Segunda-feira, 25 de fevereiro-2019. 7ª SEMANA DO TEMPO COMUM-C.
Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.
1) Oração
Concedei, ó Deus todo-poderoso, que, procurando
conhecer sempre o que é reto, realizemos vossa vontade em nossas palavras e
ações. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito
Santo.
2) Leitura do Evangelho (Marcos 9, 14-29)
Naquele tempo, 14descendo
Jesus do monte com Pedro, Tiago e João e chegando perto dos outros discípulos,
viram que estavam rodeados por uma grande multidão, e os escribas a discutir
com eles. 15Todo aquele
povo, vendo de surpresa Jesus, acorreu a ele para saudá-lo. 16Ele lhes perguntou: Que
estais discutindo com eles? 17Respondeu
um homem dentre a multidão: Mestre, eu te trouxe meu filho, que tem um espírito
mudo. 18Este, onde quer
que o apanhe, lança-o por terra e ele espuma, range os dentes e fica endurecido.
Roguei a teus discípulos que o expelissem, mas não o puderam. 19Respondeu-lhes Jesus: Ó
geração incrédula, até quando estarei convosco? Até quando vos hei de aturar?
Trazei-mo cá! 20Eles lho
trouxeram. Assim que o menino avistou Jesus, o espírito o agitou fortemente.
Caiu por terra e revolvia-se espumando. 21Jesus
perguntou ao pai: Há quanto tempo lhe acontece isto? Desde a infância,
respondeu-lhe. 22E o tem
lançado muitas vezes ao fogo e à água, para o matar. Se tu, porém, podes alguma
coisa, ajuda-nos, compadece-te de nós! 23Disse-lhe
Jesus: Se podes alguma coisa!... Tudo é possível ao que crê. 24Imediatamente exclamou o
pai do menino: Creio! Vem em socorro à minha falta de fé! 25Vendo Jesus que o povo afluía, intimou o espírito
imundo e disse-lhe: Espírito mudo e surdo, eu te ordeno: sai deste menino e não
tornes a entrar nele. 26E,
gritando e maltratando-o extremamente, saiu. O menino ficou como morto, de modo
que muitos diziam: Morreu. 27Jesus,
porém, tomando-o pela mão, ergueu-o e ele levantou-se. 28Depois de entrar em casa, os seus discípulos
perguntaram-lhe em particular: Por que não pudemos nós expeli-lo? 29. Ele disse-lhes: Esta
espécie de demônios não se pode expulsar senão pela oração.
3) Reflexão Mc
9,14-29
* O evangelho de hoje informa que os discípulos
de Jesus não foram capazes de expulsar o demônio do corpo de um menino. O poder
do mal foi maior do que a capacidade deles. Hoje também, há muitos males que
são maiores do que a nossa capacidade de enfrentá-los: violência, drogas, guerra,
doenças, desemprego, terrorismo, etc. Fazemos um grande esforço, mas ao que
parece, em vez de melhorar, parece que o mundo fica até pior. Adianta lutar?
Com esta pergunta na cabeça vamos ler e meditar o evangelho de hoje.
* Marcos
9,14-22: A situação do povo: desespero sem solução.
Na descida da montanha da Transfiguração,
Jesus encontrou muita gente ao redor dos discípulos. Um pai estava desesperado,
pois um espírito mudo tinha tomado conta do filho. Com muitos detalhes Marcos descreve a situação do menino possesso, a
angústia do pai, a incapacidade dos discípulos e a reação de Jesus. O que mais
chama atenção são duas coisas: de um lado, a confusão e a impotência do povo e
dos discípulos diante do fenômeno da possessão e, do outro lado, o poder de
Jesus e o poder da fé em Jesus diante do qual o demônio perde toda a sua
influência. O pai tinha pedido aos discípulos para expulsar o demônio do menino, mas
eles não foram capazes. Jesus ficou impaciente e disse: “Até quando vou agüentar esta geração sem fé! Tragam o menino aqui!”.
Jesus pergunta a respeito da doença do menino. Pela resposta do pai, Jesus fica
sabendo que o menino, “desde pequeno”, tinha uma doença grave que o colocava em
perigo de vida. O pai pede: “Se o senhor
puder fazer alguma coisa, tenha pena de nós!” A frase do pai expressa a
situação bem real do povo: (1) tem a fé abalada, (2) está sem condições de
resolver os problemas, mas (3) tem muito boa vontade de acertar.
* Marcos
9,23-27: A resposta de Jesus: o caminho da fé.
O pai tinha
dito: “Se o senhor puder fazer alguma
coisa,....!” Jesus não gostou da afirmação: “Se o senhor puder...”.
Tal condição não podia ser colocada, pois “tudo
é possível a quem tem fé!” O pai responde: Eu creio, Senhor! Mas ajude a minha falta de fé! A resposta do pai
ocupa um lugar central neste episódio. Ela mostra como deve ser a atitude do
discípulo, da discípula, que, apesar de seus limites e dúvidas, quer ser fiel.
Vendo que vinha muita gente, Jesus agiu rápido. Ordenou ao espírito que saísse
do menino e não voltasse “nunca mais!”
Sinal do poder de Jesus sobre o mal. Sinal também de que Jesus não queria
propaganda populista.
* Marcos
9,28-29. Aprofundamento com os discípulos.
Em casa, os
discípulos querem saber porque não foram capazes de expulsar o demônio. Jesus
responde: Esta espécie de demônios só sai
com muita oração! Fé e oração andam juntas. Uma sem a outra não existe. Os
discípulos tinham piorado. Antes, eles tinham sido capazes de expulsar os
demônios (cf. Mc 6,7.13). Agora, já não conseguem mais. Faltou o que? Fé ou
oração? Por que faltou? São perguntas que saem do texto e entram na nossa
cabeça para que façamos, também nós, uma séria revisão da nossa vida.
* A expulsão dos demônios no evangelho de Marcos
No tempo de Jesus, muita gente falava em Satanás e em expulsão de
demônios. Havia muito medo, e havia pessoas que exploravam o medo do povo. O
poder do mal tinha muitos nomes: Demônio, Diabo, Belzebu, Príncipe dos
demônios, Satanás, Dragão, Dominações, Poderes, Potestades, Soberanias,
Besta-fera, Lúcifer, etc. (cf. Mc 3,22.23; Mt 4,1; Ap 12,9; Rm 8,38; Ef 1,21).
Hoje, entre nós, o poder do mal também tem muitos nomes. Basta consultar o
dicionário no verbete Diabo ou Demônio. Também hoje, muita gente
desonesta se enriquece, explorando o medo que o povo tem do demônio. Ora, um
dos objetivos da Boa Nova de Jesus é, precisamente, ajudar o povo a se libertar
deste medo. A chegada do Reino de Deus significa a chegada de um poder mais forte. O homem forte era uma imagem para designar o poder do mal que
mantinha o povo dentro da prisão do medo (Mc 3,27). O poder do mal oprime as
pessoas e as aliena de si. Faz com que vivam no medo e na morte (cf. Mc 5,2). É
um poder tão forte que ninguém consegue amarrá-lo (cf. Mc 5,4). O império
romano com suas “Legiões” (cf. Mc 5,9), isto é, com seus exércitos, era o
instrumento usado para manter esta situação de opressão. Mas Jesus é o homem mais forte que vence, amarra e
expulsa o poder do mal! Na carta aos Romanos, o apóstolo Paulo faz a enumeração
de todos os possíveis poderes ou demônios que poderiam ameaçar-nos, e resume
tudo da seguinte maneira: “Nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os
principados, nem o presente, nem o futuro, nem os poderes, nem a altura, nem a
profundeza, nem outra criatura qualquer! Nada nos pode separar do amor de Deus
que se manifestou em Cristo Jesus, nosso Senhor!” (Rm 8,38-39) Nada mesmo! E as
primeiras palavras de Jesus depois da ressurreição são estas: “Não fiquem
assustadas! Alegrem-se! Não tenham medo! A paz esteja com vocês!” (Mc 16,6; Mt
28,9.10; Lc 24,36; Jo 20,21).
4) Para um confronto pessoal
1) Você já viveu alguma vez uma experiência de
impotência diante do mal e da violência? Foi experiência só sua ou também da
comunidade? Como venceu e se reencontrou?
2) Qual a
espécie de poder do mal que, hoje, só sai com muita oração?
5) Oração final
A lei do
Senhor é perfeita, conforto para a alma; o testemunho
do Senhor é verdadeiro, torna sábios os pequenos. As
ordens do Senhor são justas, alegram o coração; os mandamentos
do Senhor são retos, iluminam os olhos.
(Sl 18, 8-9)
Terça-feira, 26 de fevereiro-2019. 7ª SEMANA DO TEMPO COMUM-C. Evangelho
do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.
1) Oração
Concedei, ó Deus
todo-poderoso, que, procurando conhecer sempre o que é reto, realizemos vossa
vontade em nossas palavras e ações. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho – (Marcos 9, 30-37)
Naquele tempo, 30Tendo
partido dali, atravessaram a Galiléia. Não queria, porém, que ninguém o
soubesse.31E ensinava os
seus discípulos: O Filho do homem será entregue nas mãos dos homens, e
matá-lo-ão; e ressuscitará três dias depois de sua morte.32Mas não entendiam estas palavras; e tinham medo de lho
perguntar.33Em seguida,
voltaram para Cafarnaum. Quando já estava em casa, Jesus perguntou-lhes: De que
faláveis pelo caminho?34Mas
eles calaram-se, porque pelo caminho haviam discutido entre si qual deles seria
o maior.35Sentando-se,
chamou os Doze e disse-lhes: Se alguém quer ser o primeiro, seja o último de
todos e o servo de todos.36E
tomando um menino, colocou-o no meio deles; abraçou-o e disse-lhes:37Todo o que recebe um
destes meninos em meu nome, a mim é que recebe; e todo o que recebe a mim, não
me recebe, mas aquele que me enviou.
3) Reflexão Mc 9,30-37
* O evangelho de hoje traz o
segundo anúncio da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus. Como no primeiro
anúncio (Mc 8,27-38), os discípulos ficam espantados e com medo. Não entendem a
palavra sobre a cruz, porque não são capazes de entender nem de aceitar um
Messias que se faz empregado e servidor dos irmãos. Eles continuam sonhando com
um messias glorioso e mostram, além
disso, uma grande incoerência. Enquanto Jesus anuncia a sua Paixão e Morte,
eles discutem entre si quem deles é o maior. Jesus quer servir, eles só pensam
em mandar! A ambição os leva a se auto-promover às custas de Jesus. Até hoje,
aqui e acolá, o mesmo desejo de auto-promoção aparece nas nossas comunidades.
* Tanto na época de Jesus como na
época de Marcos, havia o “fermento” da ideologia dominante. Também hoje, a
ideologia das propagandas do comércio, do consumismo, das novelas influi
profundamente no modo de pensar e de agir do povo. Na época de Marcos, nem
sempre as comunidades eram capazes de manter uma atitude crítica frente à
invasão da ideologia do império romano. E hoje?
* Marcos
9,30-32: O anúncio da Cruz.
Jesus caminha através da Galiléia, mas não quer que o povo o saiba, pois
está ocupado com a formação dos discípulos e discípulas, e conversa com eles
sobre a Cruz. Ele diz que, conforme a profecia de Isaías (Is 53,1-10), o Filho
do Homem deve ser entregue e morto. Isto mostra como Jesus se orientava pela
Bíblia, tanto na realização da sua própria missão, como na formação dada aos
discípulos. Ele tirava o seu ensinamento das profecias. Como no primeiro
anúncio (Mc 8,32), os discípulos o escutam, mas não entendem a palavra sobre a
cruz. Mesmo assim, não pedem esclarecimento. Eles têm medo de deixar
transparecer sua ignorância!
* Marcos
9,33-34: A mentalidade de competição.
Chegando em casa, Jesus pergunta: “Sobre
que vocês estavam discutindo no caminho?” Eles não respondem. É o silêncio
de quem se sente culpado, “pois pelo
caminho discutiam sobre quem deles era o maior”. Jesus é bom pedagogo. Não
intervém logo. Ele sabe aguardar o momento oportuno para combater a influência
da ideologia nos seus formandos. A mentalidade de competição e de prestígio,
que caracterizava a sociedade do Império Romano, já se infiltrava na pequena
comunidade que estava apenas começando! Aqui aparece o contraste, a
incoerência: enquanto Jesus se preocupa em ser o Messias Servidor, eles só
pensam em ser o maior. Jesus procura descer. Eles querem subir!
* Marcos
9,35-37: Servir, em vez de mandar.
A resposta de Jesus é um resumo do testemunho de vida que ele mesmo
vinha dando desde o começo: Quem quer ser
o primeiro seja o último de todos, o servidor de todos! Pois o último não
ganha prêmio nem recompensa. É um servo inútil (cf. Lc 17,10). O poder deve ser
usado não para subir e dominar, mas para descer e servir. Este é o ponto em que
Jesus mais insistia e em que mais deu o seu próprio testemunho (cf. Mc 10,45;
Mt 20,28; Jo 13,1-16). Em seguida, Jesus coloca uma criança no meio deles. Uma
pessoa que só pensa em subir e dominar, não daria tão grande atenção aos
pequenos e às crianças. Mas Jesus inverte tudo!
Ele diz: Quem receber uma destas
crianças em meu nome é a mim que recebe. Quem recebe a mim recebe aquele que me
enviou! Ele se identifica com as crianças. Quem acolhe os pequenos em nome
de Jesus, acolhe o próprio Deus!
* Não é pelo fato de uma pessoa “seguir Jesus” que ela já é santa e
renovada. No meio dos discípulos, cada vez de novo, o “fermento de Herodes e
dos fariseus” (Mc 8,15) levantava a cabeça. No episódio do
evangelho de hoje, Jesus aparece como o mestre que forma os seus seguidores. "Seguir" era um termo que
fazia parte do sistema educativo da época. Era usado para indicar o
relacionamento entre o discípulo e o mestre. O relacionamento mestre-discípulo
é diferente do relacionamento professor-aluno. Os alunos assistem às aulas do
professor sobre uma determinada matéria. Os discípulos "seguem" o
mestre e convivem com ele, vinte e quatro horas por dia. Foi nesta
"convivência" de três anos com Jesus, que os discípulos e as
discípulas receberam a sua formação. O Evangelho de amanhã nos dará um outro exemplo
muito concreto de como Jesus formava seus discípulos.
4) Para um confronto pessoal
1) Jesus quer descer e servir. Os discípulos querem
subir e dominar. E eu? Qual a motivação mais profundo do meu “eu” desconhecido?
2) Seguir Jesus e estar com ele, vinte e quatro horas
por dia, e deixar que o seu modo de viver se torne o meu modo de viver e de
conviver. Isto está acontecendo em mim?
5) Oração final
Prestai ouvidos, ó Deus, à
minha oração, não vos furteis à minha súplica;
Escutai-me e atendei-me. (Sl
54, 2-3a)
Quarta-feira, 27 de fevereiro-2019. 7ª SEMANA DO TEMPO COMUM-C.
Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.
1) Oração
Concedei, ó Deus
todo-poderoso, que, procurando conhecer sempre o que é reto, realizemos vossa
vontade em nossas palavras e ações. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho – (Marcos 9, 38-40)
Naquele tempo, 38João
disse a Jesus: Mestre, vimos alguém, que não nos segue, expulsar demônios em
teu nome, e lho proibimos. 39Jesus,
porém, disse-lhe: Não lho proibais, porque não há ninguém que faça um prodígio
em meu nome e em seguida possa falar mal de mim.40Pois quem não é contra nós, é a nosso favor.
3) Reflexão Marco 9,38-40
* O evangelho de hoje traz um
exemplo muito bonito e atual da pedagogia de Jesus. Mostra como ele ajudava
seus discípulos a perceber e a superar o “fermento dos fariseus e de Herodes”.
* Marcos
9,38-40: A mentalidade do fechamento: “ele não anda conosco”.
Alguém que não
era da comunidade usava o nome de Jesus para expulsar os demônios. João, o
discípulo, vê e proíbe: Impedimos, porque
ele não anda conosco. Em nome da comunidade ele impede que o outro possa
fazer uma ação boa! Por ser discípulo, ele pensa ter o monopólio sobre Jesus e,
por isso, quer proibir que outros usem o nome de Jesus para realizar o bem. Era
a mentalidade fechada e antiga de “Povo eleito, Povo separado!”. Jesus responde: "Não
lhe proíbam, pois ninguém faz um milagre em meu nome e depois pode falar mal de
mim. Quem não está contra nós, está a nosso favor”. (Mc 9,40).
Dificilmente você pode encontrar uma afirmação mais ecumênica do que esta
afirmação de Jesus. Para Jesus, o que importa não é se a pessoa faz ou não faz
parte da comunidade, mas sim se ela faz ou não o bem que a comunidade deve
realizar.
* Um retrato de Jesus como formador dos seus
discípulos
Jesus, o Mestre, é o eixo, o centro e o modelo da
formação dada aos discípulos. Pelas suas atitudes, ele é uma amostra do Reino,
encarna o amor de Deus e o revela (Mc 6,31; Mt 10,30; Lc 15,11-32). Muitos
pequenos gestos refletem este testemunho de vida com que Jesus marcava presença
na vida dos discípulos e das discípulas, preparando-os para a vida e a missão. Era
a sua maneira de dar forma humana à experiência que ele mesmo tinha de Deus
como Pai. Eis um retrato de Jesus como formador dos seus discípulos:
* ele os envolve na missão (Mc 6,7; Lc 9,1-2;10,1),
* na volta, faz revisão com eles (Lc 10,17-20),
* corrige-os quando erram e querem ser os primeiros
(Mc 9,33-35; 10,14-15)
* aguarda o momento oportuno para corrigir (Lc
9,46-48; Mc 10,14-15).
* ajuda-os a discernir (Mc 9,28-29),
* interpela-os quando são lentos (Mc 4,13; 8,14-21),
* prepara-os para o conflito (Jo 16,33; Mt 10,17-25),
* manda observar a realidade (Mc 8,27-29; Jo 4,35; Mt
16,1-3),
* reflete com eles as questões do momento (Lc 13,1-5),
* confronta-os com as necessidades do povo (Jo 6,5),
* ensina que as necessidades do povo estão acima das prescrições
rituais (Mt 12,7.12),
* tem momentos a sós para poder instruí-los (Mc 4,34;
7,17; 9,30-31; 10,10; 13,3),
* sabe escutar, mesmo quando o diálogo é difícil, (Jo
4,7-42).
* ajuda-os a se aceitar a si mesmos (Lc 22,32).
* é exigente e pede para deixar tudo por amor a ele
(Mc 10,17-31).
* é severo com a hipocrisia (Lc 11,37-53).
* faz mais perguntas que respostas (Mc 8,17-21).
* é firme e não se deixa desviar do caminho (Mc 8,33;
Lc 9,54).
* prepara-os para o conflito e a perseguição (Mt
10,16-25).
* A formação
não era, em primeiro lugar, a transmissão de verdades a serem decoradas, mas
sim a comunicação da nova experiência de Deus e da vida que irradiava de Jesus
para os discípulos e as discípulas. A própria comunidade que se formava ao
redor de Jesus era a expressão desta nova experiência. A formação levava as
pessoas a terem outros olhos, outras atitudes. Fazia nascer nelas uma nova
consciência a respeito da missão e a respeito de si mesmas. Fazia com que
fossem colocando os pés do lado dos excluídos. Produzia, aos poucos, a
"conversão" como conseqüência da aceitação da Boa Nova (Mc 1,15).
4) Para um confronto pessoal
1) O que
significa hoje, século XXI, para mim, para nós, a afirmação de Jesus que diz: Quem não está contra nós, está a nosso favor?”
2) Como acontece
a formação de Jesus na minha vida?
5) Oração final
Minha
alma, bendize o Senhor e tudo o que há em mim, o seu santo nome!
Minha
alma, bendize o Senhor, e não esqueças nenhum de seus benefícios. (Sl
102, 1-2)
Quinta-feira, 28 de fevereiro-2019. 7ª SEMANA DO TEMPO COMUM-C.
Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.
1) Oração
Concedei, ó Deus
todo-poderoso, que, procurando conhecer sempre o que é reto, realizemos vossa
vontade em nossas palavras e ações.
Por nosso Senhor Jesus
Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (Marcos
9, 41-50)
Naquele tempo disse Jesus a seus discípulos: 42“E quem provocar a queda um
só destes pequenos que crêem em mim, melhor seria que lhe amarrassem uma grande
pedra de moinho ao pescoço e o lançassem no mar. 43Se tua mão te leva à queda,
corta-a! É melhor entrares na vida tendo só uma das mãos do que, tendo as duas,
ires para o inferno, para o fogo que nunca se apaga. [44] 45Se teu pé te leva à queda,
corta-o! É melhor entrar na vida tendo só um dos pés do que, tendo os dois, ser
lançado ao inferno. [46] 47Se teu olho te leva à queda, arranca-o! É
melhor entrar no Reino de Deus tendo um olho só do que, tendo os dois, ir para
o inferno, 48onde o verme deles não morre e o fogo nunca se
apaga. 49Todos
serão salgados pelo fogo. 50O sal é uma coisa boa; mas se o sal perder o
sabor, como devolver-lhe o sabor? Tende sal em vós mesmos e vivei em paz uns
com os outros”.
3) Reflexão Marco
9,41-50
* O Evangelho de hoje traz alguns conselhos de
Jesus sobre o relacionamento dos adultos com os pequenos e excluídos. Naquele
tempo, muita gente pequena era excluída e marginalizada. Não podia participar.
Muitos deles perdiam a fé. O texto que vamos meditar tem algumas afirmações
estranhas que, se tomadas ao pé da letra, causam perplexidade na gente.
* Marcos 9,41:
Um
copo de água tem recompensa.
Uma frase solta
de Jesus foi inserida aqui: Eu garanto a
vocês: quem der para vocês um copo de água porque vocês são de Cristo, não
ficará sem receber sua recompensa. Dois pensamentos: 1) “Quem der para vocês um copo de água”:
Jesus está indo para Jerusalém para entregar sua vida. Gesto de grande doação! Mas ele não esquece os
gestos pequenos de doação no dia a
dia da vida: um copo de água, um acolhimento, uma esmola, tantos gestos. Quem
despreza o tijolo, nunca faz casa! 2) “Porque
vocês são de Cristo”: Jesus se identifica conosco que queremos pertencer a
Ele. Isto significa que, para Ele, temos muito valor.
* Marcos 9,42:
Escândalo
para os pequenos.
Escândalo, literalmente, é pedra no caminho, pedra no sapato;
é aquilo que desvia uma pessoa do bom caminho. Escandalizar os pequenos é
ser motivo pelo qual os pequenos se desviam do caminho e percam a fé em Deus.
Quem faz isto recebe a seguinte sentença: “Corda
no pescoço com pedra de moinho para ser jogado no fundo do mar!” Por que
tanta severidade? É porque Jesus se identifica com os pequenos (Mt 25,40.45).
Quem toca neles, toca em Jesus! Hoje, no mundo inteiro, os pequenos, os pobres,
muitos deles estão saindo das igrejas tradicionais. Cada ano, só na América
Latina, são em torno de três milhões de pessoas que migram para outras igrejas.
Já não conseguem crer no que professamos na nossa igreja! Por que será? Até
onde nós temos culpa? Merecemos a corda no pescoço?
* Marcos
9,43-48: Cortar mão e pé, arrancar o
olho.
Jesus manda a
pessoa arrancar mão, pé e olho, caso estes forem motivo de escândalo. Ele diz: “É melhor entrar na vida ou no Reino com um pé
(mão, olho), do que entrar no inferno ou na geena com dois pés (mãos, olhos)”.
Estas frases não podem ser tomadas ao pé da letra. Elas significam que a pessoa
deve ser radical na opção por Deus e pelo Evangelho. A expressão ”geena (inferno) onde tem verme que não morre e o fogo que não se apaga”, é uma
imagem para indicar a situação da pessoa que fica sem Deus. A geena era o nome de um vale perto de
Jerusalém, onde se jogava o lixo da cidade e onde sempre havia um fogo de
monturo queimando o lixo. Este lugar fedorento era usado pelo povo para
simbolizar a situação da pessoa que ficava sem participar do Reino de Deus.
* Marcos
9,49-50: Sal
e Paz
Estes dois
versículos ajudam a entender as palavras severas sobre o escândalo. Jesus diz: “Tenham sal em vocês, e estejam em paz uns
com os outros!” A comunidade, na qual se convive em paz, uns com os outros, é como o pouco de sal que tempera a
comida toda. A convivência pacífica e fraterna na comunidade é o sal que
tempera a vida do povo no bairro. É um sinal do Reino, uma revelação da Boa Notícia de Deus. Estamos sendo sal? Sal
que não tempera não serve para mas nada!
* Jesus acolhe e defende a vida dos pequenos
Várias vezes, Jesus insiste no acolhimento a ser dado
aos pequenos. “Quem acolhe a um destes pequenos em meu nome é a mim que acolhe”
(Mc 9,37). Quem dá um copo de água a um destes pequenos não perderá a sua
recompensa (Mt 10,42). Ele pede para não desprezar os pequenos (Mt 18,10). E no
julgamento final os justos vão ser recebidos porque deram de comer a “um destes
mais pequeninos” (Mt 25,40). Se Jesus insiste tanto no acolhimento a ser dado
aos pequenos, é porque devia haver muita gente pequena sem acolhimento! De
fato, mulheres e crianças não contavam (Mt 14,21; 15,38), eram desprezadas (Mt
18,10) e silenciadas (Mt 21,15-16). Até os apóstolos impediam que elas
chegassem perto de Jesus (Mt 19,13; Mc 10,13-14). Em nome da lei de Deus, mal
interpretada pelas autoridades religiosas da época, muita gente boa era
excluída. Em vez de acolher os excluídos, a lei era usada para legitimar a
exclusão. Nos evangelhos, a expressão “pequenos” (em grego se diz elachistoi, mikroi ou
nepioi), às vezes, indica “criança”, outras vezes, indica os setores
excluídos da sociedade. Não é fácil discernir. Às vezes, o que é “pequeno” num
evangelho, é “criança” no outro. É porque criança
pertencia à categoria dos “pequenos”, dos excluídos. Além disso, nem sempre é
fácil discernir entre o que vem do tempo de Jesus e o que é do tempo das
comunidades para as quais foram escritos os evangelhos. Mesmo assim, o que
resulta claro é o contexto de exclusão que vigorava na época e a imagem que as
primeiras comunidades conservaram de Jesus: Jesus se coloca do lado dos
pequenos, dos excluídos, e assume a sua defesa.
4) Para um confronto pessoal
1) Na nossa sociedade e na nossa comunidade, quem
são hoje os pequenos e os excluídos? Como está sendo o acolhimento que nós
damos a eles?
2) “Corda no pescoço”. Será que o meu
comportamento merece a corda ou uma cordinha no pescoço? E o comportamento da nossa
comunidade: merece?
5) Oração final
É ele
quem perdoa todas as tuas culpas, que cura todas as tuas doenças;
é ele,
que salva tua vida do fosso, e te coroa com sua bondade e sua misericórdia (Sl 102, 3-4).
Sexta-feira, 1º de março-2019. 7ª SEMANA DO TEMPO COMUM-C. Evangelho do
dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.
1) Oração
Concedei, ó Deus
todo-poderoso, que, procurando conhecer sempre o que é reto, realizemos vossa
vontade em nossas palavras e ações. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (Marcos 10, 1-12)
Naquele tempo, 1Jesus
foi para a região da Judéia, além do Jordão. As multidões voltaram a segui-lo
pelo caminho e de novo ele pôs-se a ensiná-las, como era seu costume.2Chegaram os fariseus e
perguntaram-lhe, para o pôr à prova, se era permitido ao homem repudiar sua
mulher.3Ele
respondeu-lhes: "Que vos ordenou Moisés?"4Eles responderam: "Moisés permitiu escrever carta
de divórcio e despedir a mulher."5Continuou
Jesus: "Foi devido à dureza do vosso coração que ele vos deu essa lei;6mas, no princípio da
criação, Deus os fez homem e mulher.7Por
isso, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher;8e os dois não serão senão uma só carne. Assim, já não
são dois, mas uma só carne.9Não
separe, pois, o homem o que Deus uniu." 10Em casa, os discípulos fizeram-lhe perguntas sobre o
mesmo assunto.11E ele
disse-lhes: "Quem repudia sua mulher e se casa com outra, comete adultério
contra a primeira.12E se
a mulher repudia o marido e se casa com outro, comete adultério."
3) Reflexão Mc
10,1-12
* O evangelho de ontem trazia
conselhos de Jesus sobre o relacionamento entre adultos e crianças, entre os
grandes e os pequenos da sociedade. O evangelho de hoje traz conselhos sobre
como deve ser o relacionamento entre homem e mulher, entre marido e mulher.
* Marcos
10,1-2: A pergunta dos fariseus: “o marido pode mandar a mulher embora?”
A pergunta é maliciosa. Ela pretende colocar Jesus à prova: “É lícito a um marido repudiar sua mulher?”
Sinal de que Jesus tinha uma opinião diferente, pois do contrário os fariseus
não iriam interrogá-lo sobre este assunto. Não perguntam se é lícito a esposa
repudiar o marido. Isto nem passava pela cabeça deles. Sinal claro da forte
dominação machista e da marginalização da mulher na sociedade daquele tempo.
* Marcos
10,3-9: A resposta de Jesus: o homem não pode repudiar a mulher.
Em vez de responder,
Jesus pergunta: “O que diz a lei de
Moisés?” A lei permitia o homem escrever uma carta de divórcio e repudiar
sua mulher. Esta permissão revela o machismo. O homem podia repudiar a mulher,
mas a mulher não tinha este mesmo direito. Jesus explica que Moisés agiu assim
por causa da dureza de coração do povo, mas a intenção de Deus era outra quando
criou o ser humano. Jesus volta ao projeto do Criador e nega ao homem o direito
de repudiar sua mulher. Ele tira o privilégio do homem frente à mulher e pede o
máximo de igualdade entre os dois.
* Marcos
10,10-12: Igualdade homem e mulher.
Em casa, os discípulos fazem perguntas sobre
este assunto. Jesus tira as conclusões e reafirma a igualdade de direitos e
deveres entre homem e mulher. Ele propõe um novo tipo de relacionamento entre
os dois. Não permite o casamento em que o homem pode mandar a mulher embora,
nem vice-versa. O evangelho de Mateus acrescenta um comentário dos
discípulos sobre este assunto. Eles dizem: “Se
a situação do homem com a mulher é assim, então é melhor não se casar” (Mt
19,10). Preferem não casar, do que casar sem o privilégio de poder continuar
mandando na mulher e sem o direito de poder pedir divórcio caso ela não lhe
agradar mais. Jesus vai até o fundo da questão e diz que há somente três casos
em que se permite uma pessoa não casar: "Nem
todos entendem isso, a não ser aqueles a quem é concedido. De fato, há homens
castrados, porque nasceram assim; outros, porque os homens os fizeram assim;
outros, ainda, se castraram por causa do Reino do Céu. Quem puder entender,
entenda" (Mt 19,11-12). Os três casos são: “(1) impotência, (2)
castração e (3) por causa do Reino. Não casar só porque o homem se recusa a
perder o domínio sobre a mulher, isto, a Nova
Lei do Amor já não o permite! Tanto o casamento como o celibato, ambos
devem estar a serviço do Reino e não a serviço de interesses egoístas. Nenhum
dos dois pode ser motivo para manter o domínio machista do homem sobre a
mulher. Jesus modificou o relacionamento homem-mulher, marido-esposa.
4) Para um confronto pessoal
1) Na minha vida pessoal, como vivo o
relacionamento homem-mulher?
2) Na vida da minha família e da minha comunidade,
como está sendo o relacionamento homem-mulher?
5) Oração final
O Senhor é bom e
misericordioso, lento para a cólera e cheio de clemência.
Ele não está sempre a
repreender, nem eterno é o seu ressentimento. (Sl 102, 8-9)
1) Oração
Concedei, ó Deus
todo-poderoso, que, procurando conhecer sempre o que é reto, realizemos vossa
vontade em nossas palavras e ações. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (Marcos 10, 13-16)
Naquele tempo, 13Apresentaram-lhe
então crianças para que as tocasse; mas os discípulos repreendiam os que as
apresentavam. 14Vendo-o,
Jesus indignou-se e disse-lhes: "Deixai vir a mim os pequeninos e não os
impeçais, porque o Reino de Deus é daqueles que se lhes assemelham. 15Em verdade vos digo: todo
o que não receber o Reino de Deus com a mentalidade de uma criança, nele não
entrará." 16Em
seguida, ele as abraçou e as abençoou, impondo-lhes as mãos.
3) Reflexão Mc
10,13-16
* O evangelho de anteontem trazia conselhos de
Jesus sobre o relacionamento dos adultos com os pequenos e excluídos (Mc
9,41-50). O evangelho de ontem trazia conselhos sobre o relacionamento entre
homem e mulher, marido e esposa (Mc 10,1-12). O evangelho de hoje traz
conselhos sobre o relacionamento com as mães e as crianças. Com os pequenos e
excluídos Jesus pedia o máximo de acolhimento. No relacionamento homem-mulher,
pedia o máximo de igualdade. Agora, com as crianças e suas mães, ele pede o
máximo de ternura.
* Marcos
10,13-16: Receber o Reino como uma criança.
Trouxeram
crianças para que Jesus as tocasse. Os discípulos tentam impedir. Por que
impedem? O texto não diz. Talvez seja pelo fato de, conforme as normas rituais
da época, crianças pequenas com suas mães, viverem quase constantemente na
impureza legal. Tocar
nelas significaria contrair impureza! Elas tocando em Jesus, ele também ficaria
impuro! Mas Jesus
não se incomoda com estas normas rituais da pureza legal. Ele corrige os
discípulos e acolhe as mães com as crianças. Toca nelas, lhes dá um abraço dizendo: "Deixem as crianças vir a mim. Não lhes proíbam, porque o Reino de
Deus pertence a elas”. E ele comenta: “Eu garanto a vocês: quem não receber como criança
o Reino de Deus, nunca entrará nele." Então Jesus abraçou as crianças e
abençoou-as, pondo a mão sobre elas. O que significa
esta frase? 1) A criança recebe tudo dos pais. Ela não consegue merecer o que
recebe, mas vive do amor gratuito. 2) Os pais recebem a criança como um dom de
Deus e cuidam dela com todo carinho. A preocupação dos pais não é dominar a
criança, mas sim amá-la e educá-la, para que cresça e se realize!
* Um
sinal do Reino: Acolher os pequenos e os excluídos
Há muitos
sinais da presença atuante do Reino na vida e na atividade de Jesus. Um deles é
a sua maneira de acolher as crianças e os pequenos. Além do episódio do
evangelho de hoje, eis uma lista de alguns outros momentos de acolhida aos
pequenos e crianças:
1. Acolher e não
escandalizar. Uma das palavras mais duras de Jesus é contra aqueles que
causam escândalo nos pequenos, isto
é, que são o motivo pelo qual os pequenos deixam de crer em Deus. Para estes,
melhor seria ter uma pedra de moinho amarrada no pescoço e ser jogado nas
profundezas do mar (Mc 9,42; Lc 17,2; Mt 18,6).
2. Identificar-se
com os pequenos. Jesus abraça as
crianças e identifica-se com elas. Quem recebe uma criança, é a "mim que recebe" (Mc 9,37). “E tudo que vocês fizerem a um destes mais
pequenos foi a mim que o fizeram” (Mt 25,40).
3. Tornar-se
como criança. Jesus pede que os discípulos se tornem como criança e aceitem
o Reino como criança. Sem isso não é possível entrar no Reino (Mc 10,15; Mt
18,3; Lc 9,46-48). Ele coloca a criança como professor de adulto! O que não era
normal. Costumamos fazer o contrário.
4. Defender o
direito da criança de gritar. Quando Jesus, entrando no Templo, derruba as
mesas dos cambistas, são as crianças as que mais gritam. “Hosana ao filho de
Davi!” (Mt 21,15). Criticadas pelos chefes dos sacerdotes e escribas, Jesus as
defende e, em sua defesa, invoca até as Escrituras (Mt 21,16).
5. Agradecer
pelo Reino presente nos pequenos. A alegria de Jesus é grande, quando
percebe que as crianças, os pequenos, entendem as coisas do Reino que ele anunciava
ao povo. “Pai, eu te agradeço!” (Mt
11,25-26) Jesus reconhece que os pequenos entendem melhor as coisas do Reino do
que os doutores!
6. Acolher e
curar. São muitas as crianças e jovens que ele acolhe, cura ou
ressuscita: a filha do Jairo de 12 anos
(Mc 5,41-42), a filha da mulher cananéia (Mc 7,29-30), o filho da viúva de Naim
(Lc 7, 14-15), o menino epilético (Mc 9,25-26), o filho do Centurião (Lc 7,9-10),
o filho do funcionário público (Jo 4,50), o menino dos cinco pães e dois peixes
(Jo 6,9).
4) Para um confronto pessoal
1) Na nossa sociedade e na nossa comunidade, quem
são os pequenos e os excluídos? Como está sendo o acolhimento que nós damos a
eles?
2) Na minha vida, o que já aprendi das crianças
sobre o Reino de Deus?
5) Oração final
Senhor, eu vos chamo, vinde
logo em meu socorro; escutai a minha voz quando vos invoco.Que minha oração
suba até vós como a fumaça do incenso, que minhas mãos estendidas para vós
sejam como a oferenda da tarde. (Sl 140, 1-2)
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