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segunda-feira, 10 de novembro de 2014

A PALAVRA DO FREI PETRÔNIO, Nº 727: Vinheta.

O cardeal italiano garante que “o Papa pode estar em perigo”

“O Papa pode estar em perigo, porque alguns podem ter a intenção de querer eliminá-lo”. A opinião é do cardeal Francesco Coccopalmerio (na foto, à esquerda), um dos homens mais próximos a Francisco e presidente do Pontifício Conselho para os Textos Legislativos da cúria romana. E acrescentava que Bergoglio “parece não perceber o perigo, talvez porque confia no Senhor que está com ele e em seu anjo da guarda, que deve ser muito poderoso”. A reportagem é de José Manuel Vidal e publicada no sítio Religión Digital, 05-11-2014. A tradução é de André Langer.
O prestigioso cardeal, que recebeu o doutor honoris causa pela Pontifícia Universidade de Comillas, onde também fez uma conferência, não especificou de onde pode provir o perigo para o Papa, mas admitiu que, em alguns círculos vaticanos, há resistências à sua reforma.
Perguntado sobre as recentes declarações nada amistosas sobre o Papa por parte de cardeais como Burke, Rodé, Pell, De Paolis ou Müller, o purpurado canonista explicou que “não podemos dizer que haja uma resistência organizada contra o Papa nem contra a sua reforma. Mas há pessoas que estão muito convencidas do que pensam e temem que os princípios doutrinais possam ser prejudicados”.
Perguntado também se esses cardeais “resistentes” visitaram o Papa emérito, para torná-lo partícipe das suas diferenças com Francisco, Coccopalmerio limitou-se a responder: “Eu também li essa informação, mas me parece exagerada”.
Reivindicou, ao contrário, a figura do seu mestre, o falecido cardeal Carlo María Martini, de quem disse que “neste momento, estaria com o Papa Francisco, porque ambos compartilhavam a mesma hermenêutica das pessoas”. Ou seja, ambos estão convencidos de que “na pastoral da Igreja é necessário afirmar claramente a doutrina, mas, às vezes, é mais necessário ainda olhar para as pessoas e os seus sofrimentos concretos e dar-lhes respostas”. Por isso, o arcebispo de Milão costumava dizer provocativamente: “Não quero crentes, quero pensantes”.

O segredo de Francisco
Em todo o caso, o cardeal italiano considera que o Papa conta com o apoio do povo de Deus, que “o sente muito próximo”, e acredita que “até mesmo os bispos são sensíveis a esta influência de Francisco”. E que, na sua opinião, “o segredo do sucesso de Bergoglio é que quer bem as pessoas”.
E acrescenta: “Quando vê você, olha nos seus olhos, como para lhe dizer ‘você é importante para mim, lhe escuto e aprecio’. E as pessoas percebem esta dinâmica que vai do Papa às pessoas e vice-versa. As pessoas se sentem tocadas por esta atenção genuína e não formal”.
Neste sentido, Coccopalmerio considera que Francisco “é um amigo, como um avô, consciente de que as pessoas necessitam de carinho e sentirem-se amadas, como uma necessidade vital”.

Um moderador da cúria romana
Dentro do pontificado reformador de Francisco, Coccopalmerio destacou a importância da reforma da cúria romana com “pessoas competentes e capazes”. Na sua opinião, não se trata apenas de internacionalizar o governo central da Igreja, mas também e sobretudo encontrar as pessoas adequadas que “cumpram com a função encomendada a serviço do Papa, dos bispos e dos fiéis”.

Neste sentido reivindicou sua antiga proposta de um “moderador da cúria”, cuja atividade essencial deveria se centrar em “ver se cada dicastério está cumprindo sua função, algo que, neste momento, ninguém faz”.
O presidente da Congregação para os Textos Legislativos também abordou o recente Sínodo, do qual saiu com “uma boa impressão, porque todos os padres sinodais se sentiram à vontade e puderam falar com total liberdade”. E, na sua opinião, “o Sínodo foi um bom debate fraterno, com muita sensibilidade para as questões pastorais”.
No âmbito das questões pastorais referentes ao matrimônio, Coccopalmerio avançou que, na sua opinião, “o procedimento de nulidade deveria ser mais simples e mais rápido”. E, para isso, ofereceu várias propostas concretas. Por exemplo, “caminhar para um juiz único” ou para que “em certas ocasiões, o próprio bispo pudesse declarar um matrimônio nulo”.
Por último, declarou que “o catolicismo espanhol está sendo bem visto por Roma” e agradeceu o doutorado honoris causa à Faculdade de Direito Canônico da Pontifícia Universidade de Comillas, onde tem muitos amigos e colaboradores.

Honoris Causa
O cardeal Francesco Coccopalmerio, atual presidente do Pontifício Conselho para a Interpretação dos Textos Legislativos, e Hermann-Josef Sieben, SJ, foram investidos no dia 05 de novembro doutores honoris causa pelas Faculdades de Direito Canônico e de Teologia, respectivamente, da Pontifícia Universidade de Comillas ICAI-ICADE.
O reitor Julio L. Martínez, SJ, ao referir-se ao cardeal, destacou em seu discurso a busca da verdade a partir do campo do Direito, já que “há décadas assumiu a nobre missão da revisão e reforma solicitada pelo Concílio Vaticano II do Código de Direito Canônico”.
Coccopalmerio lidera toda uma geração de canonistas por sua reconhecida autoridade e sua alta responsabilidade, e porque impulsionou “a mudança de atitude e mentalidade canônicas para que a lei necessária à Igreja seja para os fiéis um autêntico serviço e uma eficaz garantia no exercício de seus direitos fundamentais”, segundo o reitor.
José Luis Sánchez Girón, vice-decano da Faculdade de Direito Canônico e padrinho do doutorando, por sua vez, destacou “o enfoque pastoral e não falto de rigor científico” das obras de Coccopalmerio, “um expoente que marcou uma geração de canonistas”. Sánchez Girón destacou a proximidade do cardeal com os pobres e desfavorecidos, e afirmou que “quando se está com ele parece que não se está com um cardeal”.
Com o doutorado honoris causa, a Comillas ICAI-ICADE reconhece ao professor Hermann-Josef Sieben, SJ, ter dedicado sua vida à busca da verdade como puro serviço, sem pretender títulos nem reconhecimentos. “Sua vida esteve consagrada ao Senhor em um trabalho abnegado onde os tenha realizado, que, mesmo sem pretendê-lo, mereceu o reconhecimento expresso não apenas de seus discípulos e de seus pares, mas do próprio Papa emérito Bento”, destacou o reitor. Além disso, “seu imenso trabalho de pesquisa guiou os nossos professores e através de suas obras puderam foram gerações de alunos na Faculdade de Teologia. Entre os seus serviços à Comillas cabe destacar a direção das duas excelentes teses de doutorado dos professores Madrigal e Uríbarri, nossos dois últimos decanos”, recordou o reitor.

Discursos de aceitação
Em seu discurso de aceitação, intitulado “Amor ao direito, amor à lei”, Coccopalmerio referiu-se à “impossibilidade de entender a lei sem compreender antes o dever, e que não se pode entender este sem ter uma compreensão do direito”. “Direito significa a exigência de receber determinados benefícios e deve ser considerado como uma condição da pessoa, já que é uma estrutura e uma realidade intrínseca dela”.

O cardeal assinalou que “não existe o direito, mas a pessoa titular do direito” e que não se pode entender este sem uma compreensão do direito. “Onde existe um direito existe um dever, que deve ser considerado como uma necessidade vital ou como uma condição da pessoa, inclusive como a própria pessoa”.

Hermann-Josef Sieben, SJ, por sua vez, intitulou a sua intervenção “Como os Concílios definiram sua relação com o Papa e vice-versa durante o primeiro milênio”. Nela, fez uma revisão histórica na qual mencionou diferentes papas, como Leão I, Dâmaso I e Bonifácio I, e recalcou que “as duas instituições centrais da Igreja, o papado e os concílios, “não apenas mantiveram relações de fato entre si, mas plasmaram esta relação de forma explícita através de textos de natureza distinta”. Entre eles destacou as referências ao Concílio de Sárdica (ano 342), que contém “a primeira manifestação, e a única durante muito tempo, de um concílio referente à relação de um concílio com o Papa”. Fontes: http://bit.ly/1EtaP0H; www.ihu.unisinos.br

A PALAVRA DO FREI PETRÔNIO Nº 726. Quando eu morrer...

"Evangelho" traduzido diz que Jesus se casou e teve 2 filhos

Manuscrito de mil anos conta que Maria Madalena teria sido a mulher do Messias

Jesus não morreu solteiro.  Pelo menos é o que afirma um novo “Evangelho” escrito há mil anos em aramaico e traduzido recentemente por dois estudiosos, Barrie Wilsion e Simcha Jacobovici, que conta que o Messias teria se casado com Maria Madalena e tido dois filhos. As informações são do The Mirror UK.
Os detalhes do novo livro, descoberto na Biblioteca Britânica, serão revelados em uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira. Mas, segundo os especialistas, o manuscrito afirm a que Jesus se casou com Maria Madalena, que aparece em todos os outros Evangelhos da Bíblia, especialmente em momentos importantes da vida de Cristo, como em sua ressurreição.
Ela teria tido dois filhos com ele. E, ao que tudo indica, o novo “Evangelho” cita o nome dos supostos descendentes.
Em alguns livros, como em Lucas, Maria Madalena é descrita como “pecadora”, sendo associada à prostituição.