A
missa de abertura da Jornada Mundial da Juventude foi um convite para que o
jovem entregue sua vida a Cristo e seja o protagonista de um novo mundo.
A
mensagem do Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, aos milhares
de jovens de todo o mundo reunidos sob a chuva e o vento na praia de
Copacabana, foi um convite. Os jovens que o cercavam na tradicional missa de
abertura da Jornada Mundial da Juventude foram convidados a se comprometerem
com um novo mundo, a contagiarem todos com alegria e a serem protagonistas,
como sentinelas da manhã, de um novo amanhecer de esperança. "Vamos
construir pontes em vez de muros", afirmou em sua homilia.
Desde
as primeiras horas da manhã, os jovens chegavam à praia de Copacabana. Às 15h,
tiveram início as apresentações de artistas nacionais e internacionais, que
transformaram a tarde chuvosa em um momento de fraternidade. A chegada da Cruz
Peregrina e do Ícone de Nossa Senhora, símbolos da JMJ, marcou o início do
momento de oração, que culminou com a celebração eucarística, presidida por Dom
Orani. Para o Arcebispo, é hora de despertar a confiança e a esperança para que
elas sejam as molas propulsoras de um “amanhã de luz”. A mensagem aos jovens é
da esperança que vem da fé em Cristo, o melhor presente para dar aos outros.
O
arcebispo brasileiro traçou um verdadeiro programa missionário para os
jovens. "Somos chamados a viver
profundamente a fé neste tempo plural e tantos questionamentos, nesta mudança
de época, mas com o entusiasmo e a coerência daqueles que são guiados pelo
Espírito Santo". Para ele, isso é para "mostrar o rosto do jovem
cristão que procura unir o testemunho de uma vida autenticamente cristã com as
consequências sociais do Evangelho" e, principalmente, para promover a
"revolução do amor". Os jovens são chamados a viver a construção de
um mundo de irmãos. "Nós queremos que todos e cada um se sintam acolhidos
nos abraço de Cristo, que nos chama a todos para estarem com ele na construção
do Reino de Deus. Vamos juntos?”.
Em
resumo, para o Arcebispo, significa que "outro mundo é possível". Os
jovens do Rio são “o presente esperançoso de uma sociedade que espera que sua
crise de valores tenha uma solução”. Eles são a nova geração que vive a fé e
que é chamada para transmiti-la às gerações subsequentes.
Ao
final da missa, Cardeal Stanislaw Rylko, presidente do Pontifício Conselho para
Leigos, órgão responsável pela organização da JMJ, convidou os jovens a
deixarem-se abraçar pelo Cristo Redentor, que abençoa a cidade, e é "o
verdadeiro protagonista do evento”. O Cardeal fez um pedido aos jovens:
"confie a ele todos os vossos projetos para o futuro, as vossas alegrias
mais profundas e as decisões mais difíceis que precisarem tomar, vossos medos e
inquietações que habitam vossos jovens corações”. Para Rylko, a confiança em
Cristo não deve fazer com que nos fechemos em nós mesmos, com nossas próprias
certezas e comodidades, mas “Cristo nos chama a sair de nós mesmos e derrubar os
muros do nosso egoísmo, para ir com coragem às “periferias” geográficas e
existenciais do mundo, levando Cristo e seu Evangelho”.
A
cerimônia de abertura da Jornada Mundial da Juventude também marcou o
lançamento do selo comemorativo da visita do Papa Francisco ao Brasil, pelo
presidente dos Correios, Wagner Pinheiro de Oliveira. Um álbum com o selo foi
dado ao Secretário de Estado do
Vaticano, Cardeal Tarcisio Bertone, como presente.
Após
a celebração eucarística, o dia terminou com apresentações musicais de Migueli,
Rex Band, Eros Biondini, Francisco Avello e Celina Borges. A Banda Missionário
Shalom, os cantores Suely Façanha, Davidson Silva, Cristiano Pinheiro, Ana
Gabriela, Alfareros, Rodrigo Ferreira (Missão Louvor e Glória), Migueli, Rex
Band e a Orquestra Sinfônica de Barra Mansa completaram a atração musical da
cerimônia, realizada em um palco projeto pelo arquiteto Abel Gomes. Uma grande
cruz dominava o cenário, inspirado nas montanhas da cidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário