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sexta-feira, 20 de janeiro de 2017
AMAR A VIDA: Frei Petrônio.
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*Sebastião: testemunha de Cristo
Orani João, Cardeal Tempesta
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do
Rio de Janeiro, RJ
No
próximo dia 20 de janeiro teremos a graça de celebrar o padroeiro de Nossa
Arquidiocese, São Sebastião. O Santo é padroeiro da Cidade e do Estado do Rio
de Janeiro. São Sebastião é um dos santos mais famosos entre o povo brasileiro.
Por causa de sua poderosa intercessão e incontáveis milagres obtidos, ele se
tornou padroeiro de muitas cidades, e outras tantas cidades e bairros por todo
o Brasil receberam o nome de São Sebastião. Nossa Arquidiocese se prepara para
esta grande festa, com a Trezena de São Sebastião, que neste ano o contempla
como “padroeiro das famílias cariocas”, além de nos ensinar a ser solidários
com os necessitados, com o incremento das arrecadações da caridade social em
todas as paróquias.
A
fortaleza para superar os diferentes tipos de dificuldades e situações foi um
traço que marcou a vida de São Sebastião, e ele nos anima a ter o mesmo
espírito de confiança total em Deus e audácia cristã para fazer da vida uma
caminhada segura rumo à felicidade.
São
Sebastião (256-288) nasceu na França e logo foi com os pais para Milão, na
Itália. Nas terras italianas cresceu na fé cristã, e ficou famoso como valente
soldado e depois capitão da guarda do imperador Romano. Os cristãos eram
perseguidos na época e muitos foram presos e martirizados, porém, só aos poucos
as pessoas souberam que São Sebastião era cristão e, enquanto isso, ele
conseguiu ajudar muitas pessoas presas por seguirem o Cristianismo, diminuindo
as penas, dando alimento e animando a perseverarem na fé em Cristo, mesmo que
isso implicasse o martírio.
Na
época em que o imperador empreendia a expulsão de todos os cristãos do seu
exército, Sebastião foi denunciado por um soldado. Diocleciano sentiu-se
traído, e ficou perplexo ao ouvir do próprio Sebastião seu testemunho de que
era cristão. Tentou, em vão, fazer com que ele renunciasse ao cristianismo, mas
Sebastião com firmeza se defendeu, apresentando os motivos que o animava a
seguir a fé cristã, e a socorrer os aflitos e perseguidos.
O Imperador,
enraivecido ante os sólidos argumentos daquele cristão autêntico e decidido,
deu ordem aos seus soldados para que o matassem a flechadas. Tal ordem foi
imediatamente cumprida: num descampado, os soldados despiram-no, amarraram-no a
um tronco de árvore e atiraram nele uma chuva de flechas. Depois o abandonaram
para que sangrasse até a morte.
Irene,
mulher do mártir Castulo, foi com algumas amigas ao lugar da execução, para
tirar o corpo de Sebastião e dar-lhe sepultura. Com assombro, comprovaram que o
mesmo ainda estava vivo. Desamarraram-no, e Irene o escondeu em sua casa,
cuidando de suas feridas. Passado um tempo, já restabelecido, São Sebastião
quis continuar seu processo de evangelização e, em vez de se esconder, com
valentia apresentou-se de novo ao imperador, censurando-o pelas injustiças
cometidas contra os cristãos, acusados de inimigos do Estado.
Diocleciano
ignorou os pedidos de Sebastião para que deixasse de perseguir os cristãos, e
ordenou que ele fosse espancado até a morte, com pauladas e golpes de bolas de
chumbo. E, para impedir que o corpo fosse venerado pelos cristãos, jogaram-no
no esgoto público de Roma. Uma piedosa mulher, Santa Luciana, resgatou o corpo
do santo e o sepultou nas catacumbas. Isso aconteceu no ano de 287. Mais tarde,
no ano de 680, suas relíquias foram solenemente transportadas para uma basílica
construída pelo Imperador Constantino, onde se encontram até hoje.
São
Sebastião é um exemplo de coragem ante os obstáculos da vida e fidelidade mesmo
diante das contrariedades e perseguições. É interessante notar o seu empenho em
fazer o bem ocultamente, aproveitando todas as circunstâncias para semear
alegria, consolo e ânimo para as pessoas próximas, mesmo sabendo que quando
fosse descoberto poderia ter complicações. São Sebastião também pode ser
reconhecido por sua prontidão em fazer a Vontade de Deus e enorme espírito de
serviço, pois após recobrar a saúde ele se volta para os outros e quer
continuar fazendo o bem, sem achar que já fez muito na vida e que agora precisa
repousar.
Ao
olhar para São Sebastião, que sofreu e morreu, lembramos que ele seguiu o
caminho de Cristo que sofreu, morreu e venceu a morte. No acontecimento
Salvífico da Sexta-feira Santa no Calvário, traduz-se profundamente o amor de
Deus pela humanidade. Ali se dá a realização do sonho de Deus por cada um dos
Seus filhos. Dando-Se por amor, Ele traz o céu à terra e nos resgata de nossas
misérias. É em torno de nossas misérias que o amor de Deus age e se realiza.
São
Sebastião tornou-se defensor da Igreja como soldado, como capitão e ainda como
apóstolo daqueles que eram presos. Também foi apóstolo dos mártires, os que
confessavam Jesus em todas as situações, renunciando à própria vida. O coração
de São Sebastião tinha esse desejo: ser cristão até o fim de seus dias. E
quando denunciado como cristão, lá estava ele diante do imperador. Mas nosso
santo deixou claro, com muita sabedoria, auxiliado pelo Espírito Santo, que
mesmo sendo um bom soldado era um cristão convicto.
São
Sebastião é exemplo de homem que foi coerente com a fé católica. Por
consequência, tendo a coragem de dizer que a Vida é inalienável, desde a
concepção até o seu termo natural, e que os símbolos de nossa fé não podem se
curvar diante dos Imperadores de plantão.
Socorrei-nos,
glorioso Mártir São Sebastião, para que saibamos ser anunciadores da
misericórdia e da verdade. Que saibamos viver o santo Evangelho de cada dia.
Fonte: http://www.cnbb.org.br
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São Sebastião,
São Sebastião de Joelhos
Solidariedade às famílias nas terras de São Sebastião
Dom Orani, Cardeal Tempesta
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do
Rio de Janeiro, RJ
Na
mensagem para o Dia Mundial da Paz deste ano, o Papa Francisco anunciou o
princípio da missão de um novo dicastério: “No dia 1º de janeiro de 2017, nasce
o novo Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, que
ajudará a Igreja a promover, de modo cada vez mais eficaz, «os bens
incomensuráveis da justiça, da paz e da salvaguarda da criação» e da solicitude
pelos migrantes, «os necessitados, os doentes e os excluídos, os marginalizados
e as vítimas dos conflitos armados e das catástrofes naturais, os reclusos, os
desempregados e as vítimas de toda e qualquer forma de escravidão e de
tortura». Toda a ação nesta linha, ainda que modesta, contribui para construir
um mundo livre da violência, o primeiro passo para a justiça e a paz”. A
preocupação com a situação de exclusão e pobreza tem sido constante do Papa
Francisco.
Temos
que fomentar essas virtudes que, juntamente com a salvação, nos ajudam a servir
bem a Deus e ao próximo. A grande virtude é o amor e a caridade. A caridade
leva-nos a compreender, a desculpar, a conviver com todos, de maneira que
aqueles que pensam ou atuam de um modo diferente do nosso em matéria social,
política ou mesmo religiosa, devem ser objeto também do nosso respeito e do
nosso apreço. Esta caridade e esta benignidade não se devem converter, de forma
alguma, em indiferença no tocante à verdade e ao bem; mais ainda, a verdade que
salva. Mas é necessário distinguir entre o erro, que sempre deve ser evitado, e
o homem que erra, pois este conserva a dignidade da pessoa mesmo quando está
dominado por ideias falsas, insuficientes em matéria religiosa.
A
caridade incita-nos à oração, à exemplaridade, ao apostolado, à correção
fraterna, confiando em que todo o homem é capaz de retificar os seus erros. Se
vez por outra as ofensas, as injúrias, as calunias forem particularmente
dolorosas, pediremos ajuda a Nossa Senhora, que contemplamos frequentemente ao
pé da Cruz, sentindo muito de perto todas as infâmias contra o seu Filho;
grande parte daquelas injúrias, não o esqueçamos, saíram dos nossos lábios e
das nossas ações. Os agravos que nos fazem hão de doer-nos, sobretudo pela
ofensa a Deus que representam e pelo mal que podem ocasionar a outras pessoas,
e hão de mover-nos a desagravar a Deus e a oferecer-lhe toda a reparação que
pudermos.
O
coração do Cristão tem de ser grande. A sua caridade, evidentemente, deve ser
ordenada e, portanto, deve começar pelos mais próximos, pelas pessoas que, por
vontade divina, estão à sua volta. No entanto, o seu afeto nunca pode ser
excludente ou limitar-se a âmbitos reduzidos. O Senhor não quer um apostolado
de horizontes estreitos. A atitude do Cristão, a sua convivência com todos,
deve ser como uma generosa torrente de carinho sobrenatural e de cordialidade
humana, que banha tudo à sua passagem.
As cartas
do Apostólo João insistem no mesmo aspecto catequético, e, com clareza
apostólica, afirmam que aquele que diz amar a Deus e não amar a seus irmãos é
um mentiroso. E continuam: que é muito fácil proclamar que amamos a Deus, a
quem não vemos, mas se desprezamos os irmãos que estão a nosso lado, onde está
a caridade, onde está o amor? (1Jo.4,20).
São
Paulo, na sua Carta aos Coríntios (Coríntios 13), proclama e exalta a caridade.
Quase sabemos de cor o texto maravilhoso. Somos levados a interpretar esse hino
como o amor ao Pai Celeste. Mas, o apostólo fala da excelência do amor entre os
irmãos. Ainda que eu falasse todas as línguas dos anjos, ou tivesse toda a
ciência, sem a caridade seria um bronze que soa e cujo som se perde nas
quebradas dos montes. Logo a seguir nos ensina em que consiste a caridade: na
paciência, na humildade, no fazer o bem, na longanimidade, na partilha da dor e
da alegria com os irmãos, no perdão tão difícil. E conclui pela perenidade do
amor e da caridade. Tudo cessa quando vier a perfeição, exceto a caridade, pela
qual seremos medidos.
Documentos
não faltam para colocar em pauta que a consequência do amor a Deus e ao próximo
é a caridade, que se concretiza em ações de quem ama o seu próximo. Na festa de
São Sebastião sempre temos a ação social, com o recolhimento de alimentos para
os necessitados. Em geral, o fazemos na procissão, porém, dependendo da
ocasião, durante toda a Trezena.
A
própria Trezena marca esse gesto com algumas visitas específicas a locais que
estão ligados à caridade social: teremos, ao longo destes treze dias em que
festejamos o nosso padroeiro, várias visitas em basílicas, paróquias e capelas,
mas teremos as visitas que marcam a questão social e caritativa. São elas: casa
Betânia - Asilo Orionita, hospital Federal de Bonsucesso, Puericultura e
Pediatria Martagão Gesteira, Hospital Universitário Clementino Fraga Filho,
Hospital HFAG, Casa Gerontológica da Aeronáutica, Centro de sócioeducação Dom
Bosco – DEGASE, Centro de sócioeducação Prof. Antônio Carlos Gomes da Costa –
DEGASE, Escola João Luís Alves, Hospital da Gamboa, Santa Casa de Misericórdia,
Hospital Naval Nossa Senhora da Glória, Associação Beneficente São Martinho,
Inca (Instituto Nacional do Câncer), Hospital Central do Exército, Instituto
Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), Casa de Idosos Socorrinho,
Hospital Mario Kroeff, Casa Geriátrica, Hospital São Vicente, Hospital da
PMERJ, Educandário Santo Expedito, DEGASE, Presídio Talavera Bruce (feminino),
Complexo Penitenciário de Gericinó, Comunidade das Irmãs de Calcutá, Hospital
Marcílio Dias, Secretaria de Segurança Pública e Missa na Casa do Padre.
Portanto,
queremos que estes dias da Trezena sejam marcados pela celebração e sejam assim
ressaltadas três atitudes: o amor, a misericórdia e a caridade. É claro que, ao
exercitarmos estas três atitudes, aumenta em nós o dom da fé. Que São Sebastião
nos ilumine nesta caminhada da Trezena e nos ajude a plantar o amor, a viver a
misericórdia e a testemunhar vivamente a caridade.
Ao
iniciar a Trezena, lançaremos a Campanha de Solidariedade Especial, na qual
pedimos o incremento das ofertas para a caridade social às paróquias para fazer
frente às novas situações de necessidades que grassam em nossa cidade, como a
questão do desemprego, a falta de pagamento dos salários, além das situações de
miséria já existentes. “Somos solidários como São Sebastião”, que não hesitou
de visitar os cárceres para ajudar os cristãos perseguidos. Agora é necessário
esse socorro especial para minimizar a crise pela qual passam as pessoas. A
Caritas da Arquidiocese coordenará esse trabalho. Cada Paróquia arrecada e
distribui as cestas básicas para as pessoas que as necessitam em seu âmbito
paroquial. O dinheiro depositado na conta da Caritas e a arrecadação da
procissão de São Sebastião irão para algumas entidades que distribuem alimentos
para os que o necessitam hoje.
Dessa
forma, a nossa resposta capilarizada através das paróquias ajudará a tantas
pessoas que passam por angústias diante da situação pessoal ou familiar. É uma
tradição de a Igreja ir ao encontro das pessoas para socorrê-las. E isso sem
distinção de religião ou situação familiar.
Dessa
forma, a missão popular na festa de nosso padroeiro – “São Sebastião, padroeiro
das famílias cariocas” – vai desabrochar e aumentar a dimensão com a
solidariedade dos cristãos com as pessoas que sofrem, pois “somos solidários
como São Sebastião”.
São
Sebastião, rogai por nós! Fonte: http://www.cnbb.org.br
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São Sebastião
20 de janeiro: São Sebastião
Dom Fernando Arêas Rifan
Bispo da Administração Apostólica Pessoal São
João Maria Vianney
Depois
de amanhã, dia 20, celebraremos a solenidade do glorioso mártir São Sebastião,
padroeiro da Cidade maravilhosa e do nosso Estado do Rio de Janeiro.
Segundo
nos explica Dom Orani João Tempesta, Cardeal Arcebispo de São Sebastião do Rio
de Janeiro, ele nasceu em Narbona, uma cidade ao Sul da França, no século III.
Era filho de uma família ilustre. Ficou órfão do pai ainda menino, e então, foi
levado para Milão por sua mãe, onde passou os primeiros anos da infância e
juventude.
A mãe
educou-o com esmero e muito zelo. Ele ingressou no exército imperial, e, por
sua cultura e grande capacidade atingiu os mais altos graus da hierarquia
militar, chegando a ocupar o posto de Comandante do Primeiro Tribunal da Guarda
Pretoriana durante o reinado de Diocleciano, um dos mais severos imperadores
romanos, perseguidor dos cristãos.
Foi
denunciado ao Imperador como sendo cristão. Mesmo sendo um bom soldado romano,
suas atitudes demonstravam sua fé cristã, e, diante de todos, confessou
bravamente sua convicção. Foi acusado, então, de traição. Na época, o imperador
tinha abolido os direitos civis dos cristãos. Por não aceitar renunciar a
Cristo, São Sebastião foi condenado à morte, sendo amarrado a um tronco de
árvore e flechado. Porém, não morreu ali. Foi encontrado vivo por uma mulher
cristã piedosa que tinha vindo buscar o seu corpo. Diante do ocorrido,
recuperada a saúde, apresentou-se diante do Imperador e reafirmou sua convicção
cristã. E nova sentença de morte veio sobre ele: foi condenado ao martírio no
Circo. Sebastião foi executado, então, com pauladas e boladas de chumbo, sendo
açoitado até a morte e jogado nos esgotos perto do Arco de Constantino. Era 20
de janeiro.
Seu
corpo foi resgatado e levado para as catacumbas romanas com grande honra e
piedade. Sua fama se espalhou rapidamente. Suas relíquias repousam sobre a
Basílica de São Sebastião, na via Apia, em Roma. O Papa Caio escolheu-o como
defensor da Igreja e da fé.
Nesses
tempos de grande negação da fé e de valores espirituais e religiosos, humanos e
sociais, São Sebastião torna-se um grande modelo de ajuda para nós hoje,
principalmente aos jovens, envoltos em grande confusão moral e espiritual. Ele
é um sinal de fidelidade a Cristo mesmo com as pressões contrárias. Dessa
forma, ele continua anunciando Jesus Cristo, por quem viveu, até os dias de
hoje. Ele nos ensina a não desanimarmos com as flechadas que recebemos e a
continuarmos firmes na fé.
Um
mártir não deve ser um estranho para nós. Ainda em pleno século XXI encontramos
irmãos e irmãs nossas que são mortos em tantos países, outros têm ainda seus
direitos civis cassados por serem cristãos, outros são condenados à prisão ou à
morte por aderirem ao Cristianismo, e ainda são expulsos de suas cidades e suas
igrejas queimadas. Além disso, muitos são martirizados em sua fama, em sua
honra e tantas outras maneiras modernas de “matar” pessoas por causa da fé ou
de suas convicções cristãs. Fonte: http://www.cnbb.org.br
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quarta-feira, 18 de janeiro de 2017
DIA 18: VEM PARA O MEIO!
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domingo, 15 de janeiro de 2017
Íntegra da homilia do Papa Francisco feita na missa de Aparecida
Papa falou sobre os jovens e lembrou ida
à cidade, em conferência de 2007.
Milhares acompanharam missa no Santuário Nacional, no interior de SP.
Leia
a íntegra do discurso a seguir:
"Venerados irmãos no episcopado e
sacerdócio, queridos irmãos e irmãs!
(Quarta-feira,
24 de julho de 2013)
Quanta alegria me dá vir à casa da Mãe de cada brasileiro, o Santuário de Nossa Senhora Aparecida. No dia seguinte à minha eleição como Bispo de Roma fui visitar a Basílica de Santa Maria Maior, para confiar a Nossa Senhora o meu ministério.
Hoje, eu quis vir aqui para suplicar à Maria, nossa Mãe, o bom êxito da Jornada Mundial da Juventude e colocar aos seus pés a vida do povo latino-americano.
Encorajemos a generosidade que caracteriza
os jovens, acompanhando-lhes no processo de se tornarem protagonistas da
construção de um mundo melhor: eles são um motor potente para a Igreja e para a
sociedade. Eles não precisam só de coisas, precisam sobretudo que lhes sejam
propostos aqueles valores imateriais que são o coração espiritual de um povo, a
memória de um povo"
Papa Francisco
Queria dizer-lhes, primeiramente, uma
coisa. Neste Santuário, seis anos atrás, quando aqui se realizou a 5ª
Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe, pude dar-me
conta pessoalmente de um fato belíssimo: ver como os bispos – que trabalharam
sobre o tema do encontro com Cristo, discipulado e missão – eram animados,
acompanhados e, em certo sentido, inspirados pelos milhares de peregrinos que
vinham diariamente confiar a sua vida a Nossa Senhora: aquela Conferência foi
um grande momento de vida de Igreja.
E, de fato, pode-se dizer que o
Documento de Aparecida nasceu justamente deste encontro entre os trabalhos dos
Pastores e a fé simples dos romeiros, sob a proteção maternal de Maria. A
Igreja, quando busca Cristo, bate sempre à casa da Mãe e pede: “Mostrai-nos
Jesus”. É de Maria que se aprende o verdadeiro discipulado. E, por isso, a
Igreja sai em missão sempre na esteira de Maria.
Assim, de cara à Jornada Mundial da
Juventude que me trouxe até o Brasil, também eu venho hoje bater à porta da
casa de Maria, que amou e educou Jesus, para que ajude a todos nós, os Pastores
do Povo de Deus, aos pais e aos educadores, a transmitir aos nossos jovens os valores
que farão deles construtores de um país e de um mundo mais justo, solidário e
fraterno.
Para tal, gostaria de chamar atenção
para três simples posturas: conservar a esperança; deixar-se surpreender por
Deus; viver na alegria.
Conservar a esperança: A segunda leitura
da missa apresenta uma cena dramática: uma mulher, figura de Maria e da Igreja,
sendo perseguida por um dragão – o diabo – que quer lhe devorar o filho. A
cena, porém, não é de morte, mas de vida, porque Deus intervém e coloca o filho
a salvo.
Quantas dificuldades na vida de cada um,
no nosso povo, nas nossas comunidades, mas, por maiores que possam parecer,
Deus nunca deixa que sejamos submergidos. Frente ao desânimo que poderia
aparecer na vida, em quem trabalha na evangelização ou em quem se esforça por
viver a fé como pai e mãe de família, quero dizer com força: Tenham sempre no
coração esta certeza! Deus caminha a seu lado, nunca lhes deixa desamparados!
Nunca percamos a esperança! Nunca deixemos que ela se apague nos nossos corações! O “dragão”, o mal, faz-se presente na nossa história, mas ele não é o mais forte. Deus é o mais forte, e Deus é a nossa esperança! É verdade que hoje, mais ou menos todas as pessoas, e também os nossos jovens, experimentam o fascínio de tantos ídolos que se colocam no lugar de Deus e parecem dar a esperança: o dinheiro, o poder, o sucesso, o prazer.
Frequentemente, uma sensação de solidão e de vazio entra no coração de muitos e conduz à busca de compensações, destes ídolos passageiros. Queridos irmãos e irmãs, sejamos luzeiros de esperança! Tenhamos uma visão positiva sobre a realidade.
Nunca percamos a esperança! Nunca deixemos que ela se apague nos nossos corações! O “dragão”, o mal, faz-se presente na nossa história, mas ele não é o mais forte. Deus é o mais forte, e Deus é a nossa esperança! É verdade que hoje, mais ou menos todas as pessoas, e também os nossos jovens, experimentam o fascínio de tantos ídolos que se colocam no lugar de Deus e parecem dar a esperança: o dinheiro, o poder, o sucesso, o prazer.
Frequentemente, uma sensação de solidão e de vazio entra no coração de muitos e conduz à busca de compensações, destes ídolos passageiros. Queridos irmãos e irmãs, sejamos luzeiros de esperança! Tenhamos uma visão positiva sobre a realidade.
Encorajemos a generosidade que
caracteriza os jovens, acompanhando-lhes no processo de se tornarem
protagonistas da construção de um mundo melhor: eles são um motor potente para
a Igreja e para a sociedade. Eles não precisam só de coisas, precisam sobretudo
que lhes sejam propostos aqueles valores imateriais que são o coração
espiritual de um povo, a memória de um povo.
Neste santuário, que faz parte da
memória do Brasil, podemos quase que apalpá-los: espiritualidade, generosidade,
solidariedade, perseverança, fraternidade, alegria; trata-se de valores que
encontram a sua raiz mais profunda na fé cristã.
A segunda postura: Deixar-se surpreender
por Deus. Quem é homem e mulher de esperança – a grande esperança que a fé nos
dá – sabe que, mesmo em meio às dificuldades, Deus atua e nos surpreende. A
história deste Santuário serve de exemplo: três pescadores, depois de um dia
sem conseguir apanhar peixes, nas águas do Rio Paraíba, encontram algo
inesperado: uma imagem de Nossa Senhora da Conceição.
Quem poderia imaginar que o lugar de uma
pesca infrutífera, tornar-se-ia o lugar onde todos os brasileiros podem se
sentir filhos de uma mesma Mãe? Deus sempre surpreende, como o vinho novo, no
Evangelho que ouvimos. Deus sempre nos reserva o melhor. Mas pede que nos
deixemos surpreender pelo seu amor, que acolhamos as suas surpresas. Confiemos
em Deus!
Longe d’Ele, o vinho da alegria, o vinho
da esperança, se esgota. Se nos aproximamos d’Ele, se permanecemos com Ele,
aquilo que parece água fria, aquilo que é dificuldade, aquilo que é pecado, se
transforma em vinho novo de amizade com Ele.
A terceira postura: Viver na alegria.
Queridos amigos, se caminhamos na esperança, deixando-nos surpreender pelo
vinho novo que Jesus nos oferece, há alegria no nosso coração e não podemos
deixar de ser testemunhas dessa alegria.
O cristão é alegre, nunca está triste.
Deus nos acompanha. Temos uma mãe que sempre intercede pela vida dos seus
filhos, por nós, como a rainha Ester na primeira leitura. Jesus nos mostrou que
a face de Deus é a de um Pai que nos ama. O pecado e a morte foram derrotados.
O cristão não pode ser pessimista! Não
pode ter uma cara de quem parece num constante estado de luto. Se estivermos
verdadeiramente enamorados de Cristo e sentirmos o quanto Ele nos ama, o nosso
coração se “incendiará” de tal alegria que contagiará quem estiver ao nosso
lado. Como dizia Bento XVI, aqui, neste santuário: “o discípulo sabe que sem
Cristo não há luz, não há esperança, não há amor, não há futuro”.
Queridos amigos, viemos bater à porta da casa de Maria. Ela abriu-nos, fez-nos entrar e nos aponta o seu Filho. Agora Ele nos pede: “Fazei o que Ele vos disser”. Sim, Mãe nossa, nos comprometemos a fazer o que Jesus nos disser! E o faremos com esperança, confiantes nas surpresas de Deus e cheios de alegria. Assim seja."
Queridos amigos, viemos bater à porta da casa de Maria. Ela abriu-nos, fez-nos entrar e nos aponta o seu Filho. Agora Ele nos pede: “Fazei o que Ele vos disser”. Sim, Mãe nossa, nos comprometemos a fazer o que Jesus nos disser! E o faremos com esperança, confiantes nas surpresas de Deus e cheios de alegria. Assim seja."
Fonte:
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íntegra da homilia do Papa Francisco feita na missa de Aparecida,
Integra da Homilia do Papa Francisco no Santuário Nacional
sábado, 14 de janeiro de 2017
CORDEIRO DE DEUS: Frei Petrônio
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Artigos do Frei Petrônio de Miranda
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ZYGMUNT BAUMAN: Dos impasses da solidão em rede
"Para Bauman, a promessa de que a riqueza acumulada pelos que estão no topo chegaria aos que se encontram mais abaixo é uma grande mentira", escreve Tarso Genro, ex-governador do Rio Grande do Sul, publicada por Sul21, 09-01-2017.
Eis o artigo.
Zygmunt
Bauman concedeu recentemente entrevista ao El País (09/01), publicada
sob a designação “As redes sociais são uma armadilha”. O
título da matéria não faz justiça ao seu verdadeiro conteúdo, que refere
ao 15-M da Espanha dos “indignados”, de maio de 2011. À época, estes
movimentos, através de mecanismos de democracia direta, ainda exploravam
exclusivamente esta forma de participação, não de forma combinada, mas “contra”
as instâncias políticas tradicionais.
A
chamada “classe política” espanhola, no período, estava dividida entre os
remédios neoliberais do Partido Popular e a moderação
liberal-centrista do Partido Socialista Espanhol, que, ao fim ao cabo
-quando no poder- governava de maneira mais ou menos idêntica ao seu
tradicional adversário de direita. A maioria dos protagonista do 15-M organizou-se, politicamente, num
novo Partido, o “Podemos”, cuja fundação reordenou a
democracia espanhola, dando a ela uma nova vitalidade. Foi uma conquista das
redes: o “virtual” fez as pessoas se encontrarem no mundo “real” das ruas e
construírem, pelas suas mãos e cérebros, um novo protagonismo político, fundado
na transação de afetos e idéias, de forma direta entre as pessoas.
Entre
diversas preciosidades e formulações doutrinárias deste grande intelectual do
nosso tempo, duas me chamaram atenção pelo poderoso apelo à reflexão que
incitam, neste mundo trágico e demente que vivemos: 1. “O 15-M, de certa
forma, foi uma explosão de solidariedade, mas as explosões são potentes e
breves”. 2. “O poder se globalizou, mas as políticas são tão locais quanto
antes (…) a política tem as mãos cortadas(…) as instituições democráticas não
foram estruturadas para conduzir situações de
interdependência”. Bauman é o mesmo que, em várias oportunidades,
sustentou que a “promessa de que a riqueza acumulada pelos que estão no topo
chegaria aos que se encontram mais abaixo é uma grande mentira!”.
A perda
do sentido da identidade, num mundo cada vez mais individualista, proporcionou
que a vida coletiva em “rede” se tornasse uma forma de compensar a ausência da
comunhão real entre pessoas. O que as redes sociais geram, todavia –
adverte Bauman – é um “substituto” comunitário, não uma comunidade
verdadeiramente humana. Esta, de forma autêntica, só é construída por
sucessivos laços identitários de convívio, tanto no cotidiano como na história.
É verdadeiro que nas “redes” – ainda segundo Bauman – os indivíduos
se sentem um pouco melhor, “porque a solidão é a grande ameaça nestes tempos
individualistas”, mas nelas (redes) é possível “deletar”, tanto o contato
imediato que pede mais tolerância, como aquela interlocução que não agrada,
porque vem do “diferente”: a tolerância, porém, é a qualidade humana mais
elevada e a identidade humana verdadeira, só pode existir pelo contraste da
diferença e das suas lições.
A
contradição entre as necessidades locais e regionais e as questões políticas e
econômicas globais, estão expostas todos os dias nas guerras pelo poder sobre
as fontes de energia fóssil, na luta sem quartel pelos
derradeiros territórios agricultáveis e pelo controle das reservas
aquíferas do planeta. A crise é ascendente, porém, não por um adquirido
sentido de maldade dos seres humanos, mas porque o capital precisa radicalizar
as formas de controle destas riquezas naturais, visando a continuidade
equilibrada do funcionamento da economia dos grandes países industrializados.
Especialmente dos que devem ser reiteradamente financiados, para não sucumbir
como nação.
É o
caso dos EUA, cujo “buraco negro” do seu Tesouro explodiria se
a China – quem diria – subitamente deixasse de comprar os seus
papéis. “O insaciável apetite da América” pelo financiamento da sua dívida –
disse um filósofo – é, ao mesmo tempo que um passivo permanente, um ativo
gigantesco: a “não explosão” de quem faz a pauta militar do mundo é o que dá
sentido “comunitário” a sua liderança (manipulatória), que proporciona a
proteção contra o inimigo comum, o “diferente”, que por escassez de meios,
ainda mantém as suas reservas estratégicas de petróleo, terra e água para
serem exploradas pelos mais fortes.
As
“explosões de solidariedade” são importantes e fixam novos parâmetros para
fazer política. E “fazer política” significa criar mediações, dentro da ordem,
se o regime é democrático, e contra ela – se ele deixa de ser democrático. O
objetivo é dirigir o Estado de forma legítima para responder às
maiorias, combater a pobreza, a miséria, o crime, a insegurança, a solidão
e a insanidade, numa sociedade compartimentada e egoísta. Mas as explosões de
solidariedade na luta contra a extorsão do futuro – encomendada pelas reformas
“liberais” – são breves e impotentes, se não se transformam em organização,
programa, tática e estratégia.
É
fundamental levar em consideração que os confrontos de interesse entre classes
e entre os projetos de nação, hoje, tem duas determinações históricas que
exigem a recriação dos movimentos emancipatórios, num contexto universal muito
mais complexo do que no século passado: primeiro, a nação só é passível de ser
construída, hoje, com interdependência consciente, na qual não se abdica da
soberania, mas esta assimila a interdependência; segundo, as “redes”,
eternamente reproduzidas como aproximação virtual entre os sujeitos, só
reforçarão a solidão e o isolamento -propício para o amortecimento da
criatividade humana- caso as relações entre pessoas e grupos não transcendam
para espaço democrático de rua e para as instâncias políticas do Estado.
Um dos
limites mais graves e autoritários dos projetos socialistas revolucionários do
passado, foi o não reconhecimento – na própria construção da nova sociedade –
que ela deveria ser um abrigo de formas diversificadas, “belas e livres” de
“convivência humana”, passado o período da agressão do nazi-fascismo. “E são belas
e livres” – como diz Agnes Heller – “todas as formas as
quais a comunidade não obstaculiza, mas antes favorece o desenvolvimento
multilateral harmonioso das faculdades e dos carecimentos humanos.” Dentro da
crise e do caos é que se reconstroem as mais belas utopias e as energias para
revidar à brutalidade e à desumanidade. Chacinas e como a
de Campinas ocorrem todos os dias, em todos os lugares do planeta.
Mas a carta que a justifica e exalta é um sintoma de doença grave, tanto do
indivíduo que foi o seu autor, como da sociedade que o gerou. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
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DIA 14: QUEM PRECISA DE CONVERSÃO?
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sexta-feira, 13 de janeiro de 2017
Papa aos jovens: ouçam a voz de Deus, construam um mundo melhor
Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco enviou
uma carta aos jovens, nesta sexta-feira (13/01), de apresentação do documento
preparatório do Sínodo dos Bispos de 2018.
O
Pontífice inicia a carta manifestando sua alegria de anunciar aos jovens que,
em outubro de 2018, se realizará a 15ª Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos
sobre o tema “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”.
O
documento preparatório foi apresentado, esta manhã, na Sala de Imprensa da
Santa Sé. Um dos objetivos do texto é encontrar as melhores maneiras para
acompanhar os jovens a reconhecer e acolher o chamado à vida plena e anunciar o
Evangelho de maneira eficaz.
A carta
dá início a uma fase de estudo da parte do Povo de Deus. É endereçada às
Conferências Episcopais, aos Conselhos dos Hierarcas das Igrejas Orientais
Católicas, aos departamentos da Cúria Romana e à União dos Superiores Gerais.
Espera-se também a participação dos jovens através de um site.
O
Secretário-Geral do Sínodo dos Bispos, Cardeal Lorenzo Baldisseri, abriu a
coletiva com os jornalistas apresentando a estrutura do documento que tem como
objetivo recolher informações sobre a atual condição sociocultural dos jovens
de 16 a 29 anos, nos vários contextos em que vivem, a fim de entendê-la, em
vista dos passos preparatórios sucessivos para a assembleia dos bispos.
O texto
é dividido em três partes: ver a realidade, a importância do discernimento, e
ação pastoral da comunidade eclesial. A Igreja deseja acompanhar os jovens na
descoberta e realização de sua vocação.
“Deve
ser esclarecido que o termo vocação deve ser entendido no sentido amplo e diz
respeito a grande variedade de possibilidade de realização concreta da própria
vida na alegria do amor e na plenitude decorrente do dom de si a Deus e aos
outros. Trata-se de encontrar a forma concreta em que esta realização plena
possa se realizar através de uma série de escolhas, que articulam estado de
vida, matrimônio, ministério ordenado, vida consagrada, etc. profissão
modalidade de compromisso social e político, estilo de vida, gestão do tempo e
dinheiro, etc”, disse o Cardeal Baldisseri na coletiva.
Completa
o documento preparatório um questionário que prevê a coleta de dados
estatísticos sobre cada igreja local, a resposta a várias perguntas para
entender melhor casa situação e a partilha de boas práticas pastorais em
andamento para que possam ser de ajuda a toda a Igreja.
Os
jovens serão plenamente envolvidos nesta fase preparatória através de um site a
fim de recolher suas expectativas e vida.
“O
próximo Sínodo não quer somente se interrogar sobre como acompanhar os jovens
no discernimento de sua escolha de vida à luz do Evangelho, mas quer também
colocar-se à escuta de seus desejos, projetos e sonhos que os jovens têm para
sua vida, como também das dificuldades que encontram para realizar o seu
projeto a serviço da sociedade à qual pedem para ser protagonistas ativos”,
disse o Subsecretário do Sínodo dos Bispos, Mons. Fabio Fabene.
Para
envolver os jovens serão criadas várias iniciativas, vigílias de oração,
encontros internacionais e concertos. As respostas ao questionário do documento
preparatório e as dos jovens serão a base para a redação do Documento de
trabalho o Instrumentum laboris, que será o ponto de referência para o debate
dos Padres sinodais.
A seguir, a carta do Papa aos jovens.
“Quis
que vocês estivessem no centro das atenções, porque os tenho em meu coração.
Exatamente hoje foi apresentado o Documento preparatório, que confio também a
vocês como «bússola» ao longo deste caminho”.
Sair
“Vêm-me
à mente as palavras que Deus dirigiu a Abraão: «Sai de sua terra, do meio de
seus parentes e da casa de seu pai, e vá para a terra que eu lhe mostrarei».
Hoje, estas palavras são dirigidas também a vocês: são palavras de um Pai que
os convida a «sair» a fim de serem lançados em direção a um futuro
desconhecido, mas portador de realizações seguras, encontro ao qual Ele mesmo
os acompanha. Convido-os a ouvir a voz de Deus que ressoa em seus
corações através do sopro do Espírito Santo”, ressalta o Papa no texto.
“Quando
Deus disse a Abraão «Sai», o que queria lhe dizer? Certamente, não para fugir
de sua família, nem do mundo. O seu foi um convite forte, uma provocação, a fim
de que deixasse tudo e partisse para uma nova terra. Qual é para nós hoje esta
nova terra, a não ser uma sociedade mais justa e fraterna que vocês almejam
profundamente e desejam construir até às periferias do mundo?”
“Mas
hoje, infelizmente, o «Sai» adquire também um significado diferente. O da
prevaricação, da injustiça e da guerra. Muitos de vocês, jovens, estão
submetidos à chantagem da violência e são forçados a fugir de sua terra natal.
O seu clamor sobe até Deus, como o de Israel, escravo da opressão do Faraó”,
destaca o Pontífice.
Discernir
“Recordo-lhes também as palavras que certo dia Jesus proferiu aos discípulos, que lhe perguntavam: «Rabi, onde moras?». Ele respondeu: «Vinde e vede!». Jesus dirige o seu olhar também a vocês, convidando-os a caminhar com Ele.”
“Recordo-lhes também as palavras que certo dia Jesus proferiu aos discípulos, que lhe perguntavam: «Rabi, onde moras?». Ele respondeu: «Vinde e vede!». Jesus dirige o seu olhar também a vocês, convidando-os a caminhar com Ele.”
“Queridos
jovens, vocês encontraram este olhar? Ouviram esta voz? Sentiram este impulso a
pôr-se a caminho? Estou convencido de que, não obstante a confusão e a
perturbação deem a impressão de reinar no mundo, este apelo continua ressoando
em seu espírito para o abrir à alegria completa. Isto será possível na medida
em que, também através do acompanhamento de guias especializados, vocês
souberem empreender um itinerário de discernimento para descobrir o projeto de
Deus em sua vida. Mesmo quando o seu caminho estiver marcado pela precariedade
e pela queda, Deus rico de misericórdia estende a sua mão para os erguer”,
sublinha ainda o Papa.
Agir
Agir
Na
abertura da última Jornada Mundial da Juventude, em Cracóvia, perguntei-lhes
várias vezes: «Podemos mudar as coisas?». E vocês gritaram juntos um «Sim!» retumbante.
Aquele grito nasce do seu coração jovem, que não suporta a injustiça e não pode
submeter-se à cultura do descarte, nem ceder à globalização da indiferença.
Escutem aquele clamor que vem do seu íntimo! Mesmo quando sentirem, como o
profeta Jeremias, a inexperiência de sua jovem idade, Deus os encoraja a ir
para onde Ele os envia: «Não tenha medo [...] pois eu estou com você para
protegê-lo».
Constrói-se um mundo melhor também graças a vocês, ao seu desejo de mudança e generosidade. Não tenham medo de ouvir o Espírito que lhes sugere escolhas audaciosas, não hesitem quando a consciência lhes pedir para arriscar a fim de seguir o Mestre. Também a Igreja deseja colocar-se à escuta de sua voz, de sua sensibilidade, de sua fé; até de suas dúvidas e suas críticas. Façam ouvir o seu grito. Deixem ele ressoar nas comunidades e o façam chegar aos pastores. São Bento recomendava aos abades que, antes de cada decisão importante, consultassem também os jovens porque «muitas vezes é exatamente ao mais jovem que o Senhor revela a melhor solução».
“Assim, através do caminho deste Sínodo, eu e os meus irmãos Bispos queremos, ainda mais, «colaborar para a sua alegria». Confio-lhes a Maria de Nazaré, uma jovem como vocês, à qual Deus dirigiu o seu olhar amoroso, a fim de que os tome pela mão e os guie para a alegria de um «Eis-me!» pleno e generoso”, conclui o Papa.
Constrói-se um mundo melhor também graças a vocês, ao seu desejo de mudança e generosidade. Não tenham medo de ouvir o Espírito que lhes sugere escolhas audaciosas, não hesitem quando a consciência lhes pedir para arriscar a fim de seguir o Mestre. Também a Igreja deseja colocar-se à escuta de sua voz, de sua sensibilidade, de sua fé; até de suas dúvidas e suas críticas. Façam ouvir o seu grito. Deixem ele ressoar nas comunidades e o façam chegar aos pastores. São Bento recomendava aos abades que, antes de cada decisão importante, consultassem também os jovens porque «muitas vezes é exatamente ao mais jovem que o Senhor revela a melhor solução».
“Assim, através do caminho deste Sínodo, eu e os meus irmãos Bispos queremos, ainda mais, «colaborar para a sua alegria». Confio-lhes a Maria de Nazaré, uma jovem como vocês, à qual Deus dirigiu o seu olhar amoroso, a fim de que os tome pela mão e os guie para a alegria de um «Eis-me!» pleno e generoso”, conclui o Papa.
Fonte: http://br.radiovaticana.va
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NÃO SER CARANGUEJO: Frei Petrônio.
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INVESTIR NA VIDA: Frei Petrônio.
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quinta-feira, 12 de janeiro de 2017
CHUVAS NO RIO: O Caos-10.
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CHUVAS NO RIO: O Caos-07.
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CHUVAS NO RIO: O Caos-06
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CHUVAS NO RIO: O Caos-01.
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E SE JESUS... Evangelho do dia.
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quarta-feira, 11 de janeiro de 2017
NÃO TER AMIGOS: Frei Petrônio.
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Quando uma mãe perde um filho, aproxime-se com lágrimas, não com palavras, diz o Papa.
Nas profundezas do
desespero, quando palavras e gestos já não ajudam, chorem com os que sofrem,
porque as lágrimas são as sementes da esperança, disse o Papa
Francisco.
Quando alguém está sofrendo, "é necessário compartilhar de seu desespero. A fim de enxugar as lágrimas do rosto de quem sofre, devemos nos unir ao seu choro. Esta é a única maneira de as nossas palavras poderem realmente oferecer um pouco de esperança", disse ele, no dia 4 de janeiro, durante sua última audiência pública semanal.
"E se não for possível oferecer estas palavras, de lágrimas, de tristeza, é melhor o silêncio, o carinho, um gesto, sem palavras", disse ele. A reportagem é de Carol Glatz, publicada por Catholic News Service, 04-01-2017. A tradução é de Luísa Flores Somavilla.
Em sua primeira audiência pública do ano, o Papa continuou
sua série de catequeses sobre a esperança cristã, refletindo a respeito da
tristeza inconsolável de Raquel e
do luto por seus filhos, que "já não existem", como disse o profeta Jeremias.
O fato de Raquel se recusar a ser consolada "expressa a profundidade
de sua dor e a amargura do seu choro", disse o Papa aos que estavam reunidos na Sala Paulo VI do Vaticano.
"Diante da tragédia da perda de seus filhos, uma mãe não suporta palavras ou gestos de consolo, que são sempre insuficientes, sempre incapazes de aliviar a dor de uma ferida que não pode e não quer ser curada", disse ele. A dor, disse o Papa, é proporcional ao amor em seu coração.
"Diante da tragédia da perda de seus filhos, uma mãe não suporta palavras ou gestos de consolo, que são sempre insuficientes, sempre incapazes de aliviar a dor de uma ferida que não pode e não quer ser curada", disse ele. A dor, disse o Papa, é proporcional ao amor em seu coração.
Raquel e seu choro, segundo
ele, representam cada mãe e cada pessoa ao longo da história que chora uma
"perda irreparável".
A recusa de Raquel também "nos ensina o quanto
é necessário ter sensibilidade" e a delicadeza com a qual se deve abordar
uma pessoa com dor, disse o Papa.
Jeremias mostra como Deus
respondeu a Raquel de uma forma amorosa e gentil, com palavras "genuínas,
não falsas".
O Papa declarou que Deus responde com uma promessa
de que suas lágrimas não são em vão e que seus filhos devem retornar do exílio
e então haverá nova vida e esperança.
"Lágrimas geraram esperança. Não é fácil de
entender, mas é verdade", disse ele.
"Muitas vezes, em nossa vida, as lágrimas
multiplicam a esperança, são sementes de esperança", afirmou Francisco, enfatizando que as
lágrimas de Maria ao pé da cruz geraram nova vida e esperança para aqueles que,
por meio de sua fé, tornaram-se seus filhos no corpo de Cristo: a Igreja.
Este "Cordeiro de Deus" inocente morreu
por toda a humanidade, o que é sempre importante lembrar, especialmente ao se
confrontar com a questão de por que os filhos sofrem neste mundo, disse ele.
O Papa declarou que quando as pessoas perguntam-lhe
o porquê de tanto sofrimento, ele não tem resposta. "Eu só digo: 'Olhe
para a cruz. Deus nos deu a seu filho, que aqui sofreu, e talvez lá você
encontre uma resposta."
Nenhuma palavra ou resposta cabível vêm à mente,
disse ele, só se pode olhar para o amor que Deus demonstrou ao oferecer seu
filho, que ofereceu a sua vida. Isto pode levar a algum caminho de consolo.
A palavra de Deus é a palavra definitiva de
consolação "porque nasce das lágrimas".
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Papa Francisco: Jesus tem autoridade porque estava próximo das pessoas.
Jesus
tinha autoridade porque servia as pessoas, estava próximo das pessoas e era
coerente, ao contrário dos doutores da lei que se sentiam príncipes. Estas três
características da autoridade de Jesus foram destacadas pelo Papa na reflexão
matutina da terça-feira (10/01), na Casa Santa Marta.
O Pontífice sublinhou que os doutores da lei ensinavam
com autoridade “clericalística”, afastados das pessoas, não viviam aquilo que
pregavam.
A autoridade de Jesus e aquela dos fariseus são os dois
eixos em torno dos quais orbita a homilia do Papa. Um é uma autoridade real, o
outro formal. No Evangelho do dia se fala do estupor das pessoas porque Jesus
ensinava “como alguém que tem autoridade” e não como os escribas: eram as
autoridades do povo, destaca Francisco, mas aquilo que ensinavam não entrava no
coração, enquanto em Jesus havia uma autoridade real: não era “um sedutor”,
ensinava a Lei “até o último detalhe”, ensinava a Verdade com autoridade.
O Papa desce aos pormenores e reflecte sobre as três
características que diferenciam a autoridade de Jesus daquela dos doutores da
Lei. Enquanto Jesus “ensinava com humildade”, e diz aos seus discípulos que “o
maior seja como aquele que serve: faça-se menor”, os fariseus se sentiam
príncipes:
“Jesus servia as pessoas, explicava as coisas para que as
pessoas entendessem bem: estava ao serviço das pessoas. Havia um comportamento
de servidor, e isto Lhe dava autoridade. Ao invés, os doutores da lei que as
pessoas ... sim, escutavam, respeitavam mas não reconheciam que tivessem autoridade
sobre eles, estes tinham uma psicologia de príncipes: ‘Somos os mestres, os
príncipes, e nós ensinamos vocês. Não serviço: nós mandamos, vocês obedecem”. E
Jesus nunca se fez passar por um príncipe: era sempre servidor de todos e isto
é o que Lhe dava autoridade”.
É o estar próximo das pessoas, na verdade, que confere
autoridade. A proximidade é a segunda característica que diferencia a
autoridade de Jesus daquela dos fariseus. “Jesus não era alérgico às pessoas:
tocava os leprosos, os doentes, não lhe dava repugnância”, explica Francisco,
enquanto os fariseus desprezavam “as pobres pessoas, ignorantes”, eles gostavam
de passear pelas praças, bem vestidos:
“Eram distantes das pessoas, não eram próximos; Jesus era
muito próximo das pessoas, e isso dava autoridade. Os distantes, aqueles
doutores, tinham uma psicologia clericalística: ensinavam com uma autoridade
clericalística, isto é, o clericalismo. Eu gosto tanto quando leio a
proximidade às pessoas que tinha o Beato Paulo VI; no número 48 da “Evangelii
Nuntiandi” se vê o coração do pastor próximo: ali está a autoridade daquele
Papa, a proximidade”.
Mas há um terceiro ponto que diferencia a autoridade dos
escribas daquela de Jesus, e é a coerência, Jesus “vivia o que pregava”: “havia
como uma unidade, uma harmonia entre aquilo que pensava, sentia e fazia”.”
Enquanto quem se sente príncipe tem “uma atitude clericalística”, isto é
hipócrita, diz uma coisa e faz outra:
“Ao invés, essas pessoas não eram coerentes e sua
personalidade era dividida a ponto que Jesus aconselhava seus discípulos:
“Fazei o que eles dizem, mas não o que fazem”: diziam uma coisa e faziam outra.
Incoerência. Eram incoerentes. E o adjectivo que Jesus usa muitas vezes é
hipócrita. E dá para entender que quem se sente príncipe, que tem uma atitude
clericalística, que é uma hipócrita, não tem autoridade! Dirá verdades, mas sem
autoridade. Jesus, ao invés, que é humilde, que está ao serviço, que está
próximo, que não despreza as pessoas e que é coerente, tem autoridade. E esta é
a autoridade que o povo de Deus sente”.
Concluindo, para
explicar plenamente isto, o Papa recorda a parábola do Bom Samaritano. Diante
do homem abandonado meio morto na estrada pelos brigantes, passa o sacerdote e
vai embora porque tem sangue e pensa que se o tivesse tocado se tornaria
impuro; passa o levita, diz o Papa, e “creio pensasse” que se tivesse se
envolvido, depois deveria testemunhar no tribunal” e tinha tantas coisas para
fazer. E também ele vai embora. No final, vem o samaritano, um pecador que, ao invés,
sente piedade. Mas tem outro personagem, o hospedeiro, nota o Papa, que fica
impressionado não com o ataque dos brigantes, porque era uma coisa que
acontecia naquela estrada, não pelo comportamento do sacerdote e do levita,
porque os conhecia, mas pelo comportamento do samaritano. O estupor do
hospedeiro diante do samaritano: “Mas ele é louco”, “não é hebreu, é um
pecador”, podia pensar. Francisco então liga este episódio com o estupor das
pessoas do Evangelho de hoje diante da autoridade de Jesus: “uma autoridade humilde,
de serviço”, “uma autoridade próxima das pessoas” e “coerente”. Fonte: http://pt.radiovaticana.va
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segunda-feira, 9 de janeiro de 2017
TAQUARANA-AL: A Cruz Viva.
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domingo, 8 de janeiro de 2017
PASTOR É ESFAQUEADO.
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SANTOS REIS: Homilia do Frei Petrônio
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quarta-feira, 4 de janeiro de 2017
POSSE DE TAINÁ: Homilia do Frei Petrônio
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POSSE DA TAINÁ: Aniversário do Paulo Aguiar.
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terça-feira, 3 de janeiro de 2017
TAINÁ VEIGA: Mensagem
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DEPENDE DE VOCÊ: Pe. Edvaldo Braz.
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domingo, 1 de janeiro de 2017
ARQUIDIOCESE DE MACEIÓ: Memorial do Padre Cícero.
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TAINÁ VEIGA: Posse-02
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POSSE DE TAINÁ: Homilia do Frei Petrônio
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sexta-feira, 30 de dezembro de 2016
É PRA DAR O DÍZIMO OU PRA REZAR? Veja a reportagem.
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DEPENDE DE VOCÊ: Pe. Edvaldo Braz.
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quarta-feira, 28 de dezembro de 2016
QUE VÁ EMBORA 2016! Feliz 2017.
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O ALMOXARIFADO DA VIDA: Feliz 2017!
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domingo, 25 de dezembro de 2016
24 DE DEZEMBRO: Nascimento do Menino!
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sexta-feira, 23 de dezembro de 2016
“O clericalismo instrumentaliza a lei e tiraniza o povo”.
O mal
do clericalismo, presente nos tempos de Jesus e ainda hoje na Igreja, é uma
“prepotência e tirania” para com o povo fiel de Deus por parte dos sumos
sacerdotes que, esquecendo-se de Abraão e de Moisés,
instrumentalizaram a lei criando uma lei “intelectualista, sofisticada e
casuística”. Disse-o o Papa Francisco na homilia que fez no dia 13 de
dezembro, durante a missa matutina na Capela da Residência Santa Marta. Francisco destacou
também que “o pobre Judas traidor e arrependido não foi acolhido
pelos pastores”. A reportagem é de Iacopo Scaramuzzi e publicada por Vatican
Insider, 13-12-2016. A tradução é de André Langer.
O povo
humilde e pobre que tem fé no Senhor é a vítima dos “intelectuais da religião”,
“os seduzidos pelo clericalismo”, que no Reino dos céus serão precedidos pelos
pecadores arrependidos, disse o Pontífice argentino, segundo indicou
a Rádio Vaticano.
Refletindo
sobre o Evangelho do dia, no qual Jesus recordou qual era o papel destes
últimos: “Eles tinham a autoridade jurídica, moral e religiosa”, “decidiam
tudo”. Anás e Caifás, por exemplo, “julgaram Jesus”, eram os
sacerdotes e os chefes que “decidiram matar Lázaro”, e Judas foi
vê-los para “negociar” e assim “vendeu Jesus”. Um estado de “prepotência e
tiraria para com o povo” ao qual chegaram, disse o Papa,
instrumentalizando a lei: “Mas uma lei que eles refizeram inúmeras vezes:
tantas vezes até chegar a 500 mandamentos. Tudo estava regulado, tudo! Uma lei
cientificamente construída, porque essa gente era sábia, conhecia bem. Faziam
todos estes matizes, não? Mas era uma lei sem memória: tinham se esquecido do
primeiro mandamento, que Deus deu ao nosso pai Abraão: ‘Caminha na minha
presença e seja irrepreensível’. Eles não caminhavam: sempre permaneceram nas
próprias convicções. E não eram irrepreensíveis!” Eles, continuou o Papa,
“tinham se esquecido dos Dez Mandamentos de Moisés”: “Com a lei feita por
eles”, “intelectualista, sofisticada e casuística”, “anularam a lei feita pelo
Senhor”; falta-lhes a memória “que conecta o hoje com a Revelação”.
Sua
vítima, assim como foi Jesus, é o “povo humilde e pobre que confia no Senhor”,
“aqueles que são descartados”, destacou o Papa, que conhece o
arrependimento, embora não cumpra a lei, mas sofre estas injustiças. Sentem-se
“condenados e abusados”, destacou Francisco, por quem é “vaidoso,
orgulhoso, soberbo”.
E um
“descarte dessas pessoas”, observou o Papa, também foi Judas: “Judas foi
um traidor, pecou muito gravemente, eh? Pecou forte. Mas depois o Evangelho
diz: “Arrependido, foi até eles para devolver as moedas”. E eles, o que fizeram?
Mas você era o nosso sócio. Fica tranquilo… Nós temos o poder de perdoar tudo!’
Não! ‘Se vira. É um problema seu’. E o deixaram sozinho: descartado! O pobre Judas traidor
e arrependido não foi acolhido pelos pastores. Porque eles haviam esquecido o
que é ser um pastor. Eram os intelectuais da religião, aqueles que tinham o
poder, que levavam adiante as catequeses do povo com uma moral feita pela sua
inteligência e não a partir da revelação de Deus”.
“Um
povo humilde, descartado e machucado por essas pessoas”. Também hoje, observou Francisco,
na Igreja essas coisas acontecem. “Existe este espírito de clericalismo”, disse
o Papa: “Os clérigos se sentem superiores, afastam-se das pessoas”, “não
têm tempo para escutar os pobres, os sofredores, os encarcerados, os doentes”.
“O mal do clericalismo é uma coisa muito triste! É uma nova edição desta gente.
E a vítima é a mesma: o povo pobre e humilde, que tem esperança no Senhor. O
Pai sempre procurou se aproximar de nós: enviou o seu Filho. Estamos esperando,
uma espera alegre e exultante. Mas o Filho não entrou no jogo desta gente: o
Filho foi com os doentes, os pobres, os descartados, os publicanos, os
pecadores (e é escandaloso isso…), as prostitutas. Também hoje Jesus diz a
todos nós e também a quem está seduzido pelo clericalismo: ‘Os pecadores e as
prostitutas precederão vocês no Reino dos Céus’”.
Na
missa dessa manhã na capela da Residência Santa Marta participaram os nove
cardeais que auxiliam o Papa na reforma da cúria e no governo da
Igreja universal, o chamado C9. Eles estão reunidos na 17ª reunião, que
começou na segunda-feira e termina hoje, quarta-feira, com o Pontífice.
Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
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Dom
Fernando Arêas Rifan
Bispo
da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney
“Transcorridos
muitos séculos desde que Deus criou o mundo e fez o homem à sua imagem; -
séculos depois de haver cessado o dilúvio, quando o Altíssimo fez resplandecer
o arco-íris, sinal de aliança e de paz; - vinte e um séculos depois do
nascimento de Abraão, nosso pai; - treze séculos depois da saída de Israel do
Egito, sob a guia de Moisés; - cerca de mil anos depois da unção de Davi, como
rei de Israel; - na septuagésima quinta semana da profecia de Daniel; - na
nonagésima quarta Olimpíada de Atenas; - no ano 752 da fundação de Roma; - no
ano 538 do edito de Ciro, autorizando a volta do exílio e a reconstrução de
Jerusalém; - no quadragésimo segundo ano do império de César Otaviano Augusto,
enquanto reinava a paz sobre a terra, na sexta idade do mundo: JESUS CRISTO
DEUS ETERNO E FILHO DO ETERNO PAI, querendo santificar o mundo com a sua vinda,
foi concebido por obra do Espírito Santo e se fez homem; transcorridos nove
meses, nasceu da Virgem Maria, em Belém de Judá. Eis o Natal de Nosso Senhor
Jesus Cristo segundo a natureza humana. Venham, adoremos o Salvador! Ele é
Emanuel, Deus Conosco”. Este é o solene anúncio oficial do Natal, feito pela
Igreja na primeira Missa da noite de Natal!
O Natal
é a primeira festa litúrgica, o recomeçar do ano religioso, como a nos ensinar
que tudo recomeçou ali. O nascimento de Jesus foi o princípio da revelação do
grande mistério da Redenção que começava a se realizar e já tinha começado na
concepção virginal de Jesus, o novo Adão. Deus queria que o seu projeto para a
humanidade fosse reformulado num novo Adão, já que o primeiro Adão havia
falhado por não querer se submeter ao seu Senhor, desejando ser o senhor de si
mesmo e juiz do bem e do mal. Assim, Deus enviou ao mundo o seu próprio Filho,
o Verbo eterno, por quem e com quem havia criado todas as coisas. Esse Verbo se
fez carne, incarnou-se no puríssimo seio da Virgem, por obra do Espírito Santo,
e começou a ser um de nós, nosso irmão, Jesus. Veio ensinar ao homem como ser
servo de Deus. Por isso, sendo Deus, fez-se em tudo semelhante a nós, para que
tivéssemos um modelo bem próximo de nós e ao nosso alcance. Jesus é Deus entre
nós, o “Emanuel – Deus conosco”, a face da misericórdia do Pai.
São
Francisco de Assis inventou o presépio, a representação iconográfica do
nascimento de Jesus, para que refletíssemos nas grandes lições desse maior
acontecimento da história da humanidade, seu marco divisor, fonte de inspiração
para pintores e místicos.
Que tal
se fizéssemos um Natal contínuo, pensando mais no divino Salvador, na sua
doutrina, no seu amor, nas virtudes que nos ensinou, unindo-nos mais a ele pela
oração e encontro pessoal com ele, imitando o seu exemplo, praticando as obras
de misericórdia, convivendo melhor com nossa família...
Desse
modo a mensagem do Natal vai continuar durante todo o Ano Novo, que assim será
abençoado e feliz. FELIZ NATAL E ABENÇOADO ANO NOVO!
Fonte: http://www.cnbb.org.br
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quinta-feira, 22 de dezembro de 2016
Papa Francisco enfrenta ‘guerra civil’ na igreja católica
A
decisão do Papa Francisco de retomar a opção preferencial pelos
pobres e dar uma guinada na conduta da Igreja Católica transformou os cardeais
ultraconservadores da instituição em combatentes aguerridos do argentino.
Herdeiro
dos papados de João Paulo II (1978-2005) e Bento XVI (2005-2013),
o jesuíta Francisco enfrenta a fúria da Cúria conservadora,
contrária às suas reformas.
A
reportagem é de Mauro Lopes e Sérgio Kraselis, publicada por Calle2,
17-12-2016.
Nos corredores do Vaticano, altos
funcionários chamam Francisco à boca pequena de “esse
argentinozinho”. Se, num primeiro momento, o novo Papa enfrentou uma oposição
silenciosa, hoje ela está escancarada. A batalha explodiu em setembro de 2016
com a carta divulgada por quatro cardeais, definida como verdadeira “guerra
civil” pelo jornalista italiano Marco Politi, do jornal Il Fatto e um dos mais respeitados
vaticanistas.
Francisco
quer reformas e as reformas tendem a mexer nas estruturas. É óbvio que quem é
favorecido pela estrutura não quer mudança', analisa Cesar Kuzma, um dos mais expressivos
teólogos católicos brasileiros da nova geração.
Para guerrear
contra Francisco,
os conservadores escolheram as questões de fundo moral, aproveitando-se da onda
reacionária que varre o planeta. A escalada começou em 2014, tomou impulso no
segundo semestre de 2015 e agora está em seu momento-auge.
Dois momentos
deste combate foram um livro lançado por cinco cardeais afirmando que o segundo casamento equivaleria a adultério, para a doutrina cristã, e
um abaixo-assinado endereçado ao Papa com quase 800 mil assinaturas de
católicos, entre eles 100 bispos, em defesa da família.
Para termos
uma ideia do que Francisco enfrenta é preciso retroceder na
história. Ao ser apresentado ao mundo, o novo Papa surgiu no balcão do Vaticano
vestido de branco, sem ouro algum. Num gesto inédito, curvou-se diante da
multidão que ocupava a Praça São Pedro e pediu que as pessoas rezassem por
ele. Com isso, rompeu uma tradição secular que se construiu em torno da figura
do Papa desde a Idade Média, abalada com João XXIII no Concílio Vaticano II,
há 50 anos, e que foi reconstruída por seus dois antecessores. Um Papa humilde, sem ornamentos e vestes
pomposas.
Com a chegada
de Francisco,
voltaram à tona ideais concebidos no Concílio Vaticano II,
cujo ápice foi a Teologia da Libertação na América
Latina, combatida ferozmente pelos conservadores da Cúria.
O confronto
atual chega a ponto de cardeais e teólogos conservadores armarem oposição
cerrada a todas as ideias de atualização dos conceitos da Igreja em relação à
família propostas por Francisco,
chamando-as de “heréticas”. Numa entrevista, o cardeal norte-americano Raymond L. Burke, que tem buscado se
apresentar como líder da oposição, afirmou que seu grupo poderá decretar “um ato formal de correção de um erro grave”
contra o Papa, se ele não ceder às exigências. Francisco respondeu dizendo que as críticas “não
são honestas” e foram feitas “com espírito mau para fomentar a divisão”.
A pressão dos
conservadores não tem paralisado Francisco.
No encerramento do Jubileu da Misericórdia (um Ano Santo proclamado por ele entre
outubro de 2015 e novembro último), o Papa operou uma significativa mudança na
posição da Igreja quanto ao aborto, extinguindo a pena de excomunhão
às mulheres que o realizam e permitindo que os padres concedam o perdão a este
pecado.
O foco dos
conservadores nas questões de fundo “moral” permanece, apesar da enorme
fragilidade do discurso da Cúria e de dezenas de bispos e cardeais que nos
últimos anos acobertaram os milhares de casos de abusos sexuais cometidos por
religiosos contra crianças e jovens ao redor do planeta.
Um dos
líderes do bloco conservador, o cardeal George Pell, prefeito da Secretaria de
Economia do Vaticano, é alvo de um processo no qual é pesadamente acusado de
encobrir casos de pedofilia na Austrália durante os anos 1970 e 1980 e, mais
recentemente, de ele próprio estar envolvido em casos de abusos.
Há outros dois
temas em disputa neste momento: a liturgia, especialmente o rito da missa, e a
relação da Igreja com o planeta, a sociedade, os seres humanos e muito
particularmente com os pobres.
Os
conservadores defendem a restauração do rito tridentino da missa – onde havia
um único celebrante que rezava de costas para as pessoas, em latim, pois a
missa era “do padre”. Pode parecer incrível, mas os conservadores querem mesmo que
este “modelo” de ritual seja restaurado. O Papa tem reduzido o espaço do
arquiconservador cardeal Robert Sarah, prefeito da Congregação para o Culto Divino.
A questão da
relação da Igreja com o mundo, a humanidade e especialmente os pobres é o
terceiro polo da disputa. Os pobres são o centro da Igreja, tem anunciado Franciscodesde os primeiros dias de
seu Papado. Ele promoveu três edições do Encontro Mundial dos Movimentos Populares (no
Vaticano, em 2014 e em 2016, e na Bolívia, em 2015) e tem criticado de maneira
cada vez intensa o capitalismo.
No
encerramento da terceira edição de encontro, em 5 de novembro, ele disse que o
mundo está dividido entre “um projeto-ponte dos povos contra o projeto-muro do
dinheiro” e defendeu “a destinação universal dos bens”, além de denunciar a
“internacional do dinheiro”.
Em 27 de
novembro, Francisco avançou no tema dos pobres para dentro
da Igreja ao questionar 800 gestores financeiros participantes do Simpósio sobre Economia da Congregação,
em Roma: “A hipocrisia dos consagrados que vivem como ricos fere a consciência
dos fiéis e prejudica a Igreja”. Francisco alertou que a gestão destas
organizações (e de toda a Igreja) deve “escutar o sussurro de Deus e o grito
dos pobres, dos pobres de sempre e dos novos pobres”. Os conservadores têm
urticária quando escutam ou leem essas palavras do Papa e acusam-no (por
enquanto nos bastidores) de “ressuscitar a Teologia da Libertação”.
O equilíbrio
de forças no interior da Igreja, fortemente impactado pela onda conservadora
dos últimos 35 anos, parece manter Francisco em relativo isolamento na cúpula
católica. Num discurso sem precedentes diante da Cúria romana em um tradicional encontro de
Natal, em 22 de dezembro de 2014, ele investiu frontalmente contra o espírito
da hierarquia diante de cardeais e bispos entre constrangidos e indignados.
Nele, apontou o que chamou de “as 15 enfermidades” da Cúria, entre elas a de
“perder a capacidade de chorar com os que choram e se alegrar com os que se
alegram. É a enfermidade dos que perdem os ‘sentimentos de Jesus’, porque o seu
coração, com o passar do tempo, endurece-se e torna-se incapaz de amar
incondicionalmente o Pai e o próximo”.
De lá para cá,
alguma água passou por debaixo da ponte e, segundo seus aliados e alguns
vaticanistas, Francisco está, aos poucos, modificando o perfil
da Igreja. É o que diz dom Cláudio Hummes, o cardeal brasileiro que
se tornou conhecido mundialmente pelo fato de, estando ao lado do Papa no exato
momento de sua eleição, cumprimentá-lo sussurrando em seu ouvido uma frase que
inspirou Bergoglio a escolher o nome de Francisco: “Não se esqueça dos pobres”.
Hummes assegura que a imensa maioria dos
cardeais está ao lado do Papa: “Sem querer relativizar este fato, são quatro
cardeais. E na Igreja somos mais de 200. Sem querer relativizar demasiadamente,
são quatro de um grupo enorme que está dando todo o seu apoio ao Papa”.
Francisco tem atacado com contundência o
clericalismo (a doutrina que estrutura e organiza em boa medida o pensamento
conservador na Igreja) e seguidamente compara os clérigos católicos (padres,
bispos e cardeais) e leigos poderosos nas estruturas eclesiais aos chefes
religiosos que perseguiram Jesus até sua morte.
O combate ao
clericalismo está na origem do atual papado: foi o centro do discurso do então
cardeal Bergoglio no colégio de cardeais reunidos para a
sucessão de Bento XVI,
em 7 de março de 2013, seis dias antes de ser escolhido, e é considerado
decisivo para sua eleição. A contundência de Francisco é resultante de um mandato que recebeu
de seus eleitores, o que tornam arriscadas quaisquer previsões sobre o
equilíbrio de poder na Igreja.
Os movimentos
no tabuleiro da Igreja estão sendo pensados de olho no próximo Papa, pois Francisco, aos 80 anos, não terá
tempo para concluir suas reformas. Ele sabe disso e está redesenhando o colégio
eleitoral do próximo Papa com frieza e tirocínio típicos dos jesuítas. Para o
teólogo brasileiro César Kuzma, Francisco “não joga no escuro e nem mesmo faz
apostas para ver onde vai dar, ao contrário, ele sabe o que quer e sabe o que
deve buscar. Ele também sabe que não terá um Pontificado longo e que não terá
como resolver e mudar tudo.”
Por isso, ao
nomear 13 cardeais com direito a voto (menos de 80 anos de idade) em 19 de
novembro, ele é responsável por 1/3 do total de indicações do colégio de
cardeais com direito a voto neste momento (44 de um total de 121). Em três
rodadas de nomeações desde 2013, o Papa já conseguiu um feito memorável na
história da Igreja: acabou com a maioria europeia. São agora 54 cardeais do
Velho Continente contra 67 do resto do mundo. Espera-se mais uma ou duas
rodadas de nomeações à frente. Com isso, o cálculo e a esperança dos
conservadores para o próximo Papa pode estar em risco, o que explica a
radicalização da luta no interior da Igreja nas últimas semanas, com este
caráter de “guerra civil”.
A batalha no Brasil
A nomeação em
massa de bispos conservadores por João Paulo II e Bento XVImodificou
profundamente o perfil da Igreja no país. Se, mesmo nos anos 1970-80, quando a
Igreja era protagonista das causas populares no país, a hierarquia
apresentava-se dividida, na virada do século os conservadores passaram à
ofensiva.
Hoje, dois dos
expoentes do conservadorismo são os arcebispos de São Paulo, dom Odilo Pedro Scherer, exatamente o candidato
que procurou contrapor-se a Bergoglio,
e o do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta.
Ambos
lideraram a visita de uma comitiva de bispos a Michel Temer em 10 de novembro a pretexto de uma
audiência sobre a Rede Vida (emissora de TV católica) mas que se
tornou um ato de apoio à PEC do teto dos gastos e de bênção ao
governo, exatamente no dia da primeira votação da proposta que congelou os
gastos sociais no país.
O Rio
tornou-se uma espécie de quartel-general do segmento mais radicalizado da
direita eclesial, que se expressou com virulência durante o segundo turno da
eleição municipal na capital do Estado. Padres e membros da Cúria chegaram a
ameaçar de “excomunhão” os católicos que faziam campanha por Marcelo Freixo, do PSOL.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que se manteve calada
desde 2013, evitando confrontos com os conservadores, começou a se mover na
direção de Francisco nos últimos meses: divulgou notas
duras contra a PEC que corta os gastos sociais e a reforma do ensino médio. Seu presidente,
dom Sérgio da Rocha, arcebispo de Brasília, foi nomeado cardeal pelo Papa em 19
de novembro.
Segundo o
bispo belga dom André De Witte,
vice-presidente da Comissão Pastoral da Terra, a hierarquia no Brasil está
“silenciosa, mas não afastada” em relação ao Papa, que apoia as pastorais
sociais e movimentos de base. O bispo belga, no Brasil há 40 anos, afirma que
há de fato um novo modelo na administração da Igreja, uma mudança de paradigma
que apenas a Teologia da Libertação tinha ousado
antes de Francisco,
porque implica que os líderes eclesiásticos (dos padres aos bispos, cardeais e
até o Papa) abram mão de seus poderes e assumam uma relação direta com os
católicos e católicas. Os cristãos católicos no Brasil e no mundo finalmente
são convidados pela Igreja, no Papado de Francisco,
a ingressarem na idade adulta.
Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
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