ORDEM TERCEIRA DE LIMEIRA/SP.
Encontro
sobre a Espiritualidade Carmelitana.
Dias 28 e
29 de junho-2014.
Com Frei
Petrônio de Miranda, 0. Carm
(E-mail do
Frei: missaodomgabriel@bol.com.br)
3º
Texto. O Voto de Pobreza.
Pode um empresário, político, médico, advogado... Enfim, um renomado
profissional no mundo econômico, social ou político ser terceiro carmelita e
viver o voto de pobreza? Óbvio que sim. Aliás, nunca devemos entender pobreza
com miséria. Deus não que os seus filhos e filhas passando fome, sem casa,
terra para plantar ou que sejam
explorados no mundo do trabalho e escravizados. Pobreza é pecado, mas abuso da
riqueza, ostentação e consumismo é
pecado.
Num mundo em que o apego aos bens materiais e sua distribuição injusta
são fontes de divisão e ódio, nós, carmelitas terceiros, devemos através do
voto de pobreza testemunhar que Deus é a nossa verdadeira riqueza e nos quer
solidários com os pobres e assumindo a nossa parte de trabalho no meio dos
homens, queremos assim participar da promoção das pessoas e dos povos por causa
do Reino.
Conscientes da nossa responsabilidade de terceiros, comprometemo-nos a
viver a pobreza conforme o Evangelho segundo a nossa condição de vida. Assim, Cristo
nos convida a colocar nossa confiança no Pai que dá a terra a todos. É um apelo
para repartirmos o que somos e temos a serviço dos outros. Isso exige um
verdadeiro desapego de todo tipo de posse para chegarmos a uma maior liberdade
interior e nos colocarmos do lado dos pobres e dos oprimidos.
O exemplo da comunidade primitiva, (Atos, 2, 37-47), nos motiva a sermos
não apenas um grupo devocional do Escapulário ou de Nossa Senhora do Carmo,
mas, a luz do Boa Nova, nos comprometer com um mundo mais solidário, humano e
justo.
Pobreza não
significa que a pessoa deva ser relaxada ou viver na miséria. Pelo contrário!
Significa que se deve ter o máximo cuidado com os bens que Deus nos concede.
Na primeira Exortação Apostólica do Papa Francisco,
intitulada, “Evangelii Gaudium” ou, “A alegria do Evangelho”, no parágrafo 198,
ele diz, “Por isso, quero uma Igreja pobre para os pobres”. Esta sua afirmação
apenas confirma a sua grande preocupação para com um mundo baseado no consumo e
na produtividade, gerando assim exclusão através dos milhares de pobres
espalhados pelo mundo e, muitas vezes, no trabalho escravo.
Podemos afirmar que viver o voto de pobreza é imitar a Jesus
que viveu pobre com os pobres, partilhava com eles o que possuía, e denunciava
a riqueza injusta (Lc 6,20.25; 12,22-34; 16,19-31).
Para refletir. (Atos, 2, 37-47),
1º- Como viver a
radicalidade do Evangelho a partir do voto de pobreza num mundo em que parece
não haver lugar para tal radicalidade?
ARTIGOS CARMLITAS,
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