“Os homossexuais são um perigo para a unidade da
família e
Uma afronta à família; são o inimigo das mulheres e da
criação”,
Afirmava.Simón-Victor Tonyé Bakot
Após
ter decapitado a Igreja da Eslovênia por razões semelhantes, o Papa também
tirou o líder religioso católico de Camarões, o arcebispo da capital, Yaoundé,
Simón-Victor Tonyé Bakot (na foto), de 66 anos. A Rádio Vaticano informou, há
alguns dias, que, de acordo com a imprensa desse país, o arcebispo estava
envolvido em “numerosas operações imobiliárias” que parte do clero e dos fiéis
considerava ser em proveito pessoal de Mons. Tonyé. A reportagem está publicada
no sítio espanhol Religión Digital, 08-08-2013. A tradução é de André Langer.
A
decisão do Papa argentino tem a data de 29 de julho, dia em que Jorge Bergoglio
“aceitou a renúncia” que obrigou o chefe da Igreja de Camarões a apresentar,
como estabelece o Código de Direito Canônico quando existem “razões graves”. A
Santa Sé não explicou oficialmente as razões da renúncia forçada do alto
prelado africano.
Na
semana passada, Francisco havia feito “renunciar” os principais arcebispos da
Eslovênia, de Liubliana e Maribor, após um longo escândalo pelas manobras na
diocese de Maribor, que terminou em bancarrota devido a um “crack” financeiro
estimado em quase um bilhão de dólares.
No
caso camaronês, o importante semanário Jeune Afrique, editado em Paris,
assinalou que a arquidiocese da capital, Yaoundé, possui “o maior patrimônio
imobiliário do país depois do Estado, mas também tem grandes problemas de
endividamento.
A
Igreja de Camarões possui também terras e imóveis fora da capital. 53% de seus
20 milhões de habitantes são cristãos e 38% são católicos. No país da África
Equatorial, que obteve certo progresso econômico e social, existem mais de 200
etnias. Os conflitos étnicos também colocaram em apuros o arcebispo Tonyé
Bakot, que, segundo muitos fiéis e uma parte do clero, havia exasperado os
enfrentamentos com suas posições taxativas nas questões étnicas.
Embora
as razões da renúncia não se tornassem públicas, o fato certo é que
Simon-Victor Tonyé Bakot havia se convertido em um personagem incômodo para a
Igreja católica, e não somente por suas agressivas declarações homofóbicas. As
dúvidas sobre sua administração econômica, que havia produzido uma gigantesca
dívida (a Igreja católica em Camarões é possuidora, segundo o Jeune Afrique, do
segundo maior patrimônio imobiliário do país, depois do próprio Estado),
parecem ter jogado um papel determinante na renúncia do arcebispo, que conta
com apenas 66 anos.
Além
de sua obscura administração dos bens econômicos, o arcebispo camaronês era
abertamente homofóbico. “O sexo gay é a causa do desemprego dos jovens, já que
os jovens que se negam a ter relações homossexuais com funcionários do governo
não conseguem trabalho”, assinalava o então arcebispo Victor Bakot.
“Os
homossexuais são um perigo para a unidade da família e uma afronta à família;
são o inimigo das mulheres e da criação”, afirmava.
Fonte:
http://www.ihu.unisinos.br/
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