“A vida do homem é tão complicada como a
ascensão numa parede de rocha, em que tudo é questão de sutil equilíbrio entre
os diversos movimentos. Mas quando se aprendeu os ritmos, a ascensão enche o
coração de alegria. De alegria, não de despreocupação, porque se sabe que um
erro mínimo pode levar ao precipício! A vida do homem é uma complicação
simples, na qual ele se simplifica recolhendo toda a própria existência como
dom.
Deus permanece assim o único adorado, contemplado,
amado, servido e tudo o mais é equilíbrio da subida onde a alegria do agir
ajuda a olhar para o alto e a tender para o único necessário”.
(Do Livro: A Mulher no seu povo: O
Caminho de Maria com os homens e mulheres de todos os tempos. Página 67).
*Cardeal
Carlo Maria Martini, Jesuíta, S.J. Memoriam. Ex- Arcebispo de Milão, líder da
corrente modernista defensora do chamado “espírito do Concílio Vaticano II”.
Morreu aos 85 anos, no 31 de agosto-2012, em Milão, Itália.
DADOS:
No fim de
1979, João Paulo II o nomeou arcebispo de Milão, a maior diocese da Europa, que
dirigiu por 22 anos.
Entre outras tomadas de posição,
criticou duramente em 2008 a encíclica "Humanae Vitae" do papa Paulo
VI, que rejeitava a contracepção, considerando que a Igreja se "afastou
muito das pessoas".
Sua opinião era muito ouvida dentro da
Igreja pela acuidade de suas análises e por seu humanismo, e denunciou "a
tentação" de alguns católicos de "se refugiar" em novos
movimentos da Igreja, fornecendo a eles um "valor absoluto" e transformando-os
em verdadeiras "ideologias".
Também denunciou as "novas
pestes" da sociedade, como a droga, e também a corrupção e a solidão.
Considerava que uma "evolução"
no âmbito do celibato dos sacerdotes era possível, sem que a Igreja de Roma
renunciasse inteiramente ao tema, o que teria "consequências mais
negativas que positivas".
Amigo pessoal de João Paulo II,
discordou dele em algumas questões, sobretudo morais. Trocou uma carta com o
escritor Umberto Eco sobre a fé.
Em 1999 "teve um sonho":
convocar um novo Concílio, um Vaticano III, porque achava que o Vaticano II
(1962/65) estava, de certa forma, obsoleto.
Em 2007 afirmou que não realizaria a
missa em latim, quando ela foi autorizada novamente pela Igreja sob o papado de
Bento XVI.
Antes de se aposentar, em julho de 2002,
à idade canônica de 75 anos, realizou seu sonho: ir a Jerusalém. Neste ano
também anunciou que sofria de Parkinson.
Voltou à Itália em 2008, onde se retirou
em uma casa de estudos jesuítas em Gallarate, no noroeste de Milão. Fonte: https://br.noticias.yahoo.com
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