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sábado, 25 de janeiro de 2014

Arquidiocese de São Paulo: Esclarecimentos sobre transferências de Párocos. Nota do arcebispo de São Paulo.

Eis a nota.
Tendo regressado, hoje, de um período de descanso, tomei conhecimento de manifestações e interpretações, nem sempre corretas, de alguns grupos, insatisfeitos por causa de transferências de alguns Párocos na Região Episcopal Ipiranga nos dias 6 a 9/12/2013, por mim decididas após reunião com a Comissão de Presbíteros e o Vigário Episcopal daquela Região, e após dialogar pessoal e individualmente com eles. Tendo em vista a repercussão que tais manifestações suscitaram, a bem da verdade, venho esclarecer o que segue.
Tenho compreensão por visões e pareceres diferentes sobre a questão, que algumas pessoas possam ter; e me alegro em saber do apreço pelos Padres, sinal de que eles marcaram positivamente a comunidade com seu trabalho e dedicação. Deus seja louvado!
No entanto, é prática usual na Igreja que haja transferências de párocos e que estes possam ser chamados a desempenhar novas missões, conforme previsto pelas orientações e normas da Igreja. Tal decisão, finalmente, deve ser assumida, em consciência, por quem de direito e dever: o bispo diocesano. Afirmo que nada foi feito à revelia do que a Igreja prescreve para as transferências de párocos.
Esclareço também que nenhum padre ficou sabendo de sua transferência por mídias sociais, uma vez que essas decisões só foram confirmadas com eles no diálogo pessoal de cada padre interessado comigo. E apenas um padre, por escolha dele mesmo, foi atendido na Catedral metropolitana, após a celebração de uma Missa, no dia 8 de dezembro.
Agradeço a cada padre que se dispôs aceitar uma nova missão, mesmo que isso lhe possa ter custado alguma renúncia ou desconforto. Agradeço aos leigos e às comunidades, que aceitaram generosamente, mesmo com alguma dor, “perder” o seu pároco e “ganhar” um outro. As mudanças, vistas à luz da fé eclesial, trazem benefícios e fazem crescer.
Convido todos os paroquianos a acolherem bem os novos párocos, em qualquer parte da Arquidiocese de São Paulo e a colaborar com eles no desempenho da sua missão. Acolhamos bem igualmente o convite do Papa Francisco a sermos uma “Igreja em saída”, em processo de conversão missionária, sempre prontos a renovar-nos na missão, para prestar um bom serviço ao Evangelho e a Jesus Cristo, Pastor dos pastores” (cf Evangelii Gaudium /A Alegria do Evangelho, nn. 19-49).
Nestes dias, em que nos preparamos para a festa do nosso Patrono, o apóstolo São Paulo (25/01), quero recordar uma palavra insistente dele à comunidade de Corinto, onde estavam sendo infiltradas sementes de divisão e discórdia: “Irmãos, eu vos exorto, pelo nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, a que estejais todos unidos no que falais e que não haja divisões entre vós, Pelo contrário, sede bem unidos no sentir e no pensar” (1Cor 1,10). Que São Paulo nos contagie mais e mais com seu ardor missionário! Deus abençoe a todos!

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