Ativistas
anti-armas nucleares Michael Walli, 64 (esq.), irmã Megan Rice, 83, e Greg
Boertje-Obed, 56, chegam nesta segunda-feira (6) para seu julgamento em
Knoxville, Tennessee
Um
freira católica de 83 anos e dois ativistas foram condenados nesta quarta-feira
pela Justiça dos EUA, pelos danos causados durante uma invasão a uma planta
nuclear.
A
irmã Megan Rice e os ativistas Michael Walli, 64, e Greg Boertje-Obed, 56,
admitiram terem cortado a cerca e entrado na planta Y-12, em Oak Ridge, no
estado americano de Tennessee, que processa e armazena urânio enriquecido,
usado para bombas nucleares.
O
incidente, ocorrido em julho de 2012, desencadeou mudanças nos planos de
segurança do local.
A
sentença dos três condenados ainda não foi definida, mas pode chegar a até 20
anos de prisão, por sabotagem à usina.
Mas
advogados de defesa dizem que os ativistas realizaram apenas um protesto
simbólico e não prejudicaram o funcionamento da planta.
Megan
Rice disse não se arrepender de seu ato. "Meu arrependimento é ter
esperado 70 anos (para fazê-lo)", disse à imprensa local. "(A planta)
causa apenas morte."
Ao
ouvir a condenação perante a Corte, Rice levantou-se e sorriu. Seus
simpatizantes choraram e cantaram músicas de protesto.
Segurança
O
trio admitiu perante a Justiça ter invadido a planta nuclear, caminhado pelo
local, grafitado palavras de ordem e destruído uma parede com um martelo. Eles
passaram duas horas lá dentro. Os danos teriam sido de US$ 8,5 mil (R$ 17 mil),
pelo fato de as operações da planta terem sido supostamente afetadas.
Depois
do incidente, o Congresso americano e o Departamento de Energia investigaram a
segurança do local e identificaram "amostras de inaptidão".
A
empresa que cuidava da segurança do local foi substituída. "Somos uma nação de leis", declarou
ao júri o promotor Jeffrey Theodore. "Você não pode tomar a lei em suas
mãos e forçar suas opiniões sobre as demais pessoas."
Ao
mesmo tempo, autoridades admitiram que os três manifestantes nunca chegaram
perto do material nuclear presente em Y-12.
O
advogado de defesa Francis Lloyd diz que seus clientes foram "bodes
expiatórios", punidos por conta das falhas de segurança encontradas na
usina.
Em
declaração à corte, Boertje-Obed disse que "armas nucleares não oferecem
segurança. Nossas ações (ao invadir o local) estavam oferecendo segurança real
e expondo a falsa segurança".
Fonte:
www.uol.com.br
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