) interesse em obter a
informação – interesse e motivação – quanto mais conhece, mais tem interesse
b) Exposição seletiva –
preferências das diferentes camadas da população pelos meios, quem escuta o quê
e porquêc) Percepção seletiva – não há um estado de nudez psicológica, predisposições, processos seletivos – decodificação aberrante
campo de aceitação (objetivas e aceitáveis) e campo de recusa (propagandísticas e inaceitáveis)
d) Memorização seletiva – as pessoas memorizam o que está no campo de aceitação – efeito Bartlett – com o tempo, a memorização dos elementos aceitáveis
e) efeito latente – com o passar do tempo, a eficácia aumenta
c) a integralidade das agumentações – para pessoas contrárias, apresentar argumentação completa; para quem é a favor, apresentar somente uma visão;
com grau de instrução maior, argumentação integral; com um grau de instrução menor, somente uma visão. Depende.
d) Explicitação das conclusões – se o público tende a apoiar, não explicita, se tende a questionar, explicita
Uma primeira abordagem
sociológica
O problema continua sendo os
efeitos, mas em outros termosManipulação, persuasão – influência
Associa processos de comunicação com as características do contexto social
composição diferenciada de público e seus modelos de consumo;
mediação social do consumo
1- Laazarsfeld
análise do conteúdo - o que
extraem do produto comunicativoanálise sobre os ouvintes - que grupo social
estudo das satisfações - o que atrai no programa
Efeitos pré-seletivos - veículos mais apropriados à determinado
público
Efeitos posteriores - efeitos
da exposição A análise é de efeitos, mas leva em conta os processos sociais
A eficácia só é possível de ser analisada no contexto
Formas sociais que predominam num determinado período
Processos indiretos de influência nos quais influenciam as dinâmicas sociais
A descoberta dos líderes de opinião
Líderes - setor social +
ativo
Efeito ativação - latente em
fatoEfeito de reforço - evita mudanças de atitude
Efeito de conversão - convencer - redefinição dos problemas
Esquema - meios/líderes/público
Indivíduos isolados - indivíduos nucleados
Personalidade do destinatário
a partir de seus grupos de referência
Efeitos de reforço prevalecem
em relação ao efeito de conversãoCaráter da influência pessoal
Líder conhece um número grande
A teoria funcionalista
Abordagem global dos meios de
comunicaçãoNão os efeitos, mas as funções exercidas
Manipulação, persuasão, influência, funções
Não a dinâmica interna do processo comunicacional, mas a dinâmica do processo social e as funções da comunicação nela
Problema do equilíbrio e do conflito social
Imperativos funcionais:
Manutenção do modelo e
controle das tensõesAdaptação ao ambiente - aceitação da divisão social tal qual
Perseguição dos objetivos
Integração - subordinada ao sistema
Sistema complexo, subsistemas funcionais, partes subordinadas à busca do equilíbrio e dos objetivos do sistema
Usos e gratificações
Cinco classes de necessidades
a serem satisfeitas pela mídia:Necessidades cognitivas; afetivas e estéticas; integração da personalidade; integração social; evasão
Expectativas do destinatário em relação ao processo social
Comunicação não é o único caminho, mas ás vezes substitui outras formas de satisfação
Os consumidores consideram
mais importantes os assuntos veiculados na mídia
Os meios de comunicação
agendam nossas conversasA mídia diz sobre o que falar
Agenda setting – começo da década de 70
Dois níveis: a) a ordem do dia; b)hierarquia de importância e prioridade
Desde o livro Opinião Pública
de Walter Lippman, publicado em 1922 foi sugerida a idéia de uma relação causal
entre a agenda midiática e a agenda pública
Mídia como a principal
ligação entre os acontecimentos no mundo e suas imagens em nossas mentesEfeito diferenciado das mídias: impresso e TV
As notícias televisivas são demasiadamente breves, rápidas, heterogêneas e acumuladas
A informação escrita oferece aos leitores uma indicação de importância sólida, constante e visível
A mensagem será rejeitada se
entrar em conflito com as normas do grupo
O consumo de mensagens é
feito de forma seletivaOs efeitos da mídia são, portanto, limitados
Os efeitos dependem de que mídia, da temática e do público (genérico ou especializado)
Segundo McCombs, o correto seria chamar agenda-setting à função dos jornais e enfatização à da televisão
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Teoria Hipodérmica
Marshall McLuhan
O meio é a mensagem
A
pólvora teria tornado inúteis as armaduras protetoras utilizadas pelos senhores
feudais.
Guerra e paz na aldeia global (1968); Do clichê ao arquétipo (1970).
Há farto material sobre McLuhan na Internet. Pelo conteúdo, sugere-se
http://www.mcluhanmedia.com/nmclm001.html
Herbert
Marshall McLuhan (1911-1980) não está mais na moda. Mas suas idéias estão. Elas
aparecem no discurso dos porta-vozes das corporações tecnológicas do império
americano – um Negroponte, um Bill Gates – tanto quanto em textos de autores
que vêem futuro sombrio na era da informação, como Jean Baudrillard
McLuhan
foi um fenômeno de massa. Seus livros foram best sellers. Cunhou expressões infinitamente repetidas:
“aldeia global”, “o meio é a mensagem”, “globalização”. Algumas de suas
proposições parecem proféticas, como esta, que antecipa o mundo da Internet
(que ele não conheceu) e as perspectivas que se abrem com os estudos da
inteligência artificial
“Aproximamo-nos
rapidamente da fase final dos prolongamentos do homem: a simulação tecnológica
da consciência.”
Ao
colocar as tecnologias como determinantes da história, McLuhan não foi
original: é exatamente assim que se classificam períodos pré-históricos – as
idades da pedra, da pedra lascada, do ferro etc.
Sua
originalidade consiste em dar prioridade a um tipo de tecnologia – a da
informação – para explicar a evolução das civilizações, principalmente nas
idades moderna e contemporânea. Incorre, no entanto, em evidente reducionismo:
atribui ao fim dos fornecimentos de papiro a queda do Império Romano; ao
surgimento do estribo o começo do feudalismo; e à chegada da pólvora ao
Ocidente o início da bancarrota do sistema feudal
No
século XVI, a palavra impressa – a Galáxia de Gutenberg – teria, segundo
ele, criado o individualismo e o
nacionalismo.
Como
estabelece essas ilações? Quanto ao papiro, escreve que a falta desse produto
egípcio provocou “as quedas posteriores dos valores visuais”, fazendo “as
estradas romanas caírem em desuso e o império desintegrar-se”;
Quanto
ao estribo, alega que permitiu “uma nova maneira de guerrear e uma nova forma
de sociedade ocidental européia, dominada por uma aristocracia de guerreiros
dotados de terras”;
Geralmente
considera-se a falta de uma teoria econômica consistente o ponto crítico das
análises de McLuhan – e exatamente aquele que permite a fácil apropriação de
suas idéias. A utopia da aldeia global que, segundo ele, igualaria todos os
homens, forneceu à liderança corporativa tecnológica um sentido de destino
histórico.
Eis
algumas citações de McLuhan:
Todos
os veículos de comunicação nos envolvem completamente. São tão abrangentes em
suas conseqüências pessoais, políticas, econômicas, estéticas, psicológicas,
morais, éticas e sociais que não deixam parte alguma de nós intocada, não
afetada, inalterada. O meio é a massagem. Qualquer compreensão das mudanças
sociais e culturais é impossível sem o conhecimento da maneira em que mídia age
como meio ambiente.
Todos
os veículos de comunicação são extensões de uma faculdade humana – física ou
psíquica.
Os
meios ambientes não são invólucros passivos, mas processos ativos que nos
envolvem completamente, massageando a razão dos sentidos e impondo suas
asserções silenciosas. Mas o meio ambiente é invisível. Suas regras mestras,
sua estrutura abrangente, seus padrões dominantes eludem a percepção imediata.
Na
percepção humana comum, os homens recriam dentro de si mesmos – em suas
faculdades interiores – o mundo exterior. Esse milagre é o trabalho do nous
poietikos de nosso intelecto ativo – isto é, o processo poético ou criativo. O
mundo exterior, em cada instante da percepção, é interiorizado e recriado de
nova maneira. Nós mesmos.
Pondo
nossos corpos físicos dentro de sistemas nervosos expandidos por meio da mídia
elétrica, construímos uma dinâmica pela qual todas as tecnologias prévias
– meras extensões de mãos, pés, dentes e
controles corporais, todas extensões de nossos corpos, inclusive as cidades –
traduzem-se em sistemas de Informação. A tecnologia eletromagnética requer do
ser humano docilidade e inércia meditativa, de maneira que se comporta como um
organismo que tem seu cérebro exposto e seus nervos fora da pele.
Quando
um órgão é retirado (por ablação), fica dormente. O sistema nervoso central
ficou dormente (para sobreviver). Entramos na idade da inconsciência com a
eletrônica, e a consciência migra para os órgãos físicos, mesmo o corpo
político. Há grande aumento da acuidade física e grande queda da acuidade
mental quanto o sistema nervoso central
é externalizado.
A
linguagem como tecnologia da extensão humana, cujos poderes de divisão e
separação conhecemos tão bem, pode ter sido a Torre de Babel pela qual o homem
buscou alcançar o paraíso. Hoje os computadores nos prometem traduzir
instantaneamente qualquer código ou língua para outro código ou língua. O
computador, em suma, promete pela tecnologia a condição pentecostal do
entendimento e unidade universais.
O
próximo passo lógico será não traduzir mas superar as línguas em favor de uma
consciência cósmica que pode ser como o inconsciente coletivo sonhado por
Bergson. A condição de não ter peso, que os biólogos dizem prometer a
imortalidade física, pode ser paralela da condição de não ter fala, capaz de
conferir a perpetuidade da paz e harmonia coletivas.
A
galáxia de Gutenberg (1962);
Entendendo
a mídia: as extensões do homem (1964);
O
meio é a massagem: um inventário de efeitos (1967);Guerra e paz na aldeia global (1968); Do clichê ao arquétipo (1970).
Há farto material sobre McLuhan na Internet. Pelo conteúdo, sugere-se
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A PALAVRA... Nº 478. Qual a melhor Vocação?
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segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
1º DOMINGO DO ADVENTO. ANO-A: Bênção de Sta. Teresinha.
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A PALAVRA... Nº 477. Evangelii Gaudium (2ª Parte)
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domingo, 1 de dezembro de 2013
1º Domingo do Advento - Ano A (Apela à vigilância).
Tema do 1º Domingo do Advento
ATUALIZAÇÃO
A reflexão deste texto pode partir dos seguintes dados:
A
liturgia deste domingo apresenta um apelo veemente à vigilância. O cristão não
deve instalar-se no comodismo, na passividade, no desleixo, na rotina; mas deve
caminhar, sempre atento e sempre vigilante, preparado para acolher o Senhor que
vem e para responder aos seus desafios.
A
primeira leitura convida os homens – todos os homens, de todas as raças e
nações – a dirigirem-se à montanha onde reside o Senhor… É do encontro com o
Senhor e com a sua Palavra que resultará um mundo de concórdia, de harmonia, de
paz sem fim.
A
segunda leitura recomenda aos crentes que despertem da letargia que os mantém
presos ao mundo das trevas (o mundo do egoísmo, da injustiça, da mentira, do
pecado), que se vistam da luz (a vida de Deus, que Cristo ofereceu a todos) e
que caminhem, com alegria e esperança, ao encontro de Jesus, ao encontro da
salvação.
O
Evangelho apela à vigilância. O crente ideal não vive mergulhado nos prazeres
que alienam, nem se deixa sufocar pelo trabalho excessivo, nem adormece numa
passividade que lhe rouba as oportunidades; o crente ideal está, em cada minuto
que passa, atento e vigilante, acolhendo o Senhor que vem, respondendo aos seus
desafios, cumprindo o seu papel, empenhando-se na construção do “Reino”.
EVANGELHO – Mt 24,37-44
ATUALIZAÇÃO
A reflexão deste texto pode partir dos seguintes dados:
O
que é que significa para nós “estar vigilantes”, “estar atentos”, “estar
preparados” para acolher o Senhor? Significa ter a “alminha” na “graça de Deus”
para que, se a morte chegar de repente, Deus não consiga encontrar em nós
qualquer pecado não confessado e não tenha qualquer razão para nos mandar para
o inferno? Significa, fundamentalmente, acolher todas as oportunidades de
salvação que Deus nos oferece continuamente… Se Ele vem ao meu encontro, me desafia
a cumprir uma determinada missão e eu prefiro continuar a viver a minha
“vidinha” fácil e sem compromisso, estou a perder uma oportunidade de dar
sentido à minha vida; se Ele vem ao meu encontro, me convida a partilhar algo
com os meus irmãos mais pobres e eu escolho a avareza e o egoísmo, estou a
perder uma oportunidade de abrir o meu coração ao amor, à alegria, à
felicidade…
O
Evangelho que nos é proposto apresenta alguns dos motivos que impedem o homem
de “acolher o Senhor que vem”… Fala da opção por “gozar a vida”, sem ter tempo
nem espaço para compromissos sérios (quanta gente, ao domingo, tem todo o tempo
do mundo para dormir até ao meio dia, mas não para celebrar a fé com a sua
comunidade cristã); fala do viver obcecado com o trabalho, esquecendo tudo o
mais (quanta gente trabalha quinze horas por dia e esquece que tem uma família
e que os filhos precisam de amor); fala do adormecer, do instalar-se, não
prestando atenção às realidades mais essenciais (quanta gente encolhe os ombros
diante do sofrimento dos irmãos e diz que não tem nada com isso: é o governo ou
o Papa que têm que resolver a situação)… E eu: o que é que na minha vida me
distrai do essencial e me impede, tantas vezes, de estar atento ao Senhor que
vem?
Neste
tempo de preparação para a celebração do nascimento de Jesus, sou convidado a
recentrar a minha vida no essencial, a redescobrir aquilo que é importante, a
estar atento às oportunidades que o Senhor, dia a dia, me oferece, a acordar
para os compromissos que assumi para com Deus e para com os irmãos, a
empenhar-me na construção do “Reino”… É essa a melhor forma – ou melhor, a
única forma – de preparar a vinda do Senhor.
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1º Domingo do Advento - Ano A,
Advento,
Evangelho Dominical,
Missa do 1º Domingo do Advento,
Tempo de Advento,
vigilância
FREI LINO: 25 Anos de Padre.
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