Total de visualizações de página
273693
Seguidores
sábado, 17 de junho de 2017
ARQUIDIOCESE DE SALVADOR: Corpus Christi-04
Postado por
Artigos do Frei Petrônio de Miranda
às
09:07
0
comentários


Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
ARQUIDIOCESE DE SALVADOR: Corpus Christi-04
Postado por
Artigos do Frei Petrônio de Miranda
às
09:06
0
comentários


Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
ORATÓRIO DE SANTO ANTÔNIO: Carmo de Salvador-03
Postado por
Artigos do Frei Petrônio de Miranda
às
08:56
0
comentários


Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
ARQUIDIOCESE DE SALVADOR: Corpus Christi-02
Postado por
Artigos do Frei Petrônio de Miranda
às
07:44
0
comentários


Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
ARQUIDIOCESE DE SALVADOR: Corpus Christi-01
Postado por
Artigos do Frei Petrônio de Miranda
às
07:44
0
comentários


Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
ORATÓRIO DE SANTO ANTÔNIO: Produção-02
Postado por
Artigos do Frei Petrônio de Miranda
às
07:44
0
comentários


Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
SUCO DE NONI. Freis; Petrônio e Donizetti, Carmelitas.
Postado por
Artigos do Frei Petrônio de Miranda
às
07:43
0
comentários


Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
IGREJA DE SÃO FRANCISCO: Procissão-O3.
Postado por
Artigos do Frei Petrônio de Miranda
às
07:41
0
comentários


Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
quinta-feira, 15 de junho de 2017
MORADORES DE RUA DE SALVADOR: Entre vícios e dramas familiares, G1 mostra história de pessoas em situação de rua: 'Todos têm valor'
Cerca
de 17 mil pessoas vivem nas ruas de Salvador, de acordo com pesquisa divulgada
este ano pelo projeto Axé.
Por
Danutta Rodrigues, G1 BA
Fábio, Scarlet, Luís Ricardo e Andréa.
Quatro histórias que se cruzam no Largo dos Mares, na Cidade Baixa, em
Salvador. Como um universo paralelo, o espaço abriga e acolhe diariamente
dezenas de pessoas em situação de rua. O olhar desviado e o passo apressado de
quem circula na região escancara a invisibilização desses sujeitos que sofrem
com a violação de direitos, a discriminação social e racial.
Os quatro fazem parte de cerca de 17
mil pessoas que vivem em situação de rua em Salvador, de acordo com a
pesquisa "Cartografias dos Desejos e Direitos: Mapeamento e Contagem da
População em Situação de Rua na Cidade de Salvador, Bahia, Brasil".
O estudo foi realizado pelo projeto Axé,
em parceria com a Universidade Federal da Bahia (UFBA), Movimento Nacional
População de Rua e União dos Baleiros, com financiamento da Unesco, por meio do
prêmio Criança Esperança 30 anos. Em um seminário realizado no mês de abril
deste ano, a pesquisa foi apresentada.
'Cheguei
a me prostituir'
"Eu sou Scarlet. Não sou daqui da
Bahia, sou de Sergipe, e vivo hoje, atualmente, em situação de rua na cidade de
Salvador. Tenho 25 anos de idade. Eu vivo aqui na cidade, passo por vários
conflitos, preconceitos por causa da minha opção sexual. Mas também, assim,
tenho um pouco de felicidade, né, porque eu conheço pessoas novas e tudo
mais". A jovem, que é formada em Terapia Ocupacional, assumiu a orientação
sexual aos 14 anos, quando começou a ter conflitos familiares. Com 17, passou a
ser usuária de substâncias psicoativas como crack, cocaína e heroína.
"Eu cheguei até a me prostituir, a
fazer programa para sustentar meu vício porque quando eu começava a usar
drogas, eu tinha uma compulsão muito grande e eu queria usar, usar, usar e não
parava", revela.
Ela conta que morava com os pais em
Sergipe. Depois da separação deles e o uso abusivo de drogas, os conflitos
dentro de casa aumentaram e motivaram a ida para as ruas. "Hoje é uma das
coisas mais difíceis que eu estou tentando lidar é com a minha própria família,
por causa dos conflitos que foram gerados devido ao resultado do meu uso de
drogas. Eu perdi o controle e foi na época que eu fui viver em situação de rua
e eu acabei migrando para dentro de Salvador", conta.
Há 1 ano e 10 meses e 23 dias sem fazer
uso de substâncias psicoativas, Scarlet dorme em uma calçada na região da
Cidade Baixa, junto com outros colegas, e durante o dia atua como pesquisadora
do projeto 'Cartografias dos Desejos e Direitos', que faz o mapeamento das
pessoas em situação de rua. "É um trabalho em que eu vou ser remunerada
por isso. Eu passo o dia fazendo essa pesquisa, lá com a equipe. À noite estou
aqui, pelo menos atualmente, não sei daqui pra frente", conta.
Ainda sem contato com a família, Scarlet
tem o sonho de, um dia, trabalhar na área em que se formou. "Às vezes eu
fico até triste. Eu estudei tanto, passei quatro anos numa faculdade e hoje eu
não exerço a minha profissão por causa de barreiras que me impedem. Eu pretendo
exercer minha profissão, ter minha casa, minha família, melhorar o contato com
a minha família e ser feliz", planeja.
'Todos
têm valor'
Aos 32 anos, Luís Ricardo carrega um
sorriso expressivo e um olhar cansado de quem vive na rua desde os 12 anos de
idade. A saída de casa ocorreu após problemas com o padrasto. Além de deixar a
família, os estudos também ficaram para trás. "Oportunidade de estudo eu
tive muita. Tive a oportunidade de estudo para ser hoje em dia outra pessoa,
mas a mentalidade que eu tinha naquele tempo não era disso, era só de ficar na
rua. Cheguei até a 3ª série", lamenta.
Para Luís, a maior dificuldade das pessoas
em situação de rua é a discriminação. "Quando não é um que agride, é a
polícia que chega, bate. Chega outras pessoas também e humilha [sic] a gente,
porque acha que a gente é morador de rua e não tem valor. Mas todo morador de
rua, eu creio, que todos eles têm um valor. Nem todos que moram na rua é
ladrão, nem todos que moram na rua é vagabundo. Tem os que moram na rua porque
não têm casa, não têm família. Outros porque se revoltou [sic] com a família,
quer ir embora. Todo dia é uma luta, todo dia a gente mata um leão para
sobreviver”, define.
Ele conta que ainda faz uso de álcool e
cocaína, além de já ter sido usuário de crack, cola, maconha, entre outras
substâncias psicoativas. Luís atua como 'garoto propaganda' e passa o dia
andando pela cidade entregando panfletos, colando propagandas em postes. Ao ser
perguntado sobre a vontade de voltar a estudar, a resposta foi imediata:
"Oxe! Muita!".
Apesar de manter contato constante com a
família, ele diz que não tem contato com o filho de 4 anos há mais de um ano.
"A mãe do garoto não quer que eu veja. Mas às vezes passo por onde ele
mora e só em ver ele já é uma alegria", disse. Com todos os revezes de
viver em situação de rua, Luís Ricardo não perde o sorriso no rosto. "Não
é porque a vida é difícil que a gente pode ficar triste, cabisbaixo. A gente
tem sempre que ficar pra cima, sempre tem que ser uma pessoa coração aberto,
alegre, sempre assim".
'Se
era ruim em casa, pior é na rua'
“Aqui
é assim, ó, você tem que andar sozinho, não se envolver com ninguém. Qualquer
passo em falso é motivo de faca, é motivo de morte, é motivo de tocar fogo. Eu
nunca fui presa, nunca levei uma tapa, nenhum traficante nunca me chamou
atenção”. O relato é de Andréa Barbosa, de 32 anos. Há 17, ela vive nas ruas de
Salvador. A saída de casa foi motivada pelo uso do crack, aos 15 anos. Desde
então, Andréa circulava no "Pela Porco", na Sete Portas, e há oito
meses vive na região do Largo dos Mares.
“Eu levanto 11h, tomo café, porque eu não
gosto de tomar banho. Depois eu vou orar. Aí almoço, rezo de novo, e umas 17h,
19h, fico por aqui [pelo Largo dos Mares]. Depois pego o sopão, um mingau, e
vou ficando por aqui”. O local onde dorme é em frente a um supermercado do
bairro. O banho, a cada dois dias, é em um chuveiro que tem em uma praia
próxima. Com ajuda de um projeto do governo do estado, ela tem reduzido o
consumo de substâncias psicoativas e se arrepende de um dia ter abandonado a
família.
"Sonho em voltar para casa, mas minha
família já não acredita mais em mim, tem a visão de que usuário de crack não é
confiável, e ainda mais quando é ‘maloqueiro'. Se era ruim em casa, pior é na
rua", conta. Andréa tem um filho de 18 anos e já nem lembra a última vez
que o encontrou. Soropositiva, ela toma o coquetel de remédios há 12 anos.
Sobre o futuro, o desejo de voltar de onde acredita que nunca deveria ter
saído. "Paz, prosperidade, saúde... e sair da rua”, diz.
'Fui
na porta do inferno e voltei'
Com andar debilitado por problemas físicos
decorrentes de uma queda, Fábio mantém o olhar desconfiado e atento. Nascido e
criado em Camaçari, região metropolitana de Salvador, foi para as ruas de
Salvador após a separação dos pais e do uso de substâncias psicoativas, aos 14
anos.
"Eu fui na porta do inferno e voltei,
né. Aí o cara pega mais a visão e fica mais de quebrada. Muitas coisas que o
cara fazia antes, o cara vê bicho, o cara tem medo, o bagulho é louco. Para o
que eu estava, a onda agora é só diminuir a droga, é só eu controlar, tirar o
crack que eu fico de boa, fico de quebrada. O crack quebra a imunidade legal. O
crack e a cachaça", revela.
À época da entrevista, Fábio dormia em uma
casa alugada no bairro da Massaranduba, que fica na Cidade Baixa. Mas, devido
ao custo alto, ele voltou a dormir em uma calçada próxima ao Largo dos Mares,
onde fica durante o dia e também à noite. O 'corre', que é trabalho do dia a
dia, se divide em guardar e lavar carros e motos na região. Ele também recebe
um benefício do governo federal por causa da deficiência que adquiriu após a
queda.
Fábio tem um filho, que não foi registrado
por ele e com quem perdeu contato. Ainda assim, ele conta com a atenção da mãe
e com a visita esporádica do irmão. A relação não incita o desejo de voltar
para casa. "Eu vou voltar pra a família para quê? Todo mundo com seus
'bagulhos', seus ‘corres’, seus empregos, suas paradas, e ainda tem aquela
situação já da ‘ovelha negra’ da família. Aí minha família que eu vejo assim,
às vezes dá um apoio quando eu tô precisando de alguma parada, porque mãe é
mãe", disse.
Para ele, a rua é uma escola.
"Estudar pra quê? A pista aí ensinando...A sociedade hoje sempre tem
aquela onda, aquele preconceito, aquela viagem. Não é pessoa, não é ser humano,
e ninguém pode confiar. A sociedade vê assim, eu vejo que a sociedade vê assim.
Eu não tenho um futuro muito próspero não. Como eu disse a você, é o fim de
carreira. Quase fim de carreira. Só Jesus para mudar o quadro, mas a teimosia
do homem é a derrota dele”, conclui.
Acompanhamento
Scarlet, Fábio, André e Luís Ricardo são
acompanhados pela equipe do Corra pro Abraço, ação da Secrataria de Justiça,
Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS). "A gente não faz um
trabalho de conscientização. Eu acredito que ninguém conscientiza ninguém. A
gente vem para cá para promover uma série de trabalhos e atividades, e através
dessas atividades, as pessoas fazem uma compreensão no que se refere a
cidadania, política, e muitas vezes a gente aprende muito com eles",
relata Daniele Rebouças, que é assistente social, advogada e supervisora de
campo do Corra pro Abraço.
De acordo com Daniele, o programa trabalha
na perspectiva da redução de danos. "A gente não acredita na lógica da
abstinência porque a gente sabe que isso não resolve. A gente tenta trabalhar
com relação ao uso, tentando compreender como é que ele se vê nesse uso, se ele
entende que esse uso está trazendo para ele consequências prejudiciais, então a
gente respeita muito isso", conta Daniele. Segundo ela, se há o desejo de
diminuir o uso de substâncias psicoativas, ou de tentar usar de uma outra
forma, há uma orientação no sentido da redução de danos.
"A gente também sabe que não existe
um modelo pronto para todo mundo, cada um é um indivíduo, cada um é diferente,
a gente respeita o desejo e através disso a gente dialoga com ele, para saber
qual é o melhor para ela, qual é o melhor caminho a ser seguido, para cada
sujeito", destaca a assistente social. Para ela, a potência do trabalho do
Corra pro Abraço está no vínculo. "A gente consegue através de uma escuta
qualificada, sensível, respeitando esse sujeito, respeitando seus desejos, é
que a gente consegue produzir o vínculo e através do vínculo a gente consegue
fazer o nosso trabalho, que seria, no caso, encaminhar para os serviços,
articular a efetivação de alguma demanda, e é através do vínculo mesmo. Eu acho
que a potência do nosso trabalho está aí. Eu acho que o diferencial da gente é
esse", conclui. Fonte: http://g1.globo.com
Postado por
Artigos do Frei Petrônio de Miranda
às
07:27
0
comentários


Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Marcadores:
Bahia,
Largo dos Mares,
MORADORES DE RUA DE SALVADOR,
Pobreza na Bahia,
Povo de Rua,
Povo de Rua de Salvador,
projeto Axé,
Universidade Federal da Bahia
Assinar:
Postagens (Atom)