(Antologia dos
Escritos - ed. Rogate p.127-128
"Vivemos num mundo, onde até
mesmo o amor é condenado e visto como fraqueza, que deve ser banida. «Nada de
amor - dizem -e sim desenvolvimento da força. Cada pessoa procure ser o mais
forte possível; morram os fracos!» E até dizem: «O Cristianismo, com a sua
mensagem do amor, já teve o seu tempo e deve ser substituído pela antiga
potência germânica».
Oh! Sim! Vêm até vós com estas
doutrinas e acham gente que as escutam com gosto. O amor é negado! São
Francisco de Assis diria: "O amor não é amado!" e, alguns séculos
mais tarde, em Florença, Santa Maria Madalena de' Pazzi num êxtase tocava os
sinos do Mosteiro das Carmelitas e dizia: «Como é belo o amor!»
Ah! Como gostaria de fazer soar os
sinos do mundo para proclamar: «Como é belo o amor!»
Embora o neopaganismo não deseje
mais o amor, nós, fiéis à memória da História, com o amor venceremos este paganismo
e não abdicaremos do nosso amor. O amor far-nos-á conquistar novamente o
coração dos novos pagãos. A natureza está acima da teoria. Que seja rejeitada e
condenada, chamada de fraqueza a doutrina sobre o amor, a prática da vida,
porém, demonstrará novamente que o amor é uma força vencedora, que há de
reconquistar o coração dos homens. “Olha como eles se amam!” Esta frase dos pagãos a respeito dos
cristãos, os neopagãos haverão de repeti-la a nosso respeito. Assim venceremos
o mundo".