Dom
Fernando Arêas Rifan
Bispo
da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney
“Transcorridos
muitos séculos desde que Deus criou o mundo e fez o homem à sua imagem; -
séculos depois de haver cessado o dilúvio, quando o Altíssimo fez resplandecer
o arco-íris, sinal de aliança e de paz; - vinte e um séculos depois do
nascimento de Abraão, nosso pai; - treze séculos depois da saída de Israel do
Egito, sob a guia de Moisés; - cerca de mil anos depois da unção de Davi, como
rei de Israel; - na septuagésima quinta semana da profecia de Daniel; - na
nonagésima quarta Olimpíada de Atenas; - no ano 752 da fundação de Roma; - no
ano 538 do edito de Ciro, autorizando a volta do exílio e a reconstrução de
Jerusalém; - no quadragésimo segundo ano do império de César Otaviano Augusto,
enquanto reinava a paz sobre a terra, na sexta idade do mundo: JESUS CRISTO
DEUS ETERNO E FILHO DO ETERNO PAI, querendo santificar o mundo com a sua vinda,
foi concebido por obra do Espírito Santo e se fez homem; transcorridos nove
meses, nasceu da Virgem Maria, em Belém de Judá. Eis o Natal de Nosso Senhor
Jesus Cristo segundo a natureza humana. Venham, adoremos o Salvador! Ele é
Emanuel, Deus Conosco”. Este é o solene anúncio oficial do Natal, feito pela
Igreja na primeira Missa da noite de Natal!
O Natal
é a primeira festa litúrgica, o recomeçar do ano religioso, como a nos ensinar
que tudo recomeçou ali. O nascimento de Jesus foi o princípio da revelação do
grande mistério da Redenção que começava a se realizar e já tinha começado na
concepção virginal de Jesus, o novo Adão. Deus queria que o seu projeto para a
humanidade fosse reformulado num novo Adão, já que o primeiro Adão havia
falhado por não querer se submeter ao seu Senhor, desejando ser o senhor de si
mesmo e juiz do bem e do mal. Assim, Deus enviou ao mundo o seu próprio Filho,
o Verbo eterno, por quem e com quem havia criado todas as coisas. Esse Verbo se
fez carne, incarnou-se no puríssimo seio da Virgem, por obra do Espírito Santo,
e começou a ser um de nós, nosso irmão, Jesus. Veio ensinar ao homem como ser
servo de Deus. Por isso, sendo Deus, fez-se em tudo semelhante a nós, para que
tivéssemos um modelo bem próximo de nós e ao nosso alcance. Jesus é Deus entre
nós, o “Emanuel – Deus conosco”, a face da misericórdia do Pai.
São
Francisco de Assis inventou o presépio, a representação iconográfica do
nascimento de Jesus, para que refletíssemos nas grandes lições desse maior
acontecimento da história da humanidade, seu marco divisor, fonte de inspiração
para pintores e místicos.
Que tal
se fizéssemos um Natal contínuo, pensando mais no divino Salvador, na sua
doutrina, no seu amor, nas virtudes que nos ensinou, unindo-nos mais a ele pela
oração e encontro pessoal com ele, imitando o seu exemplo, praticando as obras
de misericórdia, convivendo melhor com nossa família...
Desse
modo a mensagem do Natal vai continuar durante todo o Ano Novo, que assim será
abençoado e feliz. FELIZ NATAL E ABENÇOADO ANO NOVO!
Fonte: http://www.cnbb.org.br
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