A Liturgia de hoje
celebra a Solenidade da Assunção de Nossa Senhora ao Céu. Nesta ocasião, Papa
Francisco deixou, nesta manhã, a Casa Santa Marta, no Vaticano, para ir a Castel
Gandolfo, perto de Roma, para celebrar a Santa Missa e a oração do Ângelus, na
Praça da Liberdade, diante da residência de Verão dos Papas.
Durante a Santa Missa, o Pontífice pronunciou sua homilia, recordando, inicialmente, uma das belas expressões do Concílio Vaticano II sobre Maria Santíssima: “A Virgem Imaculada, preservada e imune de toda mancha da culpa original, após o curso da sua vida terrena, foi elevada em corpo e alma à glória celeste. Assim, o Senhor a exaltou como Rainha do Universo”.
Durante a Santa Missa, o Pontífice pronunciou sua homilia, recordando, inicialmente, uma das belas expressões do Concílio Vaticano II sobre Maria Santíssima: “A Virgem Imaculada, preservada e imune de toda mancha da culpa original, após o curso da sua vida terrena, foi elevada em corpo e alma à glória celeste. Assim, o Senhor a exaltou como Rainha do Universo”.
O Papa recordou
ainda outra expressão do Concílio Vaticano II a figura de Nossa Senhora: “A Mãe
de Jesus, no céu, é glorificada em corpo e alma; ela é a imagem das primícias
da Igreja, que terá seu cumprimento futuro; da mesma forma, na terra, ela
brilha como sinal de segura esperança e de consolação para o Povo de Deus a
caminho, enquanto vier o dia do Senhor”.
À luz deste lindo
ícone de Nossa Senhora, disse o Papa, podemos considerar a mensagem contida nas
Leituras bíblicas da Liturgia de hoje, concentrando-nos em três
palavras-chaves: “luta, ressurreição, esperança”. E, tomando o trecho do
Apocalipse, que apresenta a visão da “luta” entre uma mulher e o dragão, o Papa
explicou:
“A figura da mulher, que representa a Igreja, é, por um lado, gloriosa e triunfante; e, de outro, representa inquietação. De fato, a Igreja é assim: no Céu, ela é associada à glória do seu Senhor; na história, ela passa, continuamente, por provações e desafios, que comportam o conflito entre Deus e o maligno, o inimigo de sempre”.
“A figura da mulher, que representa a Igreja, é, por um lado, gloriosa e triunfante; e, de outro, representa inquietação. De fato, a Igreja é assim: no Céu, ela é associada à glória do seu Senhor; na história, ela passa, continuamente, por provações e desafios, que comportam o conflito entre Deus e o maligno, o inimigo de sempre”.
Nesta luta, que os
discípulos deviam enfrentar, Maria não os deixa sozinhos; a Mãe de Cristo e da
Igreja está sempre conosco. Também Maria, em certo sentido, compartilha desta
dúplice condição. Mas, depois, Ela entra para sempre na glória celeste. E o
Papa esclareceu:
“Isto não
significa que ela está distante de nós, que esteja separada de nós. Não. Maria
nos acompanha, luta conosco; ela ampara os cristãos no combate contra as forças
do mal. A oração, com Maria, em particular o rosário, também tem esta dimensão
“agonística”, ou seja, de luta: uma oração que sustenta na batalha contra o
maligno e os seus cúmplices”.
Depois, o Santo
Padre passou a interpretar a segunda palavra-chave da liturgia de hoje: a
“ressurreição”. O Apóstolo Paulo, ao escrever aos Coríntios, insiste: “Ser
cristão significa crer que Cristo ressuscitou verdadeiramente dos mortos”. Toda
a nossa fé baseia-se nesta verdade fundamental, que não é uma ideia, mas um
evento. Neste sentido, o Papa disse que o mistério da Assunção de Maria, em
corpo e alma, está todo inscrito na Ressurreição de Cristo:
“A humanidade da
Mãe foi atraída pelo Filho, na sua passagem pela morte. Jesus entrou, uma vez
por todas, na vida eterna, com toda a humanidade que havia recebido de Maria.
Assim ela, como Mãe, O acompanhou fielmente por toda a vida, com o seu coração
e, com Ele, entrou para a vida eterna, que também chamamos de Céu, Paraíso,
Casa do Pai”.
A seguir, o
Pontífice recordou que Maria também passou pelo martírio da Cruz: ela viveu, na
alma, a Paixão do seu Filho, até o fim. Ela esteve plenamente unida a Ele na
morte. Por isso, foi-lhe dado o dom da ressurreição. Cristo tem a primazia
entre os ressuscitados e Maria entre os redimidos, a primeira entre “aqueles
que são de Cristo”. Por fim, o Papa interpretou a terceira palavra-chave da
Liturgia de hoje: a “esperança”:
“Esperança é a virtude de quem, ao passar pelo conflito, pela luta diária, entre a vida e a morte, entre o bem e o mal, acredita na Ressurreição de Cristo, na vitória do Amor. O Magnificat é o canto da esperança, o canto do Povo de Deus, que caminha na história. Este é o canto de tantos santos e santas, alguns famosos e outros, muitíssimos outros, ignorados, mas bem conhecidos por Deus”.
“Esperança é a virtude de quem, ao passar pelo conflito, pela luta diária, entre a vida e a morte, entre o bem e o mal, acredita na Ressurreição de Cristo, na vitória do Amor. O Magnificat é o canto da esperança, o canto do Povo de Deus, que caminha na história. Este é o canto de tantos santos e santas, alguns famosos e outros, muitíssimos outros, ignorados, mas bem conhecidos por Deus”.
Entre todos esses
santos ignorados, Papa Francisco recordou, as mães, os pais, os catequistas, os
missionários, os padres, as freiras, os jovens e até as crianças, que lutaram
na vida, levando no coração a esperança dos pequeninos e dos humildes. Hoje, a
Igreja canta o Magnificat em todos os cantos da terra.
Este canto, frisou
o Santo Padre, torna-se mais intenso onde o Corpo de Cristo, ainda hoje, padece
a Paixão. Mas, Maria também está ali, ao lado das comunidades e, com elas,
entoa o seu “canto da esperança”.
O Bispo de Roma
concluiu a sua homilia, exortando os fiéis presentes em Castel Gandolfo a “se
unirem, com todo o coração, a este canto de paciência e vitória, de luta e
alegria, que une a Igreja triunfante à peregrina, a terra ao Céu, a história à
eternidade”.
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