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domingo, 29 de outubro de 2017

30º Domingo do Tempo Comum: Fiquei pensando...


Comentário do Frei Petrônio de Miranda, Padre Carmelita e jornalista, Rio de Janeiro.

Fiquei pensando...

Fiquei... Pensando nos corruptos da Lava Jato- todos, ou 99, 9 % são cristãos- Como é possível alguém dizer que segue o amor de Jesus e desvia bilhões dos pobres? Quantos estão padecendo nos hospitais ou em suas casas vítimas dos desvios das verbas da saúde? No Rio de Janeiro, várias crianças foram vítimas das balas perdidas. Enquanto o Gedel Vieira Lima- Cristão- “guardava” mais de 50 milhões em seu apartamento, no sertão baiano diversas famílias não tem o precioso líquido, a água. É possível seguir o Cristo e seu amor e deixando o povo padecer?
Fiquei... Pensando nos moradores de rua das grandes cidades. Ontem estive na Praça da Sé, São Paulo. Lá tem a maior concentração de moradores e rua por metro quadrado. Onde resido, na Lapa, Rio de Janeiro, também se repete a mesma sena da Sé. Será que podemos falar do amor de Jesus e fingir que não existem homens e mulheres vivendo de uma maneira sub-humana? Que amor é esse?   
Fiquei pensando... Pensando nos refugiados e seus diversos campos- verdadeiros campos de concentração- onde crianças e anciões- as principais vítimas- morrem por não ter o básico para a sobrevivência. É possível falarmos em alto e bom som no amor do Nazareno sem voltar o nosso olhar para esta realidade que envergonha o mundo?
Fiquei pensando... Pensando nos milhares de desempregados no Brasil. Famílias que não tem mais o básico para sobreviver. Jovens sem perspectivas de futuros, sem sonhos e sem brilho nos olhos. Como podemos falar do amor de Jesus fechando os nossos olhos para esse Brasil real que os nossos governantes fingem não ver?
Fiquei pensando... Pensando nos novos escribas, sacerdotes, fariseus e doutores da lei de nossas igrejas que esquecem o fundamental da nossa espiritualidade: O AMOR. Muitas vezes tais “guardiões” da doutrina excluem aqueles que, por um motivo ou outro falharam, seja na vida conjugal, moral ou social. Será o Jesus-amor desses letrados o mesmo do Evangelho? Tenho absoluta certeza que não.
Fiquei pensando...             


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