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sexta-feira, 26 de julho de 2013

JORNADA MUNDIAL/RJ: O Papa do Povo (3ª Parte)

NOTA OFICIAL DO COMITE ORGANIZADOR LOCAL DA JMJ

Em virtude da mudança de local para a realização da Vigília e da Missa de Envio, de Guaratiba para Copacabana, o Comitê Organizador da JMJ Rio 2013, além de expressar sua alegria pela união e pela compreensão de todos que estão participando da Jornada, vem informar o seguinte:
1-A escolha de Guaratiba decorreu de inúmeras razões, entre as quais:
Ser próprio da Jornada realizar seus atos finais em local que permita peregrinação. Atender ao maior número de peregrinos que normalmente acorrem aos eventos finais da Jornada. Fazer com que os atos centrais da Jornada acontecessem em pontos diferentes da cidade, em especial numa região em que poucos eventos ocorrem. Não onerar demais os moradores de Copacabana e adjacências com muitos eventos na mesma região.
2-Para isso, o terreno em Guaratiba foi preparado com carinho e de acordo com as normas legais.
3-Em virtude da quantidade de chuva, fato que não ocorre regularmente neste período, aquele local se tornou não recomendável para o uso pelos peregrinos, considerando o pernoite, característico da Jornada. Pensando nos peregrinos, ouvindo diversos segmentos envolvidos na Jornada e em acordo com as autoridades governamentais, nos seus três níveis, federal, estadual e municipal, tomou-se a decisão de transferir o evento para Copacabana.
4-A mudança de local ocasionou uma situação peculiar, diante da qual nem tudo que havia sido planejado poderá acontecer. Trata-se de uma situação excepcional.
5-O Comitê Organizador da Jornada agradece aos moradores de Copacabana e adjacências por sua compreensão e acolhida ao longo da Jornada. Pede que as bênçãos de Deus venham sobre todos os que, neste bairro, residem e trabalham ou que por ele passam. Agradece também a compreensão de todas as pessoas que, vindo participar da Jornada, não poderão conhecer o que foi preparado em Guaratiba.
6-Conforme já divulgado, os dois atos centrais, Vigília e Missa de Envio, acontecerão nos mesmos horários previamente indicados, agora em Copacabana.
7-O local de entrega do kit vigília, tanto para peregrinos quanto voluntários, passa a ser o Aterro do Flamengo, próximo ao Museu de Arte Moderna. O horário será entre sete da manhã e nove da noite de sábado.
8-A rota de peregrinação passa a se iniciar na Central do Brasil, passando pelas avenidas Presidente Vargas e Rio Branco, percorrendo o Aterro do Flamengo, rumo a Copacabana. A peregrinação poderá ser iniciada às sete horas da manhã, em qualquer ponto deste trajeto.
9-A infraestrutura de atendimento aos peregrinos será reforçada com banheiros, gradis e, na rota de peregrinação, com postos médicos e distribuição de água.
10-A área destinada aos peregrinos será a mesma adotada para os demais eventos da JMJ já realizados em Copacabana.
11-De sábado para domingo, o peregrino poderá permanecer em Copacabana para a vigília ou retornar ao seu lugar de hospedagem para dormir. No domingo, se assim desejar, voltará a Copacabana.
12-Esse comité agradece a compreensão de todos os que estavam previamente convidados às áreas especiais de Guaratiba, mas por limitações físicas, ou seja, ausência de espaço suficiente, não haverá esse local reservado em Copacabana.
13-Os padres poderão concelebrar na Missa de Envio, no domingo. Para isso, devem se dirigir, entre cinco e oito horas da manhã, à tenda de paramentos, localizada na Avenida Atlântica em frente ao número 778. Naquele local, haverá um ponto de acolhida, onde, mediante o crachá, receberão os paramentos. Dirigir-se-ão, em seguida, para a área a eles reservada, ingressando no portão que fica na direção da esquina entre as avenidas Atlântica e Princesa Isabel.
14-O sistema de transportes da cidade funcionará ininterruptamente, conforme esquema especial de eventos.
Fonte: Centro de Imprensa da JMJ

JORNADA MUNDIAL/RJ: O Papa do Povo (2ª Parte)

JORNADA MUNDIAL/RJ: O Papa do Povo (1ª Parte)

quinta-feira, 25 de julho de 2013

O Papa no Rio de Janeiro: Agenda desta quinta-feira, 25. Cerimônia de entrega das chaves da cidade.

Nesta quinta-feira, 25, às 9h45, Papa Francisco receberá as chaves da cidade do Rio de Janeiro na presença do prefeito Eduardo Paes, no Palácio da Cidade, uma das sedes do governo municipal. A entrega das chaves é um ato simbólico que representa o livre acesso à cidade e se realiza, tradicionalmente, em muitas partes do mundo, a visitantes ilustres como prova de confiança. A chave que será entregue é feita de prata, mede 28cm x 9,8 cm e demorou mais de dois meses para ser produzida. A inspiração para o desenho foi a cruz, um dos símbolos mais importantes da Igreja Católica. Com um estilo medieval, os crucifixos aparecem no desenho que registra a primeira viagem do Papa ao Rio de Janeiro, em julho de 2013.
Fã de futebol e torcedor do San Lorenzo de Almagro, Papa Francisco irá benzer as bandeiras olímpica e paralímpica na cidade que se prepara para receber os Jogos, em 2016. Cerca de 300 esportistas participarão da cerimônia. A Cruz Olímpica e o ícone da paz são símbolos cristãos que, em 2014, visitarão as doze cidades sede da Copa do Mundo. Eles estarão no Palácio e serão apresentados ao Papa pela nadadora Fabiola Molina e pelo jogador de vôlei Riad Ribeiro. A bandeira olímpica será entregue ao Papa na varanda do Palácio pelos guardas da bandeira. Estarão presentes atletas de destaque no país, como Pelé, Zico e Oscar Schmidt, além do nadador César Cielo e da ginasta Daiane dos Santos. 
Essa não é a primeira vez que um Papa mostra interesse pelos Jogos Olímpicos. Papa Pio X incentivou a iniciativa do Barão de Coubertain e foi o primeiro a abrir as portas do Vaticano aos atletas. João XXIII também saudou os atletas durante os Jogos Olímpicos de Roma, em 1960. Em 2000, João Paulo II destacou os Jogos Olímpicos. Finalmente, em 2012, Bento XVI se referiu às Olimpíadas como “o maior evento esportivo, em que participam atletas de muitos países e, por isso, tem grande valor simbólico. Por isso, a Igreja Católica a vê com especial simpatia e atenção“. Papa Francisco já salientou, em outros momentos, o valor do esporte como elemento de união entre as pessoas.
Varginha – Complexo de Manguinhos
 
Depois de sair da cerimônia no Palácio, o Papa visita a comunidade de Varginha, criada em 1941 e situada no complexo de Manguinhos, na Zona Norte do Rio. A população de Manguinhos é de, aproximadamente, 45 mil habitantes e o complexo é composto por 13 comunidades, sendo a Parque Oswaldo Cruz (Amorim) a mais antiga, fundada por imigrantes portugueses em 1901. A área sofreu com a saída de indústrias da região, na década de 80, e hoje, vivem em Varginha pouco mais de 1.150 pessoas (números não oficiais falam em 2.500 habitantes). A área tem uma história de violência, criminalidade e tráfico de drogas. Antes de ser pacificada pelo governo, em 2012, era conhecida como “faixa de Gaza”, pelas guerras entre grupos de traficantes rivais. Ao visitar a comunidade, Papa Francisco repete o ato de João Paulo II que, em 1980, visitou a comunidade do Vidigal, na Zona Sul do Rio.
Programação
O Papa chegará acompanhado pelo Padre Marcio Queiroz, pároco da comunidade, do vigário Paroquial e a Superiora das Missionárias da Caridade.  Não é a primeira vez que um representante da Igreja visita a comunidade. Em 1972, Madre Teresa de Calcutá visitou o local e, desde então, a área conta com o trabalho das Missionárias da Caridade, que atuam na evangelização das crianças e apoio às famílias.
O Papa visitará a pequena igreja de São Jerônimo Emiliani, religioso italiano, considerado "patrono universal dos órfãos e jovens abandonados” (Pio XI, 1928). A capela foi inaugurada em 19 de julho de 1971, na presença do Arcebispo da cidade. No final dos anos 80, passou por uma reforma. No pátio externo, Francisco se encontrará com doentes, pessoas com deficiência, idosos e crianças. Depois de um momento de oração, haverá a benção do novo altar. O Papa também oferecerá um cálice de presente para a paróquia.
De lá, se dirige ao campo de futebol onde o campeão do mundo Jairzinho treina jovens e crianças. A “laje” de onde o Papa fará a saudação é usada pelas crianças da comunidade para soltar pipa. No caminho até o campo, o Papa visita a casa de uma família e abençoa o casal Rangler dos Santos Ireneu e Joana Alves de Souza Carvalho. As crianças também aproveitam a ocasião para dar presentes ao Santo Padre.
A visita é um encontro do Papa Francisco com os menos favorecidos. A Jornada Mundial da da Juventude quer abrir espaço para que eles participem do momento de festa e oração. Além de levar alegria e esperança a um enorme número de jovens que moram em áreas mais pobres da cidade e que não poderiam ficar excluídos de um evento que quer envolver os jovens na criação de um novo mundo.
A comunidade de Varginha foi uma escolha conjunta do Governo e da Santa Sé, entre uma lista de comunidades atendidas pelo serviço diocesano. A escolha por uma comunidade menos conhecida da cidade é justamente para ressaltar a importância de olhar para quem está à margem, porém todas as comunidades serão representadas por ela.
Fonte: Centro de Imprensa da JMJ/RJ.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

JORNADA MUNDIAL/RJ: Cidade da fé

Papa Francisco confia JMJ a Nossa Senhora Aparecida

“Vejo vocês em 2017”, promete o Papa

Durante a visita ao Santuário da Padroeira do Brasil, onde esteve pela última vez em 2007, Papa Francisco confiou a Jornada Mundial da Juventude a Nossa Senhora Aparecida. O pontífice afirmou que a sua visita ao local representava uma visita, simbólica, a todo o Brasil. O trajeto até a cidade foi feito de avião, devido ao mau tempo. Ao chegar, foi recebido por Frei Domingos Sávio da Silva, reitor do Santuário e por uma multidão de peregrinos, a quem o Papa aconselhou. “Deixem-se surpreender pelo amor de Deus”
O Arcebispo de Aparecida, Dom Raymundo Damasceno Assis, que também é presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) presenteou o Papa com uma réplica da estátua da Virgem. Segundo o Arcebispo, a cor negra da estátua é resultado da ação da lama do rio e das velas, mas foi interpretado como uma “referência ao sofrimento das pessoas pobres e marginalizadas, ao longo da história do Brasil”, explicou. Cerca de 12 mil pessoas participaram da missa dentro da Basílica enquanto milhares acompanharam do lado de fora, apesar da chuva e do mau tempo.
No início da homilia, Papa Francisco destacou a V Conferência Geral do Espiscopado da América Latina e do Caribe (Celam), realizada em 2007. Para o pontífice, o encontro foi um grande momento da vida da Igreja. Dele, nasceu o Documento de Aparecida, entre os trabalhos dos pastores e a fé simples dos romeiros, sob a proteção maternal de Maria.
“É de Maria que se aprende o verdadeiro discipulado. E por isso a Igreja sai em missão sempre na esteira de Maria. Venho hoje bater à porta da casa de Maria, que amou e educou Jesus, para que ajude a todos nós, os Pastores do Povo de Deus, aos pais e aos educadores, a transmitir aos nossos jovens os valores que farão deles construtores de um país e de um mundo mais justo, solidário e fraterno. Para tal, gostaria de chamar a atenção para três simples posturas: conservar a esperança, deixar-se surpreender por Deus e viver na alegria”.
Para o Papa, o mal se faz presente em nossa história, mas não é o mais forte. “Deus é o mais forte, Deus é a nossa esperança”, disse, alertando para a solidão e o vazio que levam as pessoas à busca de compensações no que chamou de “ídolos passageiros”, como dinheiro, sucesso, poder e prazer.
Referindo-se à história de Aparecida – quando três pescadores foram surpreendidos por uma imagem da Virgem na rede de pesca, ele disse: “Deus sempre surpreende, como o vinho novo, no Evangelho. Se nos aproximamos d’Ele, se permanecemos com Ele, aquilo que parece água fria, aquilo que é dificuldade, aquilo que é pecado se transforma em vinho novo de amizade com Ele”. E completou, afirmando que devemos “viver na alegria”.  “O Cristão não pode ser pessimista! Não pode ter uma cara de quem parece em um constante estado de luto”.
 No final da missa, Papa Francisco cumprimentou as pessoas que acompanhavam a celebração, entre elas representantes de outras denominações religiosas. Na sequencia, foi até a sacada do santuário para abençoar os milhares de peregrinos que acompanhavam do lado de fora e gritavam “Francisco, Francisco!”.
“Obrigada por terem vindo”, saudou o Papa, em espanhol. “Pedi a Virgem que abençoe suas famílias, seus filhos, seus pais e toda a nação”. E continuou, perguntando: “A mãe esquece seus filhos?”. À resposta - um sonoro “não” - ele retrucou: “Não. A mãe não esquece dos filhos. Ela cuida dos seus filhos”.
Papa Francisco abençoou as pessoas com a réplica da imagem da Virgem de Aparecida, antes de pedir que rezassem por ele. “Eu preciso”, disse, antes de anunciar: “Vejo vocês em 2017”. Em 2017, serão comemorados os 300 anos da aparição da Virgem no rio Paraíba do Sul.
Fonte: Imprensa da JMJ. Rio, 24 de julho-2014.

JMJ: Hospital São Francisco de Assis da Providência de Deus, uma expressão do legado social da Jornada Mundial da Juventude

60% dos dependentes químicos atendidos em centros de recuperação religiosos abandonam o vício enquanto o número é de 12% entre outras instituições.

Depois da visita ao Santuário de Aparecida, Papa Francisco visita, na tarde desta quarta-feira, 24, o Hospital São Francisco de Assis da Providência de Deus, para inaugurar um pavilhão dedicado ao atendimento de dependentes de drogas, que entra em funcionamento no final do mês, com 40 leitos. O número deve dobrar até o fim do ano. Um ganho importante para a cidade do Rio de Janeiro, onde vivem mais de 600 mil dependentes químicos e apenas 20 leitos disponíveis para atendimento . O Brasil tem dois milhões de dependentes químicos, sendo 50% na região Sudeste (600 mil no Rio de Janeiro).

A passagem do Papa Francisco pelo Brasil é marcada pela atenção aos mais carentes, visto que ele também irá encontrar jovens detentos ao longo da semana. A inauguração do novo pavilhão do hospital é um dos legados sociais que a Jornada Mundial da Juventude. A Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro está criando um rede de atendimento aos dependentes, reforçando a promoção de resultados efetivos para o tratamento e a inserção do social.

O trabalho no hospital estará preocupado não apenas com a atenção médica, mas buscará um tratamento completo, integrando os aspectos transcendente e religioso. Segundo o diretor executivo do hospital, Italo Marsili, apenas 12% dos pacientes atendidos em hospitais têm sucesso no tratamento. Enquanto isso, o sucesso dos que recebem atendimento em instituições médicas religiosas chega a 60%. Os programas de assistência social reconhecem que as primeiras instituções de assistência social no Brasil foram da Igreja.

O objetivo é que o hospital se torne um centro de capacitação de profissionais sobre diferentes drogas e o seus efeitos, especialmente naqueles que se encontram em situação de risco social. Os gestores do hospital, que pertence à Associação e Fraternidade São Francisco de Assis da Providência de Deus, contam com a colaboração tanto de autoridades quanto da sociedade civil para que a instituição possa garantir o serviço gratuito aos pacientes.

 

Dados do Hospital:

42.278m² de área construída

8 prédios

648 leitos para internação

9 leitos de emergência

323 leitos de enfermaria

61 leitos de terapia intensiva

11 centros cirúrgicos

32 consultórios

22 especialidades médicas

350 médicos

463 enfermeiros

Emergência 24 horas

Atuação da Igreja Católica na área da saúde no mundo

A Igreja Católica tem uma atuação de asssitência social e de saúde forte em todo o mundo. Ao todo são5.305 hospitais (1.694 nos Estados Unidos e 1.150 na África); 18.179 associações de distribuição de remédios gratuitos (5.762 na América, 5.312 na África e 3.884 na Ásia; 547 leprosários, principalmente na Ásia (285) e África (198); 17.223 asilos e centros de atendimento a pessoas com deficiência (8.021 na Europa e 5.650 na  América); 9.882 orfanatos (um terço deles na Ásia, 3.606; 11.379 creches; 15.327 centros de aconselhamento matrimonial; 34.331 centros de educação e outras 9.391 instituições assistenciais (a maior parte na América, 3.564, e na Europa, 3.159).

 

Programação:

A previsão é que o Papa chegue ao hospital São Francisco de Assis da Providência de Deus (VOT), no Rio de Janeiro, às 18h30. Ele será recebido pelo Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, o secretário estadual de Saúde, Sérgio Luiz Côrtes da Silveira, o diretor da Associação e Fraternidade São Franciosco de Assis da Providência de Deus, Frei Francisco Belotti, e o diretor executivo do hospital, Italo Marsili.

Assim que chegar, o Papa se dirige à capela para uma oração de 10 minutos. O Santo Padre também deixará um presente: uma coleção de objetos litúrgicos artesanais feitos em Deruta (Itália): cálices e galheteiros. Na sequência, acompanhado pelo o Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, o diretor Associação e Fraternidade São Francisco de Assis da Providência de Deus, Frei Francisco Belotti, o coordenador deste projeto, Cônego Manuel de Oliveira Managão, Papa Francisco faz um pronunciamento, inaugurando oficialmente o pavilhão.

O púlpito e a cadeira utilizados por Papa Francisco foram construídos por pacientes do próprio hospital. Além de 20 pacientes, participam da cerimônia 300 atendidos em programas de recuperação da Associação São Francisco. Durante o ato, o Papa fará a benção da placa comemorativa do novo pavilhão do Polo Integrado de Saúde Mental para a recuperação de jovens dependentes, financiado pela Conferência Episcopal Italiana, com dois milhões de reais.

A Associação e Fraternidade São Francisco de Assis da Providência de Deus pertence à Ordem Terceira Franciscana e atende população carente, segundo a orientação franciscana. Fundada em 1985, a Associação coordena centros de recuperação a atendimento médico e faz parte de uma rede de instituições dedicadas a este fim.

Fonte: Imprensa da JMJ. Rio, 24 de julho-2014.

terça-feira, 23 de julho de 2013

JMJ- Rio2013 já começou! Cristo conta com cada um de vocês.

A missa de abertura da Jornada Mundial da Juventude foi um convite para que o jovem entregue sua vida a Cristo e seja o protagonista de um novo mundo.
A mensagem do Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, aos milhares de jovens de todo o mundo reunidos sob a chuva e o vento na praia de Copacabana, foi um convite. Os jovens que o cercavam na tradicional missa de abertura da Jornada Mundial da Juventude foram convidados a se comprometerem com um novo mundo, a contagiarem todos com alegria e a serem protagonistas, como sentinelas da manhã, de um novo amanhecer de esperança. "Vamos construir pontes em vez de muros", afirmou em sua homilia.
Desde as primeiras horas da manhã, os jovens chegavam à praia de Copacabana. Às 15h, tiveram início as apresentações de artistas nacionais e internacionais, que transformaram a tarde chuvosa em um momento de fraternidade. A chegada da Cruz Peregrina e do Ícone de Nossa Senhora, símbolos da JMJ, marcou o início do momento de oração, que culminou com a celebração eucarística, presidida por Dom Orani. Para o Arcebispo, é hora de despertar a confiança e a esperança para que elas sejam as molas propulsoras de um “amanhã de luz”. A mensagem aos jovens é da esperança que vem da fé em Cristo, o melhor presente para dar aos outros.
O arcebispo brasileiro traçou um verdadeiro programa missionário para os jovens.  "Somos chamados a viver profundamente a fé neste tempo plural e tantos questionamentos, nesta mudança de época, mas com o entusiasmo e a coerência daqueles que são guiados pelo Espírito Santo". Para ele, isso é para "mostrar o rosto do jovem cristão que procura unir o testemunho de uma vida autenticamente cristã com as consequências sociais do Evangelho" e, principalmente, para promover a "revolução do amor". Os jovens são chamados a viver a construção de um mundo de irmãos. "Nós queremos que todos e cada um se sintam acolhidos nos abraço de Cristo, que nos chama a todos para estarem com ele na construção do Reino de Deus. Vamos juntos?”.
Em resumo, para o Arcebispo, significa que "outro mundo é possível". Os jovens do Rio são “o presente esperançoso de uma sociedade que espera que sua crise de valores tenha uma solução”. Eles são a nova geração que vive a fé e que é chamada para transmiti-la às gerações subsequentes.
Ao final da missa, Cardeal Stanislaw Rylko, presidente do Pontifício Conselho para Leigos, órgão responsável pela organização da JMJ, convidou os jovens a deixarem-se abraçar pelo Cristo Redentor, que abençoa a cidade, e é "o verdadeiro protagonista do evento”. O Cardeal fez um pedido aos jovens: "confie a ele todos os vossos projetos para o futuro, as vossas alegrias mais profundas e as decisões mais difíceis que precisarem tomar, vossos medos e inquietações que habitam vossos jovens corações”. Para Rylko, a confiança em Cristo não deve fazer com que nos fechemos em nós mesmos, com nossas próprias certezas e comodidades, mas “Cristo nos chama a sair de nós mesmos e derrubar os muros do nosso egoísmo, para ir com coragem às “periferias” geográficas e existenciais do mundo, levando Cristo e seu Evangelho”.
A cerimônia de abertura da Jornada Mundial da Juventude também marcou o lançamento do selo comemorativo da visita do Papa Francisco ao Brasil, pelo presidente dos Correios, Wagner Pinheiro de Oliveira. Um álbum com o selo foi dado ao Secretário de Estado  do Vaticano, Cardeal Tarcisio Bertone, como presente.
Após a celebração eucarística, o dia terminou com apresentações musicais de Migueli, Rex Band, Eros Biondini, Francisco Avello e Celina Borges. A Banda Missionário Shalom, os cantores Suely Façanha, Davidson Silva, Cristiano Pinheiro, Ana Gabriela, Alfareros, Rodrigo Ferreira (Missão Louvor e Glória), Migueli, Rex Band e a Orquestra Sinfônica de Barra Mansa completaram a atração musical da cerimônia, realizada em um palco projeto pelo arquiteto Abel Gomes. Uma grande cruz dominava o cenário, inspirado nas montanhas da cidade.

JORNADA MUNDIAL/RJ: Feira da fé.

JORNADA MUNDIAL/RJ: Vem, vem Francisco vem!

JORNADA MUNDIAL/RJ: O Papa Francisco e multidão.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

JORNADA MUNDIAL/RJ: O Papa chega ao Rio.

Discurso do Santo Padre em Guanabara - Cerimónia de boas-vindas

Rio de Janeiro – 22 de julho-2013.

SALA DE IMPRENSA DA SANTA SÉ

 Cerimônia de boas-vindas

Texto original

Senhora Presidenta,

Ilustres Autoridades,

Irmãos e amigos!

 
Quis Deus na sua amorosa providência que a primeira viagem internacional do meu Pontificado me consentisse voltar à amada América Latina, precisamente ao Brasil, nação que se gloria de seus sólidos laços com a Sé Apostólica e dos profundos sentimentos de fé e amizade que sempre a uniram de modo singular ao Sucessor de Pedro. Dou graças a Deus pela sua benignidade.

Aprendi que para ter acesso ao Povo Brasileiro, é preciso ingressar pelo portal do seu imenso coração; por isso permitam-me que nesta hora eu possa bater delicadamente a esta porta. Peço licença para entrar e transcorrer esta semana com vocês. Não tenho ouro nem prata, mas trago o que de mais precioso me foi dado: Jesus Cristo! Venho em seu Nome, para alimentar a chama de amor fraterno que arde em cada coração; e desejo que chegue a todos e a cada um a minha saudação: “A paz de Cristo esteja com vocês!”

Saúdo com deferência a Senhora Presidenta e os ilustres membros do seu Governo. Obrigado pelo seu generoso acolhimento e por suas palavras que externaram a alegria dos brasileiros pela minha presença em sua Pátria. Cumprimento também o Senhor Governador deste Estado, que amavelmente nos recebe na Sede do Governo, e o Senhor Prefeito do Rio de Janeiro, bem como os Membros do Corpo Diplomático acreditado junto ao Governo Brasileiro, as demais Autoridades presentes e todos quantos se prodigalizaram para tornar realidade esta minha visita.

Quero dirigir uma palavra de afeto aos meus irmãos no Episcopado, sobre quem pousa a tarefa de guiar o Rebanho de Deus neste imenso País, e às suas amadas Igrejas Particulares. Esta minha visita outra coisa não quer senão continuar a missão pastoral própria do Bispo de Roma de confirmar os seus irmãos na Fé em Cristo, de animá-los a testemunhar as razões da Esperança que d’Ele vem e de incentivá-los a oferecer a todos as inesgotáveis riquezas do seu Amor.

O motivo principal da minha presença no Brasil, como é sabido, transcende as suas fronteiras. Vim para a Jornada Mundial da Juventude. Vim para encontrar os jovens que vieram de todo o mundo, atraídos pelos braços abertos do Cristo Redentor. Eles querem agasalhar-se no seu abraço para, junto de seu Coração, ouvir de novo o seu potente e claro chamado: «Ide e fazei discípulos entre todas as nações».

Estes jovens provêm dos diversos continentes, falam línguas diferentes, são portadores de variegadas culturas e, todavia, em Cristo encontram as respostas para suas mais altas e comuns aspirações e podem saciar a fome de verdade límpida e de amor autêntico que os irmanem para além de toda diversidade.

Cristo abre espaço para eles, pois sabe que energia alguma pode ser mais potente que aquela que se desprende do coração dos jovens quando conquistados pela experiência da sua amizade. Cristo “bota fé” nos jovens e confia-lhes o futuro de sua própria causa: “Ide, fazei discípulos”. Ide para além das fronteiras do que é humanamente possível e criem um mundo de irmãos. Também os jovens “botam fé” em Cristo. Eles não têm medo de arriscar a única vida que possuem porque sabem que não serão desiludidos.

Ao iniciar esta minha visita ao Brasil tem consciência de que, ao dirigir-me aos jovens, falarei às suas famílias, às suas comunidades eclesiais e nacionais de origem, às sociedades nas quais estão inseridos, aos homens e às mulheres dos quais, em grande medida, depende o futuro destas novas gerações.

Os pais usam dizer por aqui: “os filhos são a menina dos nossos olhos”. Que bela expressão da sabedoria brasileira que aplica aos jovens a imagem da pupila dos olhos, janela pela qual entra a luz regalando-nos o milagre da visão! O que  vai ser de nós, se não tomarmos conta dos nossos olhos? Como haveremos de seguir em frente? O meu auspício é que, nesta semana, cada um de nós se deixe interpelar por esta desafiadora pergunta.

A juventude é a janela pela qual o futuro entra no mundo e, por isso, nos impõe grandes desafios. A nossa geração se demonstrará à altura da promessa contida em cada jovem quando souber abrir-lhe espaço; tutelar as condições materiais e imateriais para o seu pleno desenvolvimento; oferecer a ele fundamentos sólidos, sobre os quais construir a vida; garantir-lhe segurança e educação para que se torne aquilo que ele pode ser; transmitir-lhe valores duradouros pelos quais a vida mereça ser vivida, assegurar-lhe um horizonte transcendente que responda à sede de felicidade autêntica, suscitando nele

a criatividade do bem; entregar-lhe a herança de um mundo que corresponda à medida da vida humana; despertar nele as melhores potencialidades para que seja sujeito do próprio amanhã e corresponsável do destino de todos.

Concluindo, peço a todos a delicadeza da atenção e, se possível, a necessária empatia para estabelecer um diálogo de amigos. Nesta hora, os braços do Papa se alargam para abraçar a inteira nação brasileira, na sua complexa riqueza humana, cultural e religiosa. Desde a Amazônia até os pampas, dos sertões até o Pantanal, dos vilarejos até as metrópoles, ninguém se sinta excluído do afeto do Papa. Depois de amanhã, se Deus quiser, tenho em mente recordar-lhes todos a Nossa Senhora Aparecida, invocando sua proteção materna sobre seus lares e famílias. Desde já a todos abençoo. Obrigado pelo acolhimento!