INSTITUTUM CARMELITANUM- Comissão
Internacional Carisma e Espiritualidade.
NAS SENDAS DO CARMELO - PROGRAMAS
FORMATIVOS. N. 5
«Os
grandes místicos carmelitanos entenderam a experiência de Deus na própria vida
como um “caminho de perfeição” (Santa Teresa de Jesus), como uma “subida do
monte Carmelo” (São João da Cruz).
Neste
itinerário está presente Maria. Ela - invocada pelos Carmelitas como Mãe,
Padroeira e Irmã - torna-se, enquanto Virgem puríssima, modelo do
contemplativo, sensível à escuta e à meditação da Palavra de Deus e obediente à
vontade do Pai, por meio de Cristo no Espírito Santo.
Por
isto no Carmelo, e em toda a alma profundamente carmelitana, floresce uma vida
de intensa com
OBSERVAÇÕES GERAIS
1-
Nossa vida carmelitana, como parte integrante da vida da Igreja, é eminentemente
cristocêntrica, tendo desenvolvido a esta luz a sua dimensão mariana, ainda
que, em alguns lugares ou épocas, tenham sido cultivadas práticas que não
evidenciavam tal aspecto.
2-Para
garantir uma formação mariana sólida e esclarecida, será conveniente dar aos
noviços uma visão global da forma como Maria foi e é compreendida no Carmelo.
Será para o formador também uma boa oportunidade de ‘“volta às fontes”, pois
irá compreendendo sempre mais o que em cada tempo foi essencial, inspirativo,
válido e o que foi cultural, limitado ao tempo e específico a uma época ou
região. O mesmo deverá fazer sobre as atuais tendências da visão mariana da
Ordem, no contexto eclesial pós Vaticano II.
3-O
assunto deverá ser enfrentado com “calor” e não friamente. Não se trata de
fazer “obra de arqueologia mariana” mas de compreender a experiência vital das
gerações passadas: redescobrir o passado como fonte de enriquecimento,
“remarcar” os valores que estão enfraquecidos, tantas vezes porque não sabemos
receber e usar a herança que nos legaram nossos irmãos.
4-Não
enfrentar o conteúdo a partir de conotações morais ou psicológicas, geradoras
de “clichês” e preconceitos, mas dispor-se a ver a mariologia na experiência do
Carmelo. Ela é como uma mina de valores onde podemos garimpar para maior
compreensão da dimensão mariana da nossa vida carmelitana. Lembrar-se de que
cada aspecto que se vai estudar antes de se tornar história foi e deve ser
“experiência imediata pessoal”. Por isto o estudo deve ser feito em espírito de
comunhão com os irmãos do passado e do presente que nos oferecem o que para
eles é um bem precioso.
5-Para
tal a atitude prévia que o mestre deverá suscitar nos noviços é a de respeito
aos irmãos que caminharam à nossa frente e foram fiéis a seu tempo, bem como
também aos que caminham hoje junto com Maria. Com eles, além de redescobrirmos
nossas fontes e seus tesouros, vamos aprender a fidelidade dinâmica à nossa
dimensão mariana, para enriquecê-la com nossa contribuição no presente, rumo ao
futuro.
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