A liturgia do 30º domingo Comum diz-nos,
de forma clara e inquestionável, que o amor está no centro da experiência
cristã. O que Deus pede – ou antes, o que Deus exige – a cada crente é que
deixe o seu coração ser submergido pelo amor.
O Evangelho diz-nos, de forma clara e
inquestionável, que toda a revelação de Deus se resume no amor – amor a Deus e
amor aos irmãos. Os dois mandamentos não podem separar-se: “amar a Deus” é
cumprir a sua vontade e estabelecer com os irmãos relações de amor, de
solidariedade, de partilha, de serviço, até ao dom total da vida. Tudo o resto
é explicação, desenvolvimento, aplicação à vida prática dessas duas coordenadas
fundamentais da vida cristã.
O que é “amar a Deus”? De acordo com o
exemplo e o testemunho de Jesus, o amor a Deus passa, antes de mais, pela
escuta da sua Palavra, pelo acolhimento das suas propostas e pela obediência
total aos seus projetos – para mim próprio, para a Igreja, para a minha
comunidade e para o mundo. Esforço-me, verdadeiramente, por tentar escutar as
propostas de Deus, mantendo um diálogo pessoal com Ele, procurando refletir e
interiorizar a sua Palavra, tentando interpretar os sinais com que Ele me interpela
na vida de cada dia? Tenho o coração aberto às suas propostas, ou fecho-me no
meu egoísmo, nos meus preconceitos e na minha auto-suficiência, procurando
construir uma vida à margem de Deus ou contra Deus? Procuro ser, em nome de
Deus e dos seus planos, uma testemunha profética que interpela o mundo, ou
instalo-me no meu cantinho cómodo e renuncio ao compromisso com Deus e com o
Reino?
O que é “amar os irmãos”? De acordo com
o exemplo e o testemunho de Jesus, o amor aos irmãos passa por prestar atenção
a cada homem ou mulher com quem me cruzo pelos caminhos da vida (seja ele
branco ou negro, rico ou pobre, nacional ou estrangeiro, amigo ou inimigo), por
sentir-me solidário com as alegrias e sofrimentos de cada pessoa, por partilhar
as desilusões e esperanças do meu próximo, por fazer da minha vida um dom total
a todos. O mundo em que vivemos precisa de redescobrir o amor, a solidariedade,
o serviço, a partilha, o dom da vida… Na realidade, a minha vida é posta ao
serviço dos meus irmãos, sem distinção de raça, de cor, de estatuto social? Os
pobres, os necessitados, os marginalizados, os que alguma vez me magoaram e
ofenderam, encontram em mim um irmão que os ama, sem condições?
Fonte: http://www.dehonianos.org/ (Leia na
íntegra. Clique aqui no link do olhar- A PALAVRA DE JESUS CRISTO- e procure
pelo 3º Domingo do Tempo Comum)
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