Tema do 1º Domingo do Advento
ATUALIZAÇÃO
A reflexão deste texto pode partir dos seguintes dados:
A
liturgia deste domingo apresenta um apelo veemente à vigilância. O cristão não
deve instalar-se no comodismo, na passividade, no desleixo, na rotina; mas deve
caminhar, sempre atento e sempre vigilante, preparado para acolher o Senhor que
vem e para responder aos seus desafios.
A
primeira leitura convida os homens – todos os homens, de todas as raças e
nações – a dirigirem-se à montanha onde reside o Senhor… É do encontro com o
Senhor e com a sua Palavra que resultará um mundo de concórdia, de harmonia, de
paz sem fim.
A
segunda leitura recomenda aos crentes que despertem da letargia que os mantém
presos ao mundo das trevas (o mundo do egoísmo, da injustiça, da mentira, do
pecado), que se vistam da luz (a vida de Deus, que Cristo ofereceu a todos) e
que caminhem, com alegria e esperança, ao encontro de Jesus, ao encontro da
salvação.
O
Evangelho apela à vigilância. O crente ideal não vive mergulhado nos prazeres
que alienam, nem se deixa sufocar pelo trabalho excessivo, nem adormece numa
passividade que lhe rouba as oportunidades; o crente ideal está, em cada minuto
que passa, atento e vigilante, acolhendo o Senhor que vem, respondendo aos seus
desafios, cumprindo o seu papel, empenhando-se na construção do “Reino”.
EVANGELHO – Mt 24,37-44
ATUALIZAÇÃO
A reflexão deste texto pode partir dos seguintes dados:
O
que é que significa para nós “estar vigilantes”, “estar atentos”, “estar
preparados” para acolher o Senhor? Significa ter a “alminha” na “graça de Deus”
para que, se a morte chegar de repente, Deus não consiga encontrar em nós
qualquer pecado não confessado e não tenha qualquer razão para nos mandar para
o inferno? Significa, fundamentalmente, acolher todas as oportunidades de
salvação que Deus nos oferece continuamente… Se Ele vem ao meu encontro, me desafia
a cumprir uma determinada missão e eu prefiro continuar a viver a minha
“vidinha” fácil e sem compromisso, estou a perder uma oportunidade de dar
sentido à minha vida; se Ele vem ao meu encontro, me convida a partilhar algo
com os meus irmãos mais pobres e eu escolho a avareza e o egoísmo, estou a
perder uma oportunidade de abrir o meu coração ao amor, à alegria, à
felicidade…
O
Evangelho que nos é proposto apresenta alguns dos motivos que impedem o homem
de “acolher o Senhor que vem”… Fala da opção por “gozar a vida”, sem ter tempo
nem espaço para compromissos sérios (quanta gente, ao domingo, tem todo o tempo
do mundo para dormir até ao meio dia, mas não para celebrar a fé com a sua
comunidade cristã); fala do viver obcecado com o trabalho, esquecendo tudo o
mais (quanta gente trabalha quinze horas por dia e esquece que tem uma família
e que os filhos precisam de amor); fala do adormecer, do instalar-se, não
prestando atenção às realidades mais essenciais (quanta gente encolhe os ombros
diante do sofrimento dos irmãos e diz que não tem nada com isso: é o governo ou
o Papa que têm que resolver a situação)… E eu: o que é que na minha vida me
distrai do essencial e me impede, tantas vezes, de estar atento ao Senhor que
vem?
Neste
tempo de preparação para a celebração do nascimento de Jesus, sou convidado a
recentrar a minha vida no essencial, a redescobrir aquilo que é importante, a
estar atento às oportunidades que o Senhor, dia a dia, me oferece, a acordar
para os compromissos que assumi para com Deus e para com os irmãos, a
empenhar-me na construção do “Reino”… É essa a melhor forma – ou melhor, a
única forma – de preparar a vinda do Senhor.
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