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sábado, 10 de agosto de 2013

COISAS DE FRANCISCO: O Papa obriga arcebispo de Camarões a renunciar


 
 
“Os homossexuais são um perigo para a unidade da família e

Uma afronta à família; são o inimigo das mulheres e da criação”,

Afirmava.Simón-Victor Tonyé Bakot

Após ter decapitado a Igreja da Eslovênia por razões semelhantes, o Papa também tirou o líder religioso católico de Camarões, o arcebispo da capital, Yaoundé, Simón-Victor Tonyé Bakot (na foto), de 66 anos. A Rádio Vaticano informou, há alguns dias, que, de acordo com a imprensa desse país, o arcebispo estava envolvido em “numerosas operações imobiliárias” que parte do clero e dos fiéis considerava ser em proveito pessoal de Mons. Tonyé. A reportagem está publicada no sítio espanhol Religión Digital, 08-08-2013. A tradução é de André Langer.

A decisão do Papa argentino tem a data de 29 de julho, dia em que Jorge Bergoglio “aceitou a renúncia” que obrigou o chefe da Igreja de Camarões a apresentar, como estabelece o Código de Direito Canônico quando existem “razões graves”. A Santa Sé não explicou oficialmente as razões da renúncia forçada do alto prelado africano.

Na semana passada, Francisco havia feito “renunciar” os principais arcebispos da Eslovênia, de Liubliana e Maribor, após um longo escândalo pelas manobras na diocese de Maribor, que terminou em bancarrota devido a um “crack” financeiro estimado em quase um bilhão de dólares.

No caso camaronês, o importante semanário Jeune Afrique, editado em Paris, assinalou que a arquidiocese da capital, Yaoundé, possui “o maior patrimônio imobiliário do país depois do Estado, mas também tem grandes problemas de endividamento.

A Igreja de Camarões possui também terras e imóveis fora da capital. 53% de seus 20 milhões de habitantes são cristãos e 38% são católicos. No país da África Equatorial, que obteve certo progresso econômico e social, existem mais de 200 etnias. Os conflitos étnicos também colocaram em apuros o arcebispo Tonyé Bakot, que, segundo muitos fiéis e uma parte do clero, havia exasperado os enfrentamentos com suas posições taxativas nas questões étnicas.

Embora as razões da renúncia não se tornassem públicas, o fato certo é que Simon-Victor Tonyé Bakot havia se convertido em um personagem incômodo para a Igreja católica, e não somente por suas agressivas declarações homofóbicas. As dúvidas sobre sua administração econômica, que havia produzido uma gigantesca dívida (a Igreja católica em Camarões é possuidora, segundo o Jeune Afrique, do segundo maior patrimônio imobiliário do país, depois do próprio Estado), parecem ter jogado um papel determinante na renúncia do arcebispo, que conta com apenas 66 anos.

Além de sua obscura administração dos bens econômicos, o arcebispo camaronês era abertamente homofóbico. “O sexo gay é a causa do desemprego dos jovens, já que os jovens que se negam a ter relações homossexuais com funcionários do governo não conseguem trabalho”, assinalava o então arcebispo Victor Bakot.
“Os homossexuais são um perigo para a unidade da família e uma afronta à família; são o inimigo das mulheres e da criação”, afirmava.

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