Santa
Teresinha do Menino Jesus.
Oh! Eu quisera
cantar, ó Mãe porque te amo, e porque, teu nome dulcíssimo faz palpitar forte
meu coração, e porque, ao pensar em tua grandeza imensa o medo não pode
dominar-me, oh! não. Se eu te contemplasse na glória sublime, Ultrapassando em
brilho todos os eleitos, nem ao menos poderia crer, que sou tua filha, e diante
de Ti, eu abaixaria o olhar.
Para que uma
criança possa amar sua mãe é preciso que esta, com ela chore e partilhe sua
dor. O’ Rainha do meu coração, nesta terra do exílio, para atrair-me a ti,
quantas lágrimas choraste! Contemplando tua vida, nas páginas do Evangelho, eu
ouso olhar-te, e aproximar-me de Ti, e crer-me tua filha, pois eu te vejo, ó
Mãe, mortal e sofrida como eu. [....]
Tu me fazes
sentir, que não é impossível, caminhar sobre teus passos, ó Rainha dos eleitos.
Tu me tornaste visível o caminho estreito do céu, Praticando sempre as mais
humildes virtudes. Maria, junto de Ti, eu gosto de sentir-me pequenina. Das
grandezas da terra eu vejo a vaidade. Em casa de Isabel, que recebe tua visita,
eu aprendo a praticar a ardente caridade. [....]
Eu sei que em
Nazaré, ó Virgem cheia de graças tu vives pobrezinha, nada querendo a mais.
Vida simples, sem êxtases, arroubamentos ou milagres. O número dos pobrezinhos
é bem grande sobre a terra. Estes podem sem medo elevar para Ti os olhos. Por
vias comuns, ó incomparável Mãe, Eu quero caminhar par levá-los ao céu. [....]
Tu me apareces,
Maria, no cume do Calvário, de pé junto da cruz, como um sacerdote no altar,
oferecendo para apaziguar a justiça do Pai, teu bem amado, o Emanuel. Um
profeta o disse, ó Mãe muito amada. “Não existe dor, semelhante à tua dor”. O’
Rainha dos céus, permanecendo no exílio, dás para nós todo o sangue de teu
coração.
A casa de São João
torna-se a tua casa, O filho de Zebedeu substitui o teu Jesus, o Filho de Deus.
Eis o último detalhe, que me dá o Evangelho sobre Ti, ó Mãe, Virgem Maria. Mas,
teu profundo silêncio, ó Virgem Mãe querida, não nos revela, que o Verbo
eterno, quis Ele mesmo, cantar os segredos de tua vida para encantar teus
filhos todos os eleitos do céu?
Também eu ouvirei
esta doce melodia. Também no belo céu, eu vou Te ver. Tu que vieste sorrir-me
na manhã da vida, Vem, sorri-me ainda, ó Mãe, eis a tarde!
Eu não temo o
brilho da tua suprema glória. Contigo eu sofri, e quero agora
Cantar sobre teus
joelhos, Virgem, Porque Te amo, e repetir para sempre que eu TE AMO!
[1]
Alguns trechos da última poesia de Santa Teresinha do Menino Jesus. Tradução de
Sor Teresa Margarida, do Carmelo de São José, Três Pontas- MG.
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