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sábado, 6 de julho de 2013

07 DE JULHO-2013: 1º DIA DA NOVENA DE NOSSA SENHORA DO CARMO: Maria, mulher de fé.


            Que mulher extraordinária! A qual outra mulher a Bíblia se refere assim?Deus olhou Maria e encontrou graça naquela mulher. Deus conhecia Maria; conhecia seus pensamentos, seus sentimentos, suas emoções, e sua fé. Certamente, depois de analisa-la bastante, ele conclui que aquela seria a mulher ideal para ser a mãe de seu filho – o salvador do mundo. Dentre milhares de mulheres Deus escolheu Maria. Observando sua atitude diante de notícia tão maravilhosa quanto estranha, que o anjo lhe trazia, não é difícil concluir porque ela foi escolhida.
            Em Maria podemos encontrar fé e obediência (Lc 1,38). O anjo lhe anuncia sua gravidez mesmo sem ter conhecido homem algum. E ainda que o bebê seria o filho de Deus e ela acreditou, sem titubear, sem nenhuma sombra de dúvida! Diante desta incumbência tão singular, qual foi sua resposta? “Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua apalavra.” Ela não questionou nem reclamou. Como mulher, manateve-se em seu lugar, durante as dúvidas e incertezas de seu companheiro. Seu ser estava tão ligado ao ser de Deus que a fé sofrida e vivida lhe confirmava a certeza da vitória. E qual foi o segredo da fortaleza de Maria? O que sustentou em sua maternidade? A fé. Maria-mulher: Imaculada. Maria-mãe: plena de graça. A imaculada, a plena de graça, envolta do mistério de Deus. A união íntima com  esse Deus e a entrega total no sim da anunciação foram os impulsos que moveram a atitude interior da virgem-mãe.
            O CONCÍLIO Vaticano II Lúmen gentium no cap.VIII, afirmou que “Maria foi peregrina na fé”. Ao longo de seu itinerário terreno é possível dizer de sua entrega radical a Deus, embora sendo toda ela fruto da graça, é ao mesmo tempo obra da sua colaboração livre que presta ao projeto de Deus. “Assim também a bem aventurada Virgem na peregrinação da fé e manteve fielmente a sua união com o filho até a cruz, onde por desígnio divino esteve presente (cf Jô 19,25), sofrendo profundamente com seu unigênito e associando-se com ânimo materno ao sacrifício dele, amorosamente consentindo na imolação da vítima por ela gerada.”(Lg 58)
            Maria também é vista como modelo de fé da Igreja. O próprio texto da Lúmen gentium a apresenta como alguém inserido  no mistério da Igreja, de que é o membro mais excelente, é modelo sobretudo pela sua atitude de fé, de esperança e de caridade. Esta analogia entre Maria e a Igreja ´importante por causa do papel fundamental que a fé aí desempenha: Maria jamais teria podido tornar-se modelo da Igreja, a não ser pela fé que a guiou em cada instante da sua vida. Somente a fé tornou possível a sua maternidade virginal, que nos deu Cristo o verdadeiro Deus e verdadeiro homem ao mesmo tempo.
            Portanto, a fé de Maria foi fé “difícil”. Deus a incumbiu de uma grande missão. “Nela Deus fez grandes coisas” (cf. Lc 1,49), como também ela esteve a altura para cumprir tal tarefa.  Sua dificuldade em relação a fé refere-se tanto `a sua maternidade divina e virginal a um só tempo, quanto a sua capacidade de conviver permanentemente com o mistério.  A fé de Maria estava sempre provada porque estava disposta a recomeçar, nunca é definitiva. Sendo assim Maria sempre esteve numa atitude de abandono em face das imprevisibilidades sempre novas de Deus.
            “Maria é a mulher de fé, que reservou um lugar a Deus no seu coração, nos seus projetos, no seu corpo e na sua experiência de esposa e de mãe. Ela é a crente capaz de captar, na extraordinária vicissitude do filho, o advento da “plenitude dos tempos” (Gl4,4) em que Deus, escolhendo os caminhos simples da existência humana, decidiu comprometer-se pessoalmente na obra da salvação.

            “A fé leva a virgem Santíssima a percorrer veredas desconhecidas e imprevissíveis, continuando a conservar tudo no seu coração, ou seja, na intimidade do seu espírito, para corresponder com renovada adesão a Deus e ao seu desígnio de amor.” (João Paulo II).

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