No
último sábado 05, o bispo da cidade de Estância, Dom Marco Eugênio Galrão,
divulgou nota com esclarecimento sobre dois casos polêmicos ocorridos na
Diocese de Estância no ano de 2012. O primeiro foi o caso do diácono Rafael dos
Santos que, no último mês de abril, foi alvo de denúncias, dando conta que
mantinha “relacionamento” com menores de 18 anos de idade. Por essa razão, foi
afastado da ordem e acabou vindo a óbito após ingerir altas doses de
medicamentos. O segundo foi o caso do Padre José Ribeiro da Costa que,em
outubro passado, dentre outras coisas, foi acusado de adquirir um carro modelo
Hilux, em seu nome, com o dinheiro da paróquia e, por consequência, foi
afastado das suas atividades sacerdotais.
A
polêmica e a comoção generalizada que se ocasionaram após os dois casos levaram
a Diocese de Estância a publicar os esclarecimentos. “A Diocese divulgou essa
nota com o objetivo de esclarecer os fatos, para que não reste mal entendido
algum sobre as atitudes tomadas em relação a esses dois casos”, afirmou o Bispo
Marco Eugênio.
De
acordo com ele, ambos os acusados além de não se defenderem das acusaçãoes,
também as assumiram, quando questionados pela Diocese. Consta na nota,
inclusive, que no caso do diácono Rafael, após o seu afastamento, seguiram-se
outras denúncias da mesma natureza em Estância (vizinhos, colegas e conhecidos)
e em Boquim. “Comuniquei-lhe que, por prudência, seria suspensa ‘sine die’ a
sua ordenação, até que fosse feita a apuração objetiva dos fatos e, se
comprovados, isso inviabilizaria a sua ordenação sacerdotal”, explicou o Bispo
na nota.
Ainda
segundo o comunicado, o Padre Ribeiro, por sua vez, apresentou Carta de
Renúncia após conversar com um amigo do Conselho Presbiterial, onde dizia:
“depois de ponderar todas as coisas diante do Senhor, sumo e terno Sacerdote,
pelo bem dos fieis da Paróquia de Nossa Senhora de Guadalupe, em sinal de
profunda contrição, livre e espontaneamente renuncio ao ofício eclesiástico de
Pároco de Nossa Senhora de Guadalupe na cidade de Estância/SE, apresentando,
como causa justa proporcionada, a necessidade de um tratamento adequado para
melhor desempenhar o seu múnus de pároco”.
O
Bispo Marco Eugênio Galrão também se referiu ao problema encontrado quanto às
contas bancárias que havia em nome da Diocese, não assinadas pelo seu
representante legal, sem procuração do mesmo e sem prestação dos gastos das
contas. “Qualquer atentado contra a vida, contra a castidade, contra a
dignidade humana jamais pode ser defendida por um padre, mesmo que se trate de um
amigo ou parente. A cumplicidade no erro nãoé caridade”, afirmou o Bispo, na
nota de esclarecimento.
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