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sábado, 1 de dezembro de 2012

Frei Vinícius vai para o Mosteiro dos Beneditinos.

Na manhã deste sábado, 01 de dezembro de 2012, o Frade Carmelita da Província Carmelitana de Santo Elias, Frei Ezequiel Vinícius (Foto), natural de Unaí-MG, deixou o Convento do Carmo e foi para o Mosteiro dos Beneditinos no Vale do Anhangabaú, centro de São Paulo, onde vai fazer uma experiencia vocacional-religiosa na Ordem de São Bento. A seguir, leia uma entrevista sobre a música liturgia na Igreja com o Frade Carmelita.
Entrevista com Frei Ezequiel Vinícius de Oliveira Pereira O. Carm.
Visitou a Igreja da Ordem e participou da Missa Tridentina na manhã do dia 18 de julho o Frei Ezequiel Vinícius de Oliveira Pereira O.Carm, que é carmelita da antiga observância, e reside no Convento de Nossa Senhora do Carmo de São Paulo. Atualmente exerce a responsabilidade de Organista da Basílica Nossa Senhora do Carmo e esta concluindo este ano seu bacharelado em Órgão pela Unesp- Universidade Estadual Paulista.
Agradecemos o Frei Vinicius que nos deixou um pouquinho mais perto do céu com sua presença musical em nossa Igreja. Segue a entrevista que o religioso concedeu ao Jornal Adorador.
Adorador: Frei Vinicius conte-nos um pouco sobre sua vida pessoal e familiar.
Frei Vinicius: Sou natural de Unaí- MG. Minha família teve um grande papel em minha vida musical e religiosa, pois graças a Deus são muito religiosos e isso me motivou a amar a Igreja e a minha vocação. Através da religião tive contato direto com a música litúrgica, de maneira especial a música de órgão que desde pequeno me cativou e muito despertava interesse.
Adorador: Caro Frade, os jovens que estudam música é necessário ter um berço musical?
Frei Vinicius: Acredito que o mais importante seja a perseverança e a vontade de aprender, ter sempre o coração aberto para o novo. A família pode influenciar na vida ou no talento do músico com apoio e atenção. O mais importante é o dom e a opção particular de cada um e a maneira que se cultiva este dom.
Adorador: O Senhor acha possível utilizar a teoria e a técnica que se aprende na universidade de musica, nas celebrações dominicais?
Frei Vinicius: A teoria e a técnica são ferramentas de grande importância para o canto litúrgico uma vez que vivemos em um tempo de muito amadorismo em todos os parâmetros da sociedade. Na música litúrgica não é diferente, estamos nos acostumando e nos acomodando com os novos gêneros musicais na liturgia, e que na maioria das vezes ocorrem sem a menor reflexão ou seriedade no repertório e na execução das “músicas sacras” sendo muitas composições utilizadas hoje em missas não são propriamente para uso em liturgias.
Adorador: Tocar e ser responsável pelo Órgão da Basílica do Carmo de São Paulo, deve ser fabuloso! Conte-nos sua experiência.
Frei Vinicius: De fato, sou muito grato a Deus por esta oportunidade. Quando assumi esta função o primeiro passo foi fazer que o instrumento passasse por várias manutenções. O segundo passo era fazê-lo ser ouvido pela comunidade, este trabalho resultou em um coral, agora com quarenta membros da comunidade e que atua constantemente nas liturgias e solenidades da Basílica.
Adorador: Como foi executar algumas peças no Órgão dedicado a Sebastian Bach, Primeiro de Curitiba e que fica sob a responsabilidade da Igreja da Ordem?
Frei Vinicius: Foi uma alegria muito grande poder participar ativamente da liturgia desta Igreja tocando órgão. O órgão da Igreja da Ordem é um instrumento com características muito particulares e que exigem um repertório específico com articulações precisas e adequadas ao som e registros do instrumento. Fazer este trabalho para mim foi algo de grande valor e aprendizado, agradeço muito ao Mons. Luiz por toda acolhida, ao Coral Gregoriano na pessoa da maestrina Madalena e ao amigo Eduardo Omar a quem devo este convite.
Adorador: Por favor, deixe-nos uma palavra de incentivo e animo para nossos músicos
amadores e profissionais.
Frei Vinicius: Finalizo então com as palavras de nossa Santa Regra do Carmo: “E tudo que tiverdes de fazer, fazei-o na Palavra do Senhor”. RC.14. Que todos os músicos litúrgicos tenham sempre o interesse de aprender cada vez mais, cultivando a humildade, e que tenhamos sempre a consciência que estamos a serviço de Deus e o povo de Deus, que espera de nós apenas uma coisa: Música com seriedade e piedade que se faça ouvir a voz do Senhor.

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