São João da Cruz, Carmelita.
Numa noite escura,
Ansiosa, ardente de amor,
Ó, feliz ventura!
Sai sem ser vista,
Estando minha alma sossegada.
Na escuridão e em segurança,
Pela secreta escada disfarçada,
Ó, feliz ventura!
Na escuridão e às ocultas,
Estando minha morada sossegada.
Na noite ditosa,
Em segredo ninguém me via,
Não vendo outra coisa,
Sem outro guia nem luz
Que aquele que em meu coração
brilhava.
Esta me guiava
Mais segura que a do meio dia,
Lá onde me esperava
Quem eu bem sabia
Em lugar o qual ninguém aparecia.
Ó noite que me guiastes,
Ó noite mais amável que a aurora!
Ó noite que reuniste
O Amado com a amada
A amada no Amado transformada!
Que bela poesia!
ResponderExcluirParece remeter à conversão de alguma santa da antiguidade - como Santa Clara, ao encaminhar-se para a ordem franciscana.
Talvez tantas outras santas tenham tido uma conversão similar.