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sábado, 21 de setembro de 2013
25º DOMINGO DO TEMPO COMUM. ANO-C: Bênção Final
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PALAVRA, Nº 419. 25º Domingo do Tempo Comum. Ano- C. (2ª Parte).
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A PALAVRA, Nº 419. 25º Domingo do Tempo Comum (1ª Parte).
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sexta-feira, 20 de setembro de 2013
25º Domingo do Tempo Comum: A serviço de quem? De Deus ou do Dinheiro? (Lc 16,1-13)
Raymond Gravel, padre da Diocese de
Joliette, Canadá.
A
administração terrena das pequenas coisas que nos são confiadas, nos prepara
não somente para administrar coisas mais importantes, mas para nos tornarmos
coproprietários com Deus: o bem dos outros torna-se o nosso próprio bem.
Referências bíblicas:
Eis o texto.
Primeira
leitura: Am 8,4-7
Segunda
leitura: 1 Tm 2,1-8
Evangelho:
Lc 16,1-13
Na
semana passada, através de três parábolas, o evangelista Lucas nos convidou
para dar uma atenção especial aos marginalizados, aos excluídos e aos
pecadores. Esta semana, através de outra parábola, ele nos convida a escolher
entre Deus e o Dinheiro com um D maiúsculo, isto é, Mammon, o deus sírio da
riqueza, um ídolo. Lucas qualifica Mammon de desonesto (adikia), isto é,
injusto (Lc 16,9), que é o contrário de Deus que é (dikia), isto é, justo. O
que isto quer dizer? O dinheiro seria ruim? A fé cristã seria uma fé que recusa
a riqueza e que louva a pobreza? Penso que não! A primeira leitura e o
evangelho servem para nos esclarecer sobre o dinheiro e sobre o lugar que deve
ocupar na vida dos cristãos.
1. Esta parábola do Evangelho de Lucas é
difícil, certamente, mas podemos tirar dela duas mensagens:
1- Proprietário ou servo.
O
administrador da parábola de Lucas, que perde sua administração, age como se
fosse o proprietário dos bens que lhe são confiados. O homem rico é Deus que
confia seus bens aos discípulos, aos dirigentes da Igreja. Os bens de Deus são
confiados para frutificarem e não para serem desperdiçados em proveito dos
administradores, que somos nós. Se, como administradores, nós nos arvoramos do
papel de proprietários, esquecemos que temos que prestar contas a Deus, que é o
verdadeiro proprietário. Por isso, a primeira sentença (Lc 16,10-12), onde há
uma equivalência entre as pequenas coisas, o Dinheiro injusto e os bens
alheios: expressões que designam aqui os bens desse mundo, das quais o homem
não é o proprietário, mas o administrador e o responsável, diz bem que se ele
se revela digno de confiança, em sua missão terrestre provisória, será
considerado digno de administrar as grandes coisas, o verdadeiro bem, seu
próprio bem. Com outras palavras, a administração terrena das pequenas coisas que
nos são confiadas, nos prepara, não somente para administrar coisas mais
importantes, mas para nos tornarmos coproprietários com Deus: o bem dos outros
torna-se o nosso próprio bem.
O
mesmo acontece com a Igreja. Nós somos os administradores do Reino e não seus
proprietários. O exegeta francês Jean Debruynne escreve: “A riqueza de Deus não
é como a riqueza dos homens; ela não é uma propriedade privada... Deus não pode
ser roubado, Deus só sabe amar. Todos têm o direito a Deus, mesmo aqueles de
outras religiões que nós consideramos muitas vezes como administradores
injustos”. Eu gostaria de acrescentar: quem somos nós, como Igreja, para
decidir dessa maneira?
2- Servir a Deus ou ao dinheiro.
Quando
servimos ao dinheiro, só podemos ser injustos, desonestos. A habilidade com que
o administrador da parábola serve ao dinheiro, não poderá ser utilizada para
servir a Deus? O Senhor da parábola elogia seu administrador desonesto, não por
sua desonestidade, mas por sua habilidade: “E o Senhor elogiou o administrador
desonesto, porque este agiu com esperteza. De fato, os que pertencem a este
mundo são mais espertos com a sua gente, do que aqueles que pertencem à luz”
(Lc 16,8). De sorte que o evangelho nos convida a nos servir de dinheiro para
servir a Deus: “E eu lhes declaro: ‘Usem o dinheiro injusto para fazer amigos,
e assim, quando o dinheiro faltar, os amigos receberão vocês nas moradas
eternas” (Lc 16,9). A segunda sentença da parábola assevera: “Nenhum empregado
pode servir a dois senhores, porque, ou odiará um e amará o outro, ou se
apegará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro”
(Lc 16,13).
Como,
na Igreja, podemos nos servir de dinheiro para servir a Deus? Partilhando,
amando e construindo um mundo de justiça, de igualdade, de paz, devolvendo a
dignidade àqueles e àquelas que a perderam e estando a serviço do Reino de
Deus. Jean Debruynne prossegue em sua reflexão: “Hoje, a publicidade invade os
jornais, as rádios e as telas de televisão para conjugar dois verbos: primeiro
o verbo ter: ter dinheiro, ter relações, ter poder... e, depois, o verbo
aparecer: aparecer na televisão, aparecer o melhor, o mais forte, o mais
bonito... A fé tem apenas um verbo para conjugar: o verbo ser. Jesus nos diz,
em primeiro lugar, que a fé não é como o dinheiro. Ela não é alguma coisa que
se tem ou não se tem, que se ganha ou se perde. Crer é ser, é existir, é viver.
Jesus nos disse, na sequência, que o que nós temos, o que possuímos, mesmo
quando é pouco, deve servir para ser”.
2.
Devemos denunciar os ricos que esmagam os pequenos, exploram os pobres e os
dirigentes que se acham os donos dos bens que lhes são confiados.
O
profeta Amós, na primeira leitura de hoje, não tem papas na língua. No século
VIII a.C., sob o reinado do rei Jeroboão II, o comércio está em franca expansão
e o luxo se estende, agora, na capital, Samaria. O profeta Amós denuncia as
injustiças cometidas pelos grandes proprietários de terras contra os
trabalhadores. Aqueles os exploram e os esmagam até torná-los escravos: “Nós
podemos comprar os fracos por dinheiro, o necessitado por um par de sandálias,
e vender o refugo do trigo” (Am 8,6). E pior ainda: esses novos ricos estão com
pressa que o sábado termine para acelerar e continuar suas maldades: “Quando
vai passar a festa da lua nova, para podermos pôr à venda o nosso trigo? Quando
vai passar o sábado, para abrirmos o armazém, para diminuir as medidas,
aumentar o peso e viciar a balança?” (Am 8,5).
Para
terminar, gostaria de propor esta bela reflexão do século IV que nos vem de São
Basílio de Cesareia: “O que faço de errado, diz o avarento, guardando o que é
meu? Dize-me, de que modo é teu? Donde tiraste, tomando-o para teu sustento? És
como alguém que, indo ao teatro, se apoderasse do espetáculo e quisesse excluir
os que entrassem depois, pretendendo ser só teu aquilo que é comum a todos os
que se apresentam, conforme lhes parece bem. Assim são os ricos: apoderando-se
primeiro do que é de todos, tudo tomam para si por uma falsa ideia. Se cada um
tirasse para si o que lhe é necessário e entregasse aos indigentes o que sobra,
ninguém seria rico, ninguém seria pobre. Não saíste nu do útero e não
retornarás nu para a terra? Os bens que possuis, de onde vêm? Se dizes que
provêm do acaso, és ímpio, não reconhecendo o Criador e não dando graças ao
doador. Se, ao invés, admites que são de Deus, dize-me por que os recebeste. É
talvez injusto Deus, que nos distribui os meios de subsistência de modo
desigual? Por que tu és rico e aquele é pobre? Certamente para que tu pudesses
receber a recompensa da bondade da fiel administração e aquele pudesse
conseguir o magnífico prêmio da paciência”.
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Raymond Gravel
25º Domingo do Tempo Comum: 22 de setembro: (Lc 16, 1-13).
Marcel Domergue.
Viver o presente com sentido
De
jeito nenhum o evangelho aprova o roubo ou a fraude. Ele chama a atenção para a
astuta e rápida ação do administrador diante das necessidades do futuro.
Preocupado, o administrador percebe a situação de risco na qual ficará. Isso o
leva a agir decididamente no presente.
Podemos
nos lembrar da primeira bem-aventurança do programa de vida de Jesus:
"Felizes de vocês os pobres, porque o Reino de Deus lhes pertence"
(Lc 6, 20).
Jesus dizia aos discípulos:
“Um
homem rico tinha um administrador que foi denunciado por estar esbanjando os
bens dele. Então o chamou, e lhe disse: ‘O que é isso que ouço contar de você?
Preste contas da sua administração, porque você não pode mais ser o meu
administrador’. Então o administrador
começou a refletir: ‘O senhor vai tirar de mim a administração. E o que vou
fazer? Para cavar, não tenho forças; de mendigar, tenho vergonha. Ah! Já sei o
que vou fazer para que, quando me afastarem da administração tenha quem me
receba na própria casa’. E começou a chamar um por um os que estavam devendo ao
seu senhor. Perguntou ao primeiro: ‘Quanto é que você deve ao patrão?’ Ele
respondeu: ‘Cem barris de óleo!’ O administrador disse: ‘Pegue a sua conta,
sente-se depressa, e escreva cinquenta’. Depois perguntou a outro: ‘E você,
quanto está devendo?’ Ele respondeu: "Cem sacas de trigo’. O administrador
disse: ‘Pegue a sua conta, e escreva oitenta’.
E
o Senhor elogiou o administrador desonesto, porque este agiu com esperteza. De
fato, os que pertencem a este mundo são mais espertos, com a sua gente, do que
aqueles que pertencem à luz.
“E eu lhes declaro: Usem o dinheiro injusto
para fazer amigos, e assim, quando o dinheiro faltar, os amigos receberão vocês
nas moradas eternas. Quem é fiel nas
pequenas coisas, também é fiel nas grandes; e quem é injusto nas pequenas,
também é injusto nas grandes. Por isso, se vocês não são fiéis no uso do
dinheiro injusto, quem lhes confiará o verdadeiro bem? E se não são fiéis no que é dos outros, quem
lhes dará aquilo que é de vocês? Nenhum empregado pode servir a dois senhores,
porque, ou odiará um e amará o outro, ou se apegará a um e desprezará o outro.
Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro”.
(Correspondente
ao Domingo 25º do Tempo Comum, ciclo C do Ano Litúrgico).
Locutora: Evlyn ZilchViver o presente com sentido
O
evangelho de hoje nos apresenta uma enigmática parábola, difícil de compreender
e por isso também difícil de comunicar.
A
parábola tem como finalidade narrar uma historia que leva a uma lição. Então o
que importa é a lição ou mensagem edificante que ela quer comunicar e não tudo
o que nela se narra.
A
pergunta que precisamos nos fazer, ao "escutar" esta parábola, é:
Qual é a Boa Nova que Jesus nos quer dizer com dela?
Desta
maneira, Jesus quer chamar a atenção de seus discípulos/as sobre como vivem seu
tempo presente. Todos/as temos um tempo para viver nesta vida, na qual
construímos nossa eternidade, a pergunta decisiva é: Que eternidade estamos
construindo?
Para
viver este tempo presente, o evangelho nos dá uma segunda orientação:
"Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro".
Lucas
apresenta com clareza que o caminho do Reino é a partilha, a solidariedade. A
felicidade está em doar nossa vida, colocar à disposição dos outros nossos bens
humanos e materiais, para contribuir, assim, na construção de uma sociedade, de
um mundo sustentável.
Como
dizia Madre Teresa de Calcutá , "Ninguém é tão pobre que não tenha algo
para dar, nem tão rico que não precise receber".
O
evangelho nos alerta a não sermos servos do dinheiro. Mas não podemos esquecer
que vivemos num sistema capitalista, neoliberal que tem como motor o
consumismo, um consumo para "mim", e tudo pode ser comprado até as
próprias relações!
Este
sistema que gera cada vez mais excluídos, mais pessoas
"descartáveis", porque não tem as condições mínimas nem econômicas,
nem educacionais para "entrar" nesse mundo, exclui Deus também!
Podemos
nos perguntar então onde Deus está. Que sinais de sua Presença achamos ao nosso
redor? É possível administrar nossos bens, nossa economia para que se humanize?
Poderíamos
citar aqui algumas propostas de projetos econômicos alternativos como, por
exemplo, o de Economia Solidária , produção coletiva de geração de trabalho e
renda.
Falar
de Economia Solidária significa falar em tudo o que ela representa de
oportunidades, de uma cultura de solidariedade, de retomada de laços afetivos
no trabalho, de autogestão, enfim, um novo jeito de se fazer economia e uma
nova cultura do trabalho.
O
tempo que vivemos desafia aos cristãos/ãs a ser criativos/as na ousadia de
colocar na prática o evangelho em todas as áreas e dimensões da vida.
Sabendo
como disse Jesus que "quem é fiel nas pequenas coisas, também é fiel nas
grandes; e quem é injusto nas pequenas, também é injusto nas grandes. E se não
são fiéis no que é dos outros, quem lhes dará aquilo que é de vocês?".
Oração
Ensinamento
Minha
mãe achava estudo
A
coisa mais fina do mundo.
Não
é.
A
coisa mais fina do mundo é o sentimento.
Aquele
dia de noite, o pai fazendo serão,
Ela
falou comigo:
"Coitado,
até essa hora no serviço pesado".
Arrumou
pão e café, deixou tacho no fogo com água quente.
Não
me falou em amor.
Essa
palavra de luxo.
Adélia Prado.
Fonte: http://www.cebi.org.br
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A PALAVRA DO FREI PETRÔNIO, Nº 418. O que é o CEBI?
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quinta-feira, 19 de setembro de 2013
Frei Carlos Mesters: Seminário Bíblico (2º vídeo).
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Frei Carlos Mesters: Seminário Bíblico.
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Papa diz que igreja não pode 'interferir espiritualmente' na vida de gays.
O
papa Francisco afirmou que a igreja tem o direito de expressar suas opiniões,
mas não deve "interferir espiritualmente" na vida de gays e lésbicas.
A entrevista do pontífice foi publicada na quarta-feira (18), no jornal jesuíta
"La Civiltà Cattolica". Ele também aproveitou para criticar a
'obsessão' da igreja por aborto e contracepção.
Em
julho, Francisco já havia abordado a questão da homossexualidade, dizendo que
os gays 'não devem ser julgados'.
"Uma
pessoa me perguntou uma vez, em tom provocativo, se eu aprovava o
homossexualismo", disse. "Eu respondi com uma pergunta: Quando Deus
olha para uma pessoa gay, ele reconhece a existência desta pessoa com amor, ou
a rejeita e condena? Sempre precisamos considerar esta pessoa".
O
papa também afirmou que nunca foi "de direita" -após ser escolhido
pontífice, argentinos acusaram Francisco de ter colaborado com a ditadura
argentina (1976-1983). Recentemente, um grupo de perseguidos políticos disse
ter recebido a ajuda do então cardeal Bergoglio.
Aborto
Francisco
afirmou que foi criticado por não falar sobre aborto e contracepção. "Fui
repreendido por isso. Mas, quando falamos sobre essas questões, temos que
fazê-lo em um contexto. O ensinamento da igreja quanto a isso é claro, e eu sou
um filho da igreja, mas não é necessário falar sobre esses assuntos o tempo
inteiro".
"Sou um pecador"
Indagado
pelo repórter sobre quem é Jorge Mario Bergoglio (seu nome de batismo), o papa
respondeu que é "um pecador". "Essa é a melhor definição. Não é
uma figura de linguagem, eu sou um pecador".
Francisco
disse ainda que a igreja por vezes "se fechou em torno de coisas
pequenas". "Coisas de mentes pequenas. O povo de Deus quer pastores,
não clérigos agindo como burocratas ou políticos".
Além
disso, o papa também destacou o papel das mulheres na igreja, e disse que a
igreja precisa encontrar um "novo balanço" entre suas missões
políticas e espirituais.
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igreja não pode interferir espiritualmente,
Jorge Mario Bergoglio,
OlharJornalistico,
papa Francisco afirmou
Papa condena "escândalo dos bispos de aeroporto"
O
Papa Francisco pediu nesta quinta-feira (19) aos prelados de todo o mundo que
"evitem o escândalo de serem bispos de aeroporto", em uma clara
condenação aos religiosos que viajam todo o tempo e abandonam seu rebanho.
"Permanecer
na diocese é um requisito indispensável não apenas para a boa organização, mas
também para as raízes teológicas. Vocês estão casados com a comunidade, estão
profundamente entrelaçados a ela", declarou o Papa ao receber em audiência
no Vaticano os novos bispos nomeados recentemente, que participam do congresso
anual organizado pela Congregação dos Bispos e pela Congregação das Igrejas
Orientais.
"Por
favor, peço que permaneçam com o povo. Evitem o escândalo de serem 'bispos de
aeroporto'", ressaltou.
"Vocês
têm que ficar na diocese, e ficar na diocese, sem buscar mudanças ou promoções.
Só se pode conhecer, realmente, como pastores, o próprio rebanho andando na
frente, em meio e atrás, cuidando do ensino, da administração dos sacramentos e
do testemunho de vida", disse.
"Que
estas palavras sejam esculpida em seus corações! Somos chamados a ser pastores
não de nós mesmos, mas do Senhor, e não para servir a nós mesmos, mas para o
rebanho que nos foi confiado", ressaltou.
Francisco
também falou do "estilo de serviço" que os bispos devem ter com o seu
rebanho, marcado pela "humildade e austeridade".
"Nós,
pastores, não somos homens com 'psicologia de príncipes', vocês devem evitar
cair no afã de carreira".
"Não
apenas com palavras, mas acima de tudo com o testemunho concreto da nossa vida
que somos professores e educadores de nosso povo", explicou.
"Devemos
acolher com magnanimidade. Que seus corações sejam tão grandes que possam
acomodar todos os homens e mulheres que cruzarem o seus caminhos", disse
ele em seu discurso.
Desde
que foi eleito pontífice em março, Francisco critica a hierarquia da Igreja
Católica pela vida mundana que muitos levam.
"Sejam
pastores com cheiro de ovelhas, presentes em meio a seu povo como Jesus, o Bom
Pastor", voltou a dizer.
"Não
se fechem! Estejam entre os seus fiéis, incluindo nas periferias de suas
dioceses e em todas as periferias existenciais, onde há sofrimento, solidão,
degradação humana. A presença pastoral significa andar com o povo de Deus: à
frente, apontando o caminho, no meio, para fortalecer a unidade, e atrás, de
modo que ninguém é deixado para trás, mas, acima de tudo, para manter o cheiro
que tem o povo de Deus para encontrar novos caminhos", concluiu.
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Papa Francisco
Francisco convida os sacerdotes para acolherem os casais em segunda união
“A
santidade é maior que os escândalos”. Esta, segundo a revista da diocese
RomaSette, foi a mensagem do Papa aos seus párocos nesta segunda-feira na
Basílica de São João de Latrão. O encontro, que havia sido solicitado depois da
eleição, começou às 10h e terminou às 12h30. Antes que o Papa respondesse às
perguntas dos párocos, o vigário Agostino Vallini fez uma saudação. Fonte:
http://bit.ly/18okSBs . A
reportagem está publicada no sítio Vatican Insider, 16-09-2013. A tradução é de
André Langer.
Segundo
indica a RomaSette, o Papa Francisco falou com seus párocos e respondeu às suas
perguntas levando em conta os “gravíssimos problemas da Igreja” com lucidez,
“mas sem pessimismo”. “A Igreja não desmorona – disse. A Igreja nunca esteve
tão bem como hoje, é um momento bonito da Igreja, basta ler sua história. Há
santos reconhecidos inclusive pelos não católicos (pensemos na Beata Teresa),
mas há uma santidade cotidiana de muitos homens e mulheres, e isto dá
esperança. A santidade é maior que os escândalos”.
Um
encontro, refere a revista da diocese, marcado pela narração de algumas
experiências da vida do atual Papa em Buenos Aires e pelo pedido de orações,
pois em breve será o aniversário da sua ordenação episcopal (21 de setembro). O
Papa Francisco convidou os sacerdotes que encheram a basílica a retornar ao
“primeiro amor”, ao primeiro olhar de Jesus.
“Quando
um sacerdote está em contato com o seu povo, se cansa”, disse Francisco, mas,
explicou, diante deste cansaço a única resposta é Jesus: ir com os pobres,
anunciar o Evangelho e seguir em frente. Claro, ajuda muito “a oração diante do
Tabernáculo, a proximidade com os outros sacerdotes e a proximidade com o
bispo”. A lembrança de momentos como o início da vocação, a entrada no
seminário, a ordenação sacerdotal são fundamentais: “a memória é o sangue na
vida da Igreja”.
O
Papa Francisco criticou severamente os que em uma paróquia se preocupam mais
com o dinheiro para um certificado do que pelo sacramento em si. Com esta
atitude só “afastam as pessoas”. Requer-se, ao contrário, a “acolhida cordial:
que aqueles que vierem à Igreja se sintam em sua casa. Se sintam bem. Que não
sintam que estão sendo exploradas”. “Certa vez um sacerdote, não da minha
diocese, mas de outra – contou Bergoglio – me dizia: ‘Mas eu não faço pagar
nada, nem sequer as intenções das Missas. Tenho aí uma caixa e se eles dixam
aquilo que querem. Mas, padre, temos quase o dobro do que tinha antes! Porque
as pessoas são generosas, e Deus abençoa estas coisas’”. Se, ao contrário, “as
pessoas veem que há um interesse econômico”, então “se afastam”.
Ao
responder a uma das perguntas dos sacerdotes, Bergoglio respondeu que
continuava se sentindo “padre. De verdade. Eu me sinto padre, sacerdote, é
verdade, bispo... Me sinto assim. E agradeço ao Senhor por isto”. “Teria medo
de sentir-me um pouco mais importante, não? Isto sim, tenho medo disto, pois o
diabo é esperto, eh!, é esperto e te faz sentir que agora tu tens poder, que tu
podes fazer isto, que tu podes fazer aquilo...mas sempre girando, girando em
volta, como um leão – assim diz São Pedro, não! Mas graças a Deus, isto não
perdi, ainda, não? E se vocês virem que eu perdi isto, por favor, me digam e se
não puderem me dizer privadamente, digam publicamente, mas digam: ‘Olha,
converte-te!’, porque está claro, não?”.
Em
relação às indicações do Papa aos seus párocos, RomaSette indicou a “acolhida”
dos casais em segunda união e a corajosa e criativa decisão de se dirigirem às
“periferias existenciais”. Uma acolhida, destaca a revista, que se deve exercer
na verdade. “Dizer sempre a verdade”, sabendo que “a verdade não acaba na
definição dogmática”, mas que se insere no “amor e na plenitude de Deus”. Por
isso, o sacerdote deve “acompanhar”.
Francisco
também convidou os sacerdotes do clero romano para empreenderem “caminhos
corajosamente criativos”. E citou alguns exemplos que viveu pessoalmente em
Buenos Aires, como a abertura de algumas igrejas durante o dia todo e com a
disponibilidade de um confessor ou a criação de “cursos personalizados” para os
casais que querem se casar, mas que não podem frequentar os cursos de noivos
porque trabalham até tarde. A prioridade, no entanto, segue sendo “as
periferias existenciais”, que também são “as das famílias”, sobre as quais
falou em muitas ocasiões Bento XVI, sobretudo em relação às segundas uniões.
Nossa tarefa, disso o Papa, é “encontrar outro caminho, na justiça”.
Fonte:
http://www.ihu.unisinos.br
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A PALAVRA, Nº 417. Francisco, Mensalão e Gustavo Gutiérrez.
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quarta-feira, 18 de setembro de 2013
A PALAVRA DO FREI PETRÔNIO, Nº 416. Mensagens de Aniversário.
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terça-feira, 17 de setembro de 2013
Cipriani chama o cardeal Gerhard Müller de “ingênuo” por promover o encontro entre Francisco e Gustavo Gutiérrez
O
cardeal de Lima, Juan Luis Cipriani, qualificou, no último sábado, o prefeito
da Congregação para a Doutrina da Fé, o arcebispo Gerhard Müller, de “ingênuo”
por propiciar uma aproximação entre o Vaticano e a Teologia da Libertação. A
reportagem está publicada no sítio espanhol Religión Digital, 15-09-2013. A
tradução é de André Langer.
Müller
é “um bom alemão, um bom teólogo, mas um pouco ingênuo”, disse o arcebispo de
Lima, primeiro cardeal da Opus Dei na América Latina e crítico da Teologia da
Libertação.
O
arcebispo alemão propiciou a reunião da quarta-feira entre o Papa Francisco e o
sacerdote dominicano peruano Gustavo Gutiérrez, considerado o pai da Teologia
da Libertação.
“Minha
leitura (dessa reunião) é que (Müller) quis aproximar-se do seu amigo
(Gutiérrez), por quem tem um carinho todo especial, a quem quer de alguma
maneira ajudar a corrigir e inserir-se na Igreja Católica”, assinalou Cipriani
durante o seu programa semanal “Diálogos de Fé”, na rádio RPP.
A
reunião, revelada na quinta-feira pelo Vaticano, “está sendo utilizada” para
descrever uma aproximação com uma corrente teológica que “foi prejudicial à
Igreja”, afirmou Cipriani, cabeça visível da ala mais dura da Igreja Católica
na região.
Segundo
Cipriani, enquanto Joseph Ratzinger era prefeito da Congregação para a Doutrina
da Fé, isto é, o guardião da ortodoxia do Vaticano, exigiu, entre 1984 e 1986,
que Gutiérrez “corrigisse dois de seus livros: Teologia da Libertação e A Força
dos Pobres, que foram prejudiciais à Igreja”. “Se, afinal, se corrigiu, não
sei”, disse o cardeal peruano.
No
entanto, segundo Müller, embora Ratzinger tenha criticado a Teologia da
Libertação em seus documentos doutrinais, também reconheceu intuições justas,
principalmente a preferência pelos pobres.
O
professor estadunidense Jeffrey Klaiber, historiador das religiões na
Universidade Católica do Peru, disse à AFP, na sexta-feira, que a reunião “é um
novo e grande passo para tirar das sombras a Teologia da Libertação”.
Klaiber
destacou que “esta teologia foi revista e aprovada por Bento XVI, mas depois
foi marginalizada (...) pela cúpula vaticana”, onde a Opus Dei exerceu um papel
relevante.
A
reunião do papa com Gutiérrez marca o ponto mais alto até hoje do que se
considera ser a reabilitação da Teologia da Libertação, corrente nascida na
América Latina nos anos 1970 e combatida pelo Vaticano.
O
confronto entre o Vaticano e a Teologia da Libertação remonta ao Pontificado de
João Paulo II, que, em 1979, declarou que “uma concepção de Cristo como
político, revolucionário, como o subversivo de Nazaré não corresponde à
catequese da Igreja”.
O
Papa Francisco, defensor de uma Igreja dos pobres, sempre foi crítico em
relação a estes teólogos pelas mesmas razões que seu antecessor.
Gutiérrez
disse esta semana que as ações do “Papa Francisco me lembram muito o Papa João
XXIII”, que convocou o Concílio Vaticano II que impulsionou mudanças e a
modernização da Igreja na década de 1960.
Gutiérrez
nunca foi censurado nem sancionado pelo Vaticano, ao contrário do que aconteceu
com teólogos brasileiros, como Leonardo Boff.
Fonte:
http://www.ihu.unisinos.br
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segunda-feira, 16 de setembro de 2013
A PALAVRA DO FREI PETRÔNIO, Nº 413. Não importa...
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domingo, 15 de setembro de 2013
24º DOMINGO DO TEMPO COMUM. ANO-C: Rosa de Nossa Senhora.
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24º DOMINGO DO TEMPO COMUM. ANO-C: Homenagem ao Frei Petrônio
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24º DOMINGO DO TEMPO COMUM. ANO-C: Bênção Final
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A PALAVRA DO FREI PETRÔNIO, Nº 412. 24º Domingo do Tempo Comum.
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